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Lazer e Cultura 13/06/2017

em Lazer e Cultura
segunda-feira, 12 de junho de 2017
Cena do espetáculo “Nu de Botas”.

“Nu de Botas”

O espetáculo “Nu de Botas”, baseado em livro nomônimo de Antonio Prata, reúne crônicas sobre passagens marcantes de sua infância

Cena do espetáculo “Nu de Botas”.

Com direção de Cristina Moura, que também assina a dramaturgia em parceria com Pedro Brício, a comédia estreia nodia 23 de junho. Na encenação estão as primeiras lembranças no quintal de casa, os amigos da vila, o divórcio dos pais, o cometa Halley, os desenhos animados da TV, uma inusitada viagem à África, dilemas morais, viagens de carro, histórias e relatos das lembranças da infância do autor, uma época da vida repleta de descobertas e experimentações. As histórias do menino Antônio, que nasceu em São Paulo no final dos anos 70, são inspiradas em fatos reais, narradas do ponto de vista da criança, com os filtros da ficção e permeadas pelo bom humor. Um olhar infantil, de quem se espanta com o mundo e a ele confere um sentido muito particular, cômico, misterioso, lírico e encantado. Com Luciana Paes, Isabel Gueron, Thiare Maia Amaral/Keli Freitas, Pedro Brício e Renato Linhares.

Serviço: Sesc Belenzinho, R. Padre Adelino, 1000, Belenzinho, tel. 2076-9700. Estreia: 23 de junho. Sextas e sábados às 21h30 e aos domingos 18h30. Ingressos: R$ 20 e 10 (meia). Até 23/07.

REFLEXÃO

PUREZA: Transferências No seu caminho rumo ao infinito, no desfruto da eternidade, a criatura, a partir do estágio na área da conscientização, passa a transferir aos que a observam, ou que com ela convivem, o resultado das experiências vividas. Àquele que, no uso da razão, somatiza os conhecimentos dos reais valores das leis divinas, compete diligenciar no sentido de que, na ação das transferências realizadas, deixe fluir com pureza aquilo que irá, com certeza, influenciar positivamente àqueles que se encontram mais na retaguarda, na necessidade de evoluir. A pureza dos pensamentos; a pureza nas palavras; a pureza nas ações… Cada um é responsável, perante as leis superiores da criação, por tudo o que transfere aos seus semelhantes, mormente aos que, por conseqüência da variada ordem, se encontrem mais na sua área de influência. A pureza é o estigma divino que identifica o Espírito quando este já se encontra dominando o conhecimento, a ponto de ter consciência do imperativo de evoluir, favorecendo a evolução do companheiro em caminho e que se torna como o brilhante que irradia a sua luz, por mais densa seja a escuridão. A inimitável personalidade do Cristo de Deus influenciou os que já tinham predisposição para o bem, pela pureza de tudo o que o Seu pensamento expressou e que a Sua ação deixou registrado; e para os pósteros, a mesma pureza é fator de reposicionamento do Espírito, em qualquer tempo. Cuidemos, pois, de exercitar a filtragem dos nossos valores, para que as transferências que deles fizermos para os nossos semelhantes sejam como colaboradores conscientes na obra da criação. A tarefa de Jesus ainda é despertar no homem a consciência da pureza de sua origem, a fim de que este se decida a reconquistar este estado original. A transferência dos valores adquiridos na vivência dos evos é generosidade espiritual, no exercício da fraternidade, na busca do amor, cuja pureza mantém em harmonia, tanto o universo cósmico, como o universo individual do Espírito. Atributo de Deus, a pureza se desenvolve na intimidade da criatura, por piedosa transferência do Criador. Se ontem, em demorado período de infância espiritual, e no comprazimento dos gozos na adolescência do Espírito, mas sempre na aquisição de valores nas mais variadas experiências da vida, foste fortalecido e revitalizado pela pureza dos atributos divinos, na ação das divinas leis, hoje, ao se abrirem para ti os portais da razão, para o desfruto da liberdade, cumpre que te transformes em instrumento de transferência de tudo o que te favorece, na senda do progresso. (De “Cura-te a ti mesmo”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez)

MPB

Rosemary

O Teatro J. Safra recebe o show inédito “Eduardo Lages Convida”. O maestro, pianista, arranjador e produtor musical, divide o palco com a cantora Rosemary em um show inédito, pautado por um refinado repertório que passeia por entre a música popular brasileira e pela trajetória de cada um dos artistas. Neste projeto, Eduardo Lages, que também é maestro do Rei Roberto Carlos, toca seu piano acompanhado pela bela voz de Rosemary. Entre um número e outro, Lages interage com a plateia e conta memoráveis passagens de suas experiências com alguns dos maiores artistas brasileiros com quem já trabalhou. Roberto Carlos faz parte do repertório, como também de suas histórias e curiosidades reveladas ao público, além de canções compostas pelo próprio Lages gravadas por Roberto. Aliás, do repertório de músicas gravadas pelo Rei, 19 são do maestro.

Serviço: Teatro J. Safra, R. Josef Kryss, 318, Barra Funda, tel. 3611-3042. Sexta (30) às 21h30. Ingressos: de R4 60 a R$ 120.

“Madame Satã”

Madame temporario

O espetáculo “Madame Satã” do Grupo dos Dez estreiou no dia 8. A peça se vale da biografia de um dos mais peculiares personagens brasileiros para dialogar com questões que permeiam a homofobia, o racismo e a homoafetividade. Com trilha sonora inédita, o espetáculo é entrecortado por textos ora poéticos, ora combativos, e traz à tona não apenas a biografia de Satã, mas dá visibilidade às pessoas invisíveis da sociedade que não se enquadram na heteronormatividade vigente. Madame Satã é o terceiro espetáculo do Grupo dedicado à pesquisa de linguagem acerca do teatro musical e suas possibilidades. A montagem apresenta Madame Satã antes mesmo de receber este nome. João Francisco dos Santos, foi um dos 18 filhos de uma família pobre. Trocado por uma égua, tornou-se, a duras penas, uma figura mitológica da Lapa carioca, sendo preto, pobre e homossexual, tudo isso no início do século XX. Cem anos depois, o que mudou?. Com Rodrigo Jerônimo, Bia Nogueira, Alcione Oliveira, Denilson Tourinho, Evandro Nunes, Juliene Lellis, Gabriel Coupe, Carla Gomes, Kátia Aracelle, Nath Rodrigues, Rodrigo Ferrari, Thiago Amador, Junim Ribeiro e Sam Luca

Serviço: Caixa Cultural São Paulo, Praça da Sé, 111, Centro, tel. 3321-4400. De quinta a domingo às 19h15. Entrada franca. Até 18/06.