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Presidente da Petrobras defende mudança na legislação do pré-sal

em Manchete
terça-feira, 20 de agosto de 2019
Justica temporario

Presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.

Foto: Arquivo/ABr

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, defendeu mudanças na legislação que trata do pré-sal, o fim do sistema de partilha ou, então, em movimento mais moderado, o término do polígono do pré-sal, para deixar o regime de concessão e de partilha à escolha da autoridade. “O regime de partilha não leva à eficiência. Teve origem não para atender a maximização da eficiência, mas às conveniências políticas”, disse na abertura do seminário Competitividade dos Projetos Offshore no Brasil, no Rio de Janeiro.
A produtividade é parcela importante para o crescimento econômico, e o Brasil tem sido ultrapassado por outros países que querem ser ricos. Por isso, segundo o presidente, é hora de mudar o modelo e buscar a prosperidade da sociedade brasileira. “Não vai ser com conteúdo local e nem com regime de partilha que vamos conseguir fazer isso. Isso pertence ao passado, que não nos foi favorável. Temos que romper com isso”, defendeu.
Castello Branco apontou a obrigação do conteúdo local incluído nos projetos como outro fator que precisa ser alterado. “A ANP tem se mostrado muito mais sensível às questões do mercado, mas o conteúdo local ainda persiste, ainda que de forma mais moderada. É questão de perguntarmos se a indústria brasileira é tão boa, não precisa de conteúdo local? Se ela não é eficiente, após 22 anos da indústria do petróleo, é hora de acabar com isso”, defendeu.
O custo de extração de petróleo está em torno de US$ 6 o barril. Apesar de ser considerado baixo, a companhia busca diminuir ainda mais o valor. “Ainda temos uma gordura imensa”, disse, ao afirmar que a Petrobras trabalha também com persistência e máximo empenho para ter custo de capital baixo. O perfil da dívida já foi alongado para 10 anos e, a companhia partiu para reduzir a concentração da dívida em instituições financeiras, disse.