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Geral 12/01/2017

em Geral
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
No Brasil, aqueles que já empreendem são mais ligados às causas éticas e socioambientais do que os jovens de outros países.

Dois em cada três jovens planejam empreender nos próximos anos

No Brasil, aqueles que já empreendem são mais ligados às causas éticas e socioambientais do que os jovens de outros países.

Uma pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) traçou o perfil de jovens empreendedores em nove cidades do mundo, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo

O estudo Jovens Empresários Empreendedores apontou que se tornar empreendedor nos próximos anos está nos planos de dois em cada três jovens brasileiros. As principais motivações são realização de um sonho (76,4%), qualidade de vida (75,6%), altos ganhos financeiros (70%), mercado promissor (66,1%) e não ter chefe (64,5%).
Para o estudo, foram realizadas 5.681 entrevistas com homens e mulheres na faixa etária dos 25 a 35 anos, das classes A B e C, com ensino superior completo ou em andamento. Metade dos consultados já era empreendedor.
O estudo apontou que, no Brasil, aqueles que já empreendem são mais ligados às causas éticas e socioambientais do que os jovens de outros países. No Brasil, esse índice alcança 68,3%, contra média de 49% das demais sete cidades pesquisadas, que incluem Nova York, Londres, Berlim, Madri, Xangai, Bombaim e Moscou. Em Nova York e Londres, por exemplo, a preocupação com o cenário ético é bem menor que no Brasil, atingindo 22%, apontou o gerente de Pesquisa e Estatística da Firjan, Cesar Kayat Bedran.
“É uma questão que chama atenção. A gente categorizou esses jovens empreendedores brasileiros como uma geração híbrida. Isso porque eles têm a criatividade do empreendedor e a inquietude do jovem, mas carregam um senso de responsabilidade de gerações anteriores, de pais e avós. Ou seja, eles têm uma preocupação mais considerável com questões socioambientais do que em outros países que, em alguns casos, são mais individualistas, mais preocupados em ganhar dinheiro, sem se preocupar muito até com o material que usam na confecção do seu produto”, explicou.
Os resultados que se aproximam mais do Brasil são os de Moscou e Madri, disse Cesar Bedran. “Nenhum deles é igual ao do Brasil. Mas se eu for olhar uma questão de proximidade, eu tenho a Rússia e a Espanha, com maior correlação”. Questões como ética, apego à família, otimismo, organização para montagem do negócio, gosto pela liderança, objetividade no negócio são algumas delas. Já na área socioambiental, os russos não se preocupam como os brasileiros: são mais individualistas e querem ser os primeiros sempre.
O jovem empresário empreendedor brasileiro usa muito tecnologia para fazer networking, ou construir uma rede relacionamentos (57,2%). Esse percentual só é maior em Xangai (69,1%). Em contrapartida, Londres e Nova York têm jovens com perfis mais inovadores e que se arriscam muito em novos negócios. No Brasil, 82% já passaram por um primeiro emprego formal antes de empreender e estão montando seu primeiro negócio. “Não é uma opção para desempregados. Eles escolhem empreender”, destacou o gerente da Firjan (ABr).

Sal: diminuição no consumo mundial salvaria milhões de vidas

Arquivo/ABr

Diminuir em 10% o consumo de sal poderia salvar milhões de vidas, afirma um estudo publicado ontem (11) pela revista médica britânica The British Medical Journal. O sal aumenta os riscos de hipertensão e de doenças cardiovasculares. Segundo a OMS, a maioria dos adultos consome mais do que a quantidade recomendada de 2 gramas de sal por dia, no máximo. O excesso de sal, presente principalmente em alimentos industrializados, está na origem de cerca de 1,65 milhão de mortes provocadas por doenças cardíacas em todo o mundo, de acordo com a OMS.
Apesar de poucos países até agora terem adotado políticas públicas para tentar diminuir o consumo de sal, pesquisadores, atuando conjuntamente com a indústria alimentícia, avaliaram o impacto de estratégias públicas de prevenção em 183 países. E concluíram que investir o equivalente a apenas 10 centavos de dólar por pessoa (cerca de R$ 0,32), contribuiria grandemente para frear a mortalidade.
Os cientistas também estimaram, baseados no índice de Esperança de Vida Corrigida, o número de anos perdidos pela população mundial por conta do excesso de sal. Segundo o estudo, uma alimentação menos salgada durante um período 10 anos evitaria uma perda anual equivalente a 5,8 milhões de anos de boa saúde. O custo dos anos ganhos seria equivalente ao que se gasta atualmente em remédios para tratamento de doenças cardiovasculares, apontam os pesquisadores (Rádio França Internacional).

