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Tecnologia 04/01/2017

em Tecnologia
terça-feira, 03 de janeiro de 2017
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Como facilitar o desenvolvimento de softwares

Muitos já afirmam que programação de softwares é algo base para qualquer profissão atualmente. Isso porque os softwares estão em toda parte dos famosos negócios disruptivos, como fintechs ao estilo NuBank, aplicativos de compartilhamentos como UBER, aos mais simples eletrodomésticos

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Adão Lopes (*)

Tudo gira em torno da inteligência ofertada através de aplicações para os mais diversos nichos. Desenvolver um software é colocar no mundo real a possibilidade de uma ideia genial que conversa com o momento tecnológico do mundo.

Tudo está em programas, da vida pessoal à profissional. É uma época digital e isso é o natural, que se nasça fora do meio físico. Um excelente exemplo é que não se pode mais emitir notas fiscais em grande parte do país sem uma solução digital. Isso é o básico da legalidade fiscal para qualquer negócio. Sendo assim é preciso ter e desenvolver soluções, e em um mundo onde tecnologia e conhecimento são caros, é preciso ser estratégico para que nada custe mais do que o inevitável.

Sendo assim é preciso fazer o que for possível para facilitar o desenvolvimento de softwares. Tornar a realidade da empresa viável. Já não bastam ferramentas de programação mais práticas, poderosas ou de fácil interação. Na verdade a linguagem é o menor detalhe. A lógica é o que importa e a criação dessa lógica é o que torna tudo mais trabalhoso e custoso, pois demanda profissionais de alto rendimento.

Esse é um investimento indispensáveis, a inteligência por traz da máquina. Sendo assim os cortes tem de se direcionar a outros pontos como os métodos de produção. Metodologias ágeis são um dos modos de facilitar a criação de um programa. Ela não atua somente na parte de codificação, mas em todos os processos que melhoram o andamento e performance da equipe. Para realizar isso é possível contratar uma consultoria ou especialistas que consigam pensar “fora da caixa” pelo panorama do profissional de TI.

As reduções, no tempo de trabalho e custo de produção, são uma facilidade que atinge muito além dos da empresa. Ter um desenvolvimento menos custoso te permite baratear o produto e suas chances de inovar e ser competitivo. Há a oportunidade de ser disruptivo em um mercado sedento por inovação.

É possível, também, terceirizar alguns serviços, tanto para a parte de gestão do projeto, quanto para a produção de partes do produto. Nas empresas clientes, preza-se pelo uso da menor quantidade de ferramentas possíveis para controlar todos os processos da empresa. Isso ajuda a reduzir custos, inclusive, dos clientes. Sendo assim, muitas ferramentas precisam, idealmente, conversar de forma automática.

Uma solução é que seu software já realize todas as tarefas. Se o seu diferencial é uma parte do todo, o ideal é fazer parcerias com empresas que desenvolvem softwares que podem ser agregados ao seu. Isso poupa esforços de desenvolvimento e ainda é possível aproveitar o melhor de cada negócio, garantindo a seu cliente algo de muito mais qualidade.

Com isso é possível focar sua empresa no desenvolvimento de diferenciais importantes, algo que te permite grandes mudanças no seu próprio mercado. O software desenvolvido terá foco no que é novo e importante e não no que é lugar comum para as outras empresas. O uso de módulos agregados permite completude e é a chave colaborativa para negócios que atinjam mais pessoas. Podem parecer dicas pequenas, mas unidas essas ações fazem toda a diferença na criação de uma nova plataforma. Aproveitar o que já existe é primordial, assim como se esforçar em pontos chave.

Parcerias não faltam e adotar a estratégia é o primordial, inclusive na hora de tornar seu produto possível de novas alianças entre desenvolvedores. É realmente uma época de colaboração, e não apenas de competição.

(*) É CEO da Varitus Brasil.

