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Ipea prevê crescimento do PIB de 2,7% e inflação em 4,1% em 2019

em Manchete
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
Ipea temsproario

Ipea temsproario

A análise também prevê crescimento de 2,7% do PIB em 2019.

Foto: Reprodução/DC

O ajuste fiscal pode ser feito por meio de contenção do crescimento dos gastos públicos. A redução anual pode chegar a R$ 100 bilhões em 2022, com reformas que reduzam o crescimento das despesas obrigatórias. Para isso, além das alterações na Previdência, são necessárias mudanças na regra de reajuste do salário mínimo – a regra atual expira em 2019 –, na recomposição de servidores públicos aposentados e no abono salarial. Os cálculos feitos pelo Grupo de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) foram divulgados ontem (20).
A análise também prevê crescimento de 2,7% do PIB em 2019 se ocorrerem reformas que viabilizem o equilíbrio das contas públicas no médio prazo. “A Previdência é o principal item de despesa do governo, porque ela tem um crescimento projetado explosivo, ao contrário de outros que se mantêm sob controle”, informa o diretor de estudos e políticas macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo de Souza Jr.
O PIB deve fechar 2018 com crescimento de apenas 1,3%, bem abaixo do esperado pela maioria dos analistas no início do ano. O estudo traz, ainda, estimativas da economia agrícola. De acordo com o Ipea, o PIB agropecuário deve crescer 0,6% em 2018 e 0,9% em 2019, com base no prognóstico do IBGE. Quando utilizados dados da Conab o crescimento previsto sobe para 2% em 2019.
A inflação deve ficar em 4,1% em 2019 – abaixo da meta de 4,25% -, em parte devido ao elevado grau ocioso da economia. O Indicador Ipea de Hiato do Produto aponta para um produto potencial 3,4% acima do PIB, porém essa ociosidade pode se reduzir para algo em torno de 1,3% no 4º trimestre de 2019.
“Nessas condições, o Banco Central poderia dar início a um processo de elevação gradual da meta da taxa Selic já no final de 2019, ou no início de 2020”, sugere o estudo. As projeções estão condicionadas a um cenário com ajuste fiscal promovido de forma relativamente rápida pelo novo governo, a ser empossado em 2019.