Gato desaparecido há 2 anos volta para casa

Após ficar dois anos desaparecido, um gato voltou para a casa de seu dono depois de percorrer cerca de 140 km de território italiano. Conhecido como Ogghy, o felino se perdeu da família em 2015 durante as férias de verão na região de Maremma, no sudoeste da Toscana. Desde então, ele viajou por um ano e meio até que chegou em sua residência, aparentemente magro e maltratado, informou o jornal italiano “Corriere della Sera”.
De acordo com o professor de etologia, Francesco Dessi’ Fulgheri, é normal os gatos machos terem uma ligação especial com a casa em que eles vivem por um longo tempo, o que pode causar um forte apego. A história de Ogghy “não é impossível, mesmo que se trate de um recorde”, disse. A dona do gato, a italiana Bella Pezzoli, que vive em Scandicci, uma cidade próxima à capital da Toscana, havia divulgado fotos em diversos lugares da região, além de ter feito apelos na internet na época do desaparecimento do animal.
No entanto, somente esta semana que “Ogghy retornou para seu lar e seu sofá preferido”, afirmou Pezzoli. Segundo Fulgheri, o felino foi alimentado no decorrer da viagem, pois só assim para ter sobrevivido (ANSA).

Dieta detox é uma moda ‘perigosa e ineficaz’, diz estudo

As dietas de desintoxicação são mais um mito comercial do que uma realidade nutricional.

Com a promessa de eliminar peso, fortalecer os cabelos, unhas e digestão, e ainda estimular o sistema imunológico, as dietas de desintoxicação estão cada vez mais na moda. No entanto, seu resultado nem sempre é benéfico. De acordo com os médicos do Hospital Milton Keynes, na Inglaterra, esses remédios alternativos usados para limpar o “lixo tóxico” do corpo acumulado após comer em excesso são “perigosos e ineficazes”.
Segundo eles, recentemente uma mulher de 47 anos de idade foi hospitalizada inconsciente depois de sofrer um ataque epilético causado ao ingerir um suco detox. Ela havia bebido um “coquetel” à base de plantas com chá verde, cardo de leite, verbena, raiz de valeriana e glutamina. Os especialistas afirmaram que os níveis de sódio da paciente foram reduzidos. “É preciso ter em mente os riscos drásticos que essas dietas podem causar”, dizem eles.
A desintoxicação não é necessariamente saudável e não tem nenhuma base científica. Além disso, os produtos naturais também podem causar “efeitos colaterais”. De acordo com o estudo, “a própria ideia de desintoxicação é um absurdo. Não há de fato pílulas, bebidas, loções milagrosas que fazem isso. O corpo tem um sistema que purifica e remove toxinas”. Órgãos como os intestinos, fígado e rins purificam completamente o álcool, drogas, bactérias, produtos químicos.
“As dietas de desintoxicação são mais um mito comercial do que uma realidade nutricional. Muitas delas são promessas exageradas não baseadas em evidências científicas e os benefícios são de curta duração”, ressalta o estudo. “É melhor ter uma dieta saudável e variada, com um estilo de vida ativo, ao invés de passar por uma dieta de limpeza ‘’, completam os especialistas (ANSA).

Volks aceita pagar multa de US$ 4,3 bilhões nos EUA

A montadora alemã Volkswagen anunciou que pagará uma multa de US$ 4,3 bilhões nos Estados Unidos por conta do escândalo de fraude em testes ambientais em veículos com motor a diesel. Além disso, a companhia admitirá sua culpa no episódio, que estourou em setembro de 2015 e abalou sua imagem no mundo. No entanto, o acordo ainda precisa receber o aval do conselho de vigilância da empresa, das autoridades dos EUA e dos tribunais competentes.
Se for aprovado, o pagamento da multa deve encerrar os processos civis e criminais contra a montadora no país. Em outubro passado, a Volkswagen já havia assinado um acordo com a Justiça dos EUA para desembolsar US$ 14,7 bilhões pelo escândalo. Desse total, US$ 10 bilhões serão destinados a indenizações de compradores prejudicados pelo esquema de fraude, US$ 2,7 bilhões, para compensar o impacto ambiental das manipulações, e US$ 2 bilhões, para pesquisas de veículos não poluentes.
A companhia admitiu ter usado um software instalado em motores a diesel para manipular testes de poluentes nos Estados Unidos e na Europa, que ainda tenta fechar um acordo com o grupo alemão (ANSA)