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Lazer e Cultura 02/09/2015

em Lazer e Cultura
terça-feira, 01 de setembro de 2015

“Os Guarda-Chuvas”

chuva abre

A história do drama Os Guarda-Chuvas se passa no dia do funeral de Teresa, uma revisora de livros de uma Editora, que criou para o filho Jonas a imagem da mãe e esposa perfeitas

Mas é com a morte dela num grave acidente de carro que o pai José Denciano inicia uma verdadeira batalha com o filho pra tentar arrancar dele motivos para que esses dois homens, agora sozinhos, se reavivam. E, é justamente nesses momentos, onde a morte está cem por cento presente, que a vida é questionada numa forma crua, direta e rascante, até ambos alcançarem revelações surpreendentes. Maria Fernanda Cândido faz participação em vídeo como Teresa, a esposa-mãe. Obs: a produção sugere que o traje para ver a peça seja preto, independentemente do dia da sessão Com Luccas Papp e Darson Ribeiro, com participação em vídeo de Maria Fernanda Cândido.

Serviço: Teatro Augusta, R. Augusta, 943, Cerqueira César, tel. 3151-4141. Quartas e quintas às 21h. Ingresso: R$ 60. Até 29/10.

REFLEXÃO

CARIDADE E INFLUÊNCIA

Frequentemente admitimos que socorro, perdão, caridade e donativo encontram significado exclusivamente nas horas de crise. Entretanto, estamos todos à frente da vida e dentro dela, com a obrigação de reconhecermos a presença dos benfeitores que nos estenderam os braços para a travessia dos obstáculos naturais na experiência comum. Acionemos os botões da memória e vê-los-emos todos: é a criatura vinculada ao nosso afeto, que nos amparou em família, encorajando-nos na realização dos nossos melhores ideais, quando as circunstâncias adversas nos induziam à frustração e desânimo; é a pessoa que nos deu as mãos na travessia de risco iminente; é o irmão que nos favoreceu com exemplos de intrepidez e tolerância; é o amigo que nos auxiliou a encontrar o privilégio de servir; é o companheiro que nos mostrou a bênção da oração, renovando-nos a vida. Onde estiveres, pensa nisso e relaciona os bens que podes distribuir. Ninguém calcula os resultados construtivos da sementeira considerada vulgar. Alguém dirá que isto é óbvio, entretanto, aquilo que é óbvio é sempre o inevitável na existência e o mais difícil de se fazer. Auxiliar aos outros, a fim de sermos auxiliados, é claro imperativo no mecanismo das relações humanas, contudo, é preciso relacionar quantos séculos estamos despendendo, a fim de senhorear semelhante aprendizado. A fonte de água limpa é suprimento óbvio na sustentação da comunidade. Experimente, porém, essa ou aquela pessoa passar sem ela. Meditemos nisso e observemos a significação da nossa influência sobre aqueles que nos rodeiam, para entendermos que ninguém deve esperar por ofensa, necessidade, desastre ou penúria, a fim de cultivar o amor a que somos chamados, através do respeito e do amparo que nos devemos uns aos outros. E assim agindo reconheceremos, por fim, que todo dia e toda situação constituem ensejo e lugar para nos devotarmos todos à construção do bem.

(De “URGÊNCIA’, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel).

“Casa Encaixotada”

Frank Borges

No drama Casa Encaixotada Ben, criado por uma família ausente passou a infância se mudando, por conta das transferências do pai no trabalho. Assim, na falta de um teto afetivo sólido, e sem as raízes de um lar duradouro, soa irônico que ele tenha se tornado corretor de imóveis, como se precisasse estar permanentemente ligado a residências, mesmo que elas jamais venham a lhe pertencer. Certo dia, o corretor vai fazer uma vistoria num imóvel e se depara com a porta fechada. A sensação de impotência lhe traz de volta as lembranças das casas onde morou e das transformações que vivenciou e testemunhou durante todos aqueles anos. Com Frank Borges.

Serviço: Serviço: Sesc Ipiranga, R. Bom Pastor 822, Ipiranga, tel. 3340-2000. Sextas às 21h30 e sábados às 19h30. Ingresso: R$ 20. Até 03/10.

Homenagem

A musicalidade de João Gilberto é revisitada em Silêncio, álbum gravado pelo trio Renