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Na Argentina, Obama elogia governo de Macri

em Manchete
quarta-feira, 23 de março de 2016

David Fernandez/Reuters

Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Argentina, Mauricio Macri.

O presidente norte-americano, Barack Obama, disse ontem (24), que seu país “está pronto para trabalhar com a Argentina durante essa transição histórica”, elogiando o colega Mauricio Macri, e confirmando a desclassificação dos arquivos da ditadura (1976-1983). “A Argentina está retomando seu papel de liderança na região e no mundo”, acrescentou, em coletiva de imprensa na Casa Rosada. Obama ainda disse estar “impressionado” com o governo de Macri, que recentemente completou 100 dias.
Segundo ele, o interesse do líder argentino “na reforma econômica, na transparência”, entre outros aspectos, deve ser “um exemplo para outros países” da região. Obama ainda lamentou que Macri tenha assumido a Presidência apenas quando ele tem poucos meses restantes à frente da Casa Branca. A relação bilateral sofreu durante o governo de Cristina Kirchner, de orientação progressista, que se afastou dos Estados Unidos. Macri, que assumiu o Poder em dezembro do ano passado, tomou diversas medidas de austeridade, levantando elogios do FMI.
Obama declarou recentemente, em entrevista à emissora “CNN”, que, com Cristina, “tínhamos uma relação cordial, mas, no que diz respeito a suas políticas, era sempre contrária aos Estados Unidos”. O líder argentino, por sua vez, quer se reaproximar de Washington, assim como de outros países, a fim de captar investimentos estrangeiros e tentar tirar a nação da atual crise econômica.
Obama disse ainda que durante ato que homenageará as vítimas da última ditadura militar no aniversário de 40 anos do golpe, reconhecerá “os esforços históricos” daqueles que “com heroísmo e coragem” se opuseram a violações aos direitos. Ele confirmou a abertura de “novos arquivos de documentos” sobre a ditadura de registros militares e de Inteligência. Macri, por sua vez, disse que os argentinos “estão muito agradecidos por este gesto”. “Temos o direito de conhecer a verdade”, acrescentou (ANSA).