79 views 2 mins

Governistas impedem apreciação da PEC das Eleições Diretas na CCJ da Câmara

em Manchete
terça-feira, 13 de junho de 2017
Billy Boss/Ag.Câmara

Billy Boss/Ag.Câmara

Presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB – MG).

Brasília – Em obstrução, a base governista impediu o avanço na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara da discussão sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece eleições diretas no País. Com receio de não ter votos suficientes para barrar a PEC, a base aliada veio munida de uma série de requerimentos e não houve tempo para o debate de mérito na manhã de ontem (13). De autoria do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), a PEC propõe eleições no caso de vacância da Presidência da República, exceto nos seis últimos meses do mandato.
Sob pressão dos oposicionistas, o presidente da comissão, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), cedeu e marcou a sessão exclusiva para ontem, contrariando os governistas. No começo da sessão os governistas já anunciaram o “kit obstrução”. “Obstrução sim para o Brasil continuar crescendo em paz”, alegou o vice-líder do governo, Darcísio Perondi (PMDB-RS).
Perondi acusou a oposição de querer “colocar fogo no País” e impedir a retomada do crescimento econômico. “Eleição direta agora é querosene puro”, completou. O comportamento da base aliada irritou os oposicionistas. “A posição da oposição fica muito clara em não querer debater”, reclamou o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
Ciente de que enfrentaria uma forte obstrução, a oposição veio munida de placas de protesto com os dizeres: “Vampiro teme a luz, corrupto teme diretas”, “fujões apareçam para o debate” e “governistas fogem do debate!”.
O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) disse que a única forma de pacificação do País é devolver ao eleitor o direito de escolher o substituto de Michel Temer. “Vamos continuar insistindo nessa comissão para que essa PEC seja apreciada”, avisou Molon. O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), se comprometeu em retomar a discussão da PEC na próxima semana. O peemedebista avisou que o tema será item único da sessão (AE).