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Mulheres engravidam mais velhas e congelamento de óvulos cresce

em Especial
terça-feira, 01 de setembro de 2015
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Mulheres engravidam mais velhas e congelamento de óvulos cresce

Mudança comportamental não acompanha o funcionamento reprodutivo do corpo feminino e mulheres podem encontrar dificuldades para engravidar naturalmente após os 35 anos

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O congelamento de óvulos já é uma realidade entre as brasileiras. A mulher moderna está inserida no mercado de trabalho, cuida da casa, do corpo e, por isso, planeja ter filhos cada vez mais tarde. Quando esse momento chega, pode ser tarde, pois a qualidade e quantidade dos óvulos pode não ser suficiente, o que dificulta muito a gravidez natural. Este é o principal motivo do aumento pela procura deste procedimento nos últimos anos.

O método de congelamento mais eficaz é a vitrificação, técnica recente que substituiu a anteriormente utilizada – denominada congelamento lento – há menos de 10 anos. Esta evolução melhorou consideravelmente os resultados e a rapidez do processo. “Com a nova tecnologia, a chance de o óvulo sobreviver ao congelamento é de 95%”, explica a Dra. Claudia Gomes Padilla, especialista em reprodução assistida do Grupo Huntington. Na clínica, em 2014, foram 245 casos de mulheres que congelaram óvulos , um aumento significativo em relação aos anos anteriores.

A regra da idade para o congelamento é simples: quanto mais nova a mulher for ao fazer o procedimento, maiores são as chances de engravidar quando decidir utilizar estes óvulos. “Se a mulher não tem perspectiva de engravidar antes dos 35 anos, é aconselhável que pense no congelamento. Uma mulher de 40 anos tem chance média de 50% menor de ser mãe, quando comparada a uma de 35 anos, que ainda está com boa condição reprodutiva”, observa a Dra. Claudia.

congelamento-ovulos temporarioO congelamento também é indicado para os casos de mulheres com histórico de menopausa precoce na família, já que o esgotamento de sua reserva ovariana pode ser mais rápido, e em casos de futuro tratamento de câncer, que se constitui em fator de risco para infertilidade por conta da quimioterapia e radioterapia. Abaixo, seguem alguns dados do Grupo Huntington sobre o congelamento de óvulos:

  • A taxa de sucesso de fertilização após o descongelamento é de 80%;
  • Chance de gravidez para mulheres com até 35 anos é de 50%;
  • Entre 36 e 39 anos, cerca de 45%;
  • Até 40 anos, em torno de 25%;
  • Após os 40, a taxa despenca: vai de 10% a 15%.

O IBGE comprova a tendência das famílias brasileiras de ter filhos em idade avançada e em menor quantidade. O número de casais com filhos caiu 7%, chegando a 43,9%. A taxa de fecundidade, que estima o número médio de filhos por mulher em idade fértil, foi de 2,39, em 2000, para 1,72 em 2015. “Este número mostra claramente a mudança de comportamento. Nos últimos anos a queda é enorme. Olhando para o passado, a queda é ainda maior. Na década de 60, por exemplo, a taxa era 6,3”, observa a especialista.

Como é feita a preservação?

  1. Os ovários são estimulados com indutores de ovulação, para gerar o crescimento dos folículos ovulatórios;
  2. Os óvulos serão colhidos no momento adequado, com a paciente sedada;
  3. Após coletados, o congelamento rápido da célula é feito com nitrogênio líquido, à baixíssima temperatura (cerca de -196°C);
  4. Quando a mulher decidir utilizar o óvulo para ter filhos, a célula passa pelo processo de desvitrificação – ou descongelamento;
  5. Os óvulos são fertilizados em laboratório e os embriões formados serão introduzidos no útero.

“Engravidar após os 40 anos é possível, mas é um privilégio de uma minoria. É importante saber sobre a baixa significativa na quantidade de óvulos e, ainda mais importante, sobre a baixa qualidade dessas células após essa faixa etária. Se há o desejo de ser mãe nessa idade, ponderar sobre o congelamento é quase essencial”, finaliza a Dra Claudia.

Fonte e mais informações (www.huntington.com.br).

 

Além do toque, homens com mais de 50 anos têm de fazer exame PSA anualmente

prostata blog temporarioIsoladamente, o exame de toque – realizado na investigação de câncer de próstata – não oferece altas taxas de confiabilidade. Quando associado ao exame PSA (antígeno prostático específico), a dupla oferece 92% de acerto no diagnóstico. Por isso é tão importante conhecer em detalhes esse exame laboratorial

Quanto maior o nível de PSA no sangue, maior também é a chance de o paciente ter câncer de próstata – sendo que taxas inferiores a 2,5ng/ml são consideradas normais. De acordo com o médico radiologista Leonardo Piber, do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), é fundamental que homens entre 50 e 75 anos se submetam a esse simples exame de sangue todos os anos.

“Quando a análise do sangue detecta alteração importante, normalmente o paciente é encaminhado a novos exames de imagem para diagnosticar precocemente o câncer de próstata, já que a doença oferece boas chances de cura quando tratada logo no início”, diz o médico. O PSA é uma proteína encontrada em grandes quantidades no sêmen e em pequena quantidade no sangue, mas é o suficiente para indicar quando há risco.

“Pode acontecer de o nível de PSA estar alto por conta de alguma inflamação ou infecção na glândula prostática. Daí a importância de o médico fazer o toque retal e encaminhar o paciente para exames de imagem, considerando idade, histórico familiar, medicamentos de uso contínuo e até mesmo determinados suplementos que afetam o tamanho da próstata”.

Na opinião do médico, conhecer os fatores de risco para o câncer de próstata – que é o segundo mais comum entre brasileiros, com quase 70 mil novos casos por ano – contribui muito para evitar negligência ou alarmismo. “A maioria dos casos acontece por volta dos 65 anos, mas a investigação diagnóstica deve acontecer entre 50 e 75 anos. Quando há parentes diretos que já enfrentaram a doença, o recomendado é iniciar os exames anuais a partir dos 40 anos. Trata-se de um tipo de câncer que mata mais de 13 mil pessoas todos os anos e é particularmente agressivo para homens com uma dieta rica em gorduras ou que são de fato obesos”.

Quando tanto o toque retal quanto o nível de PSA apontam para o câncer de próstata, Leonardo Piber diz que outros exames costumam contribuir para chegar a um diagnóstico preciso, como o ultrassom transretal e a biópsia. “A ressonância magnética também costuma ser empregada para sabermos a localização exata do tumor, bem como se ele se espalhou pela próstata”.

Independentemente dos exames que serão realizados, o médico chama atenção para o fato de que inicialmente a doença costuma ser assintomática, ou seja, não apresenta sintomas relevantes. Mesmo assim, o paciente pode começar a sentir dificuldade ou dor ao urinar, urgência em urinar (principalmente à noite), urinar em pouca quantidade e mais vezes, verificar sangue na urina, e sentir dor persistente nas costas ou nos quadris.

“Quando o câncer de próstata atinge outros órgãos, o paciente também pode ter dor nos ossos, fraqueza generalizada, perda de peso sem motivo aparente, anemia e falência renal. Por se tratar de uma doença que pode ser diagnosticado e tratado com sucesso logo no início, é importante que os homens levem a sério os exames preventivos, principalmente essa dobradinha entre toque retal e exame de PSA assim que atingem a meia-idade”, adverte o médico radiologista.

Fonte e mais informações (www.cdb.com.br).