Confira as 5 tecnologias que fracassaram em 2016

Do aplicativo Vine aos polêmicos fones do iPhone 7, a revista especializada “MIT Technology Review” listou cinco tecnologias que o Vale do Silício “enterrou” em 2016. Confira:

Vine – O app da rede social Twitter lançado em 2013 e que permitia a gravação de vídeos de até seis segundos alcançou seu ápice em 2014, mas em 2016 foi encerrado de uma vez por todas.

Sua decadência é resultado da evolução em outros aplicativos de vídeos e fotos, como Snapchat e Instagram. Mas o que pesou realmente para o abandono do Vine, segundo a revista, foram os influenciadores digitais, que acabaram migrando para apps com mais funções.

Google Fiber – O serviço de banda larga com fibra ótica que oferecia até 1 GB/s de velocidade começou em algumas cidades dos EUA, em 2013, mas, em 2016, a multinacional decidiu não expandi-lo. A tecnologia, apesar de considerada “sem sentido” por muita gente, teve pontos positivos, como impulsionar a qualidade das operadoras.

Fones ‘jack’ – Apesar dos esforços da Apple para empurrar os novos fones do iPhone7 aos consumidores, as vendas do gadget já indicam uma possível decadência. A atual geração do smartphone perdeu o conector de 3,5 milímetros e ganhou novos fones que se conectam por meio da saída da bateria. Também há dispositivos sem fio, usados via bluetooth. Apesar do desempenho fraco, a marca continua apostando que a tecnologia “com cada vez menos fios” está apenas começando. E tudo indica que a Samsung também lançará os fones “jacks”.
Pebble – Primeira tentativa de um “relógio inteligente open source”, o projeto recolheu US$ 10 milhões em 2013 em um crowdfunding e foi um dos pioneiros entre os aparelhos de pulso ligados à web. O gadget, que enfrentou a dura concorrência do Apple Watch, terá sua produção encerrada neste ano.

Projeto Ara – Em setembro, a iniciativa do Google que visava a desenvolver uma série de celulares modulares chegou ao fim. O projeto tinha como objetivo criar uma plataforma aberta, onde o próprio consumidor poderia montar seu smartphone. Com um “esqueleto” básico, as outras peças poderiam ser encaixadas e trocadas, caso algum módulo chegasse ao fim de sua vida útil, como a bateria. A ideia era reduzir o desperdício eletrônico (ANSA).

TI dribla a crise e retoma sua trajetória de crescimento em 2017

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Na contramão da recessão econômica e da instabilidade política, o setor de Tecnologia da Informação (TI) deve fechar o ano com um crescimento estimado em 3%, segundo dados de um estudo produzido pela Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) em parceria com o IDC. Nem mesmo a redução das equipes nas organizações freou o mercado.
Este cenário nada mais é do que reflexo de como se movimenta o setor de TI, inclusive dentro do setor financeiro. Em tempos de crise, os projetos voltam-se à redução de custos. Quando a economia volta a emergir, somam-se os projetos de inovação na lista de prioridades do CIO. Ou seja, a TI está para otimizar os processos e, consequentemente, alavancar os negócios, suportando as atividades de forma competitiva e eficaz, ao mesmo tempo para promover a evolução das organizações no atendimento de clientes e consumidores.
Para 2017, a expectativa é que nem só de redução de custos e otimização de serviços viverão as corporações e instituições financeiras. Somados a estes serviços tão requisitados, virão tecnologias emergentes, foco na experiência do cliente e que vão digitalizar e integrar processos e pessoas por meio da Transformação Digital. Lembrando que tornar um processo digital não significa digitalizá-lo apenas, dando sequência a fluxos de trabalho existentes, mas sim de reinventá-lo por completo.
Além disso, veremos o retorno dos investimentos que ficaram espalhados pela América Latina no período crítico da recessão brasileira. É hora do nosso País retomar o crescimento a partir da injeção dada pelos investidores estrangeiros. E as medidas que estão sendo aplicadas pelo governo, somado aos movimentos contra a corrupção encabeçadas pelo ministério público, trazem de volta a confiança de que o Brasil é um país promissor.
O setor de TI deve continuar despontando em 2017. Já adianta o Gartner que os gastos globais com TI devem crescer 2,9% em 2017 em relação a 2016. O Brasil, segundo o instituto de pesquisa, seguirá a tendência global no próximo ano e promete atingir o mesmo índice do resto, do mundo, alcançando a média de R$ 236, 1 bilhões.
É hora de arregaçar as mangas e alavancar a TI no processo de Transformação Digital das empresas, assumindo, definitivamente, um papel fundamental na sociedade digital.

