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Novas maneiras de inovar os negócios do século 21

em Economia da Criatividade
quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Quem viveu na época de lendas como Henry Ford, Alexander Graham Bell, Thomas Edison e Albert Einstein pode ser perdoado por pensar que tudo o que pode ser inventado já foi inventado. Claro, se parássemos por aí, não teríamos o computador ou a internet. O século passado de nossa história é uma prova da engenhosidade humana e de nossa persistência em tornar as coisas melhores.

Embora a inovação ainda seja possível, muita coisa mudou. A invenção de Ford, sem dúvida, foi anunciada como algo quase um milagre. As minivans, híbridos e carros elétricos repletos de recursos de hoje significam que qualquer novo competidor no mercado de veículos também precisará se superar se quiser ser visto como algo diferente de um concorrente. A competição é acirrada e está se tornando ainda mais acirrada no clima atual.

Essa tendência forçou os empreendedores e proprietários de empresas a desenvolverem suas visões sobre inovação. A inovação no século 21 exige que nos treinemos novamente para encontrar bolsões de espaço dentro das indústrias onde possamos criar uma experiência mais gratificante para os clientes. Aqui estão algumas maneiras comprovadas de aproveitar essa inspiração para sustentar ou construir empresas.

1. Alivie o fardo das responsabilidades.

Muitas pessoas trabalham em mais de um emprego para satisfazer todas as suas responsabilidades financeiras. Isso torna difícil conciliar o trabalho com os deveres familiares.

Mesmo assim, essa mudança criou uma oportunidade de negócios: o setor de serviços de recados. Esses negócios existem para facilitar a vida das pessoas. Os serviços variam do excepcional ao mundano – desde passeios de cachorro e compras no mercado a lavar roupas, cuidar de familiares idosos ou realizar serviços de concierge.

Tudo o que se precisa para começar neste setor é a disposição de fazer tudo o que seus clientes pedirem. Não deveria ser uma surpresa saber quantas pessoas estão dispostas a pagar a alguém se isso significar reduzir suas responsabilidades não profissionais. Afinal, pular horas no trabalho normalmente será mais caro para eles.

2. Facilitar as operações de negócios.

Empresas terceirizadas cuidam de muitas dessas funções. Empresas de software como serviço (Saas), como o Dropbox, ajudam as pessoas a salvar documentos vitais de negócios na nuvem. Muitas pequenas empresas, em particular, dependem de software de folha de pagamento e contabilidade ou sistemas de integração de pagamento, como PayPal e Square.

3. Faça upgrade de um produto ou serviço.

Na era babilônica, as escovas de dente – ou mais apropriadamente, os palitos para mastigar – eram feitas ao desfiar a ponta de um galho. Em 1498, a primeira escova de dentes verdadeira foi feita enraizando cerdas de pêlo de porco da Sibéria em um cabo (normalmente feito de osso de gado). A eficiência das escovas de dente elétricas modernas envergonharia todos os seus predecessores.

Qual é a lição? Atualizar um produto ou serviço tem sido uma estratégia viável por muito tempo. E enquanto a criatividade permanecer, esta espécie de inovação não se tornará obsoleta.

O Uber vale bilhões hoje, mas nasceu de uma ideia para melhorar e agilizar a indústria de transporte. Colocar todos em ação é a maneira perfeita de pegar uma carona.

4. Crie um ponto de encontro.

A necessidade das pessoas de que os problemas sejam resolvidos o mais rápida e facilmente possível levou ao que gosto de chamar de “empresas-ponte”. Em nosso mundo digital, esses negócios muitas vezes surgem como plataformas online.

Neste modelo, os empreendedores não precisam necessariamente resolver os problemas sozinhos. Criar um ponto de convergência agrega valor (e lucro potencial) o suficiente.

5. Ofereça uma experiência.

Muitas vezes, as reclamações das pessoas sobre um produto ou serviço têm menos a ver com a qualidade do item ou assistência recebida do que com a forma como a solução foi entregue.

Os hotéis, por exemplo, são uma grande parte da indústria da hospitalidade. As pessoas se hospedam em hotéis por uma infinidade de razões. Mas nos últimos anos, uma tendência curiosa surgiu: aqueles que embarcam em viagens casuais para férias ou turismo não gostam da ideia de se hospedar em hotéis. Eles querem absorver a atmosfera, cultura e idioma. Resumindo, eles querem sentir como é fazer parte da comunidade – e muitos deles querem trazer seus animais de estimação para a aventura.

Um hotel, porém, está carregado de lembretes constantes de que são visitantes. Não é assim com a experiência de hospedagem domiciliar, cujos proprietários listam suas principais casas ou propriedades de férias com locadoras terceirizadas. Airbnb, Acmehouse e HomeAway atendem a essa necessidade internacional e localmente, oferecendo toda a gama de experiências possíveis em cada localidade.

SP agosto de 2021

Prof. Ms Almir Vicentini é mestre em Educação, Coordenador e Professor de Pós-Graduação de cursos na área da Educação, Curador do “Programa Escola da Família” e das LIVES “Universo Educação”, ambas da Full Sail University. Autor de livros sobre Gestão Escolar, Competências Socioemocionais e Comportamentais.