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Temer diz ter “convicção” de que vai reverter quadro de crise no país

em Manchete
quarta-feira, 01 de junho de 2016

Marcelo Camargo/ABr

Michel Temer dá posse aos presidentes da Petrobras, do BNDES, da Caixa, do Banco do Brasil e do Ipea.

Em um discurso focado na economia, o presidente interino, Michel Temer, disse ontem (1°) que o Brasil está mergulhado em uma das “grandes crises de sua história”. Ele afirmou que evita falar em “herança” deixada para seu governo, mas considera importante informar o cenário encontrado. O presidente interino disse ter a “convicção” de que é possível reverter esse quadro de crise e retomar a confiança e o crescimento­.
“O país – não vamos ignorar – se encontra mergulhado numa das grandes crises da sua história, numa conjugação de vários problemas ocasionados por erros dos mais variados ao longo do tempo que comprometem a governabilidade e a qualidade de vida da nossa gente”, disse, em discurso no Palácio do Planalto, na cerimônia de posse dos presidentes da Caixa, Gilberto Occhi, do BB, Paulo Caffarelli, da Petrobras, Pedro Parente, do BNDES, Maria Silvia Bastos e do Ipea, Ernesto Lozardo.
“Não falarei em herança de espécie nenhuma. Até precisamos modificar esses hábitos que se instalaram no Brasil, como se o passado fosse responsável pelo presente. Não falarei em herança de espécie nenhuma, apenas revelo a verdade dos fatos para que oportunistas não venham a debitar os erros dessa herança em nosso governo”, acrescentou.
O presidente interino citou o atual cenário do país, que soma mais de 11 milhões de desempregados, e disse que a inflação “inspira vigilância”. Temer disse ainda que o déficit de R$ 96 bilhões na conta pública apontado pelo governo anterior atinge, na realidade, a casa dos R$ 170 bilhões. “Este é o cenário em que assumimos o governo, mas tenho a mais absoluta convicção de que é possível reverter esse quadro e retomar a confiança e o crescimento”, ressaltou.
Aos presentes, o presidente interino disse que um sentimento de união nacional é fundamental para reverter a crise, e apontou medidas da agenda positiva, tomadas neste início de governo, como a redução da administração pública, a discussão e aprovação no Congresso Nacional da nova meta fiscal e o projeto que limita despesas, estabelecendo um teto para os gastos públicos (ABr).