(Fonte: Marco Santos é managing director Latam da GFT, companhia de Tecnologia da Informação especializada em Digital para o setor financeiro).

A fase agora é de transição

Ingo Pelikan (*)

Chega ao fim 2016, um ano complexo para o Brasil como um todo, mas especialmente difícil para o setor automotivo

Talvez 2016 tenha sido o ano pior em toda a história da nossa indústria, uma vez que a instabilidade econômica provocou uma brutal queda dos volumes de produção. Devemos chegar somente à casa dos 2 milhões de veículos!
O efeito econômico foi o grande complicador para as empresas, que precisaram adotar medidas bastante fortes para adequar os seus métodos de produção. Se por um lado, houve uma adequação dos quadros de funcionários, o que levou à perda de pessoas com elevado conhecimento, por outro foi nítido que a criatividade surgiu com muita força.
Decisões como essas requerem planejamento porque podem levar a dois caminhos bem diferentes: um evidentemente é encontrar o melhor resultado para a sobrevivência financeira da empresa. Outro é comprometer o resultado da qualidade e gerar prejuízos, afinal processos podem sofrer alterações em função do corte de pessoas e de adequações não eficazes.
Agora, olhando para frente, vale observar alguns pontos. Primeiro é que 2017 é o último ano do Inovar-Auto. Grande parte das ações já foi realizada para redução de consumo, melhoria de eficiência e aumento de segurança. De forma geral, as empresas trabalharam muito nos últimos três anos com a expectativa de que os resultados apareçam agora.
Segundo, também já existem muitas discussões entre o setor e o governo sobre a implantação de um novo programa a partir de 2018, o que certamente ajudará toda a indústria. Em vez de dizer que o Inovar Auto acabou, vale considerar que o programa representa uma fase de transição para outros desafios que virão.
Terceiro, o Salão do Automóvel também permitiu algumas constatações. Se por um lado mais uma vez comprovou o quanto o brasileiro ainda é apaixonado por carro, por outro, mostrou que a resposta do setor foi expor veículos com grandes inovações tecnológicas e propostas do Inovar Auto.
As exigências do Inovar Auto em termos de tecnologia e inovação contribuíram para a melhoria da qualidade. Isto talvez não seja percebido em 2016 porque os produtos estão entrando agora no mercado. Para o ano que vem, haverá melhor percepção da qualidade em relação ao que o Inovar Auto trouxe de benefícios efetivos.
Quarto ponto que vale ser observado: as normas de qualidade que regem o setor, a ISOTS 16949 e a ISO 9001, estão passando por uma atualização bastante forte, o que também deve ajudar as empresas a evoluírem em qualidade nos próximos dois anos. Já estão disponíveis a IATF 16949:2016 (antiga ISOTS) e a ISO 9001:2015, que terão fase de transição em setembro de 2018.
E mais: muito se fala sobre a Indústria 4.0. É esperado, já a partir de 2020, outro patamar de tecnologia, qualidade e volume. Então, 2017 talvez seja uma etapa para que o Brasil se torne altamente competitivo em 2020, com o avanço da Indústria 4.0. Para tanto, investir em produtos, processos, serviços e pessoas será imprescindível.
Em virtude de tantas instabilidades – econômica, financeira e produtiva –, 2016 foi um ano de ajustes e certa estagnação nas perspectivas de qualidade. Para 2017, previsões já sugerem pequeno crescimento. O que precisamos agora é injetar ânimo. O grau de pessimismo já tem diminuído e este é o primeiro passo nesta transição.

(*) É presidente do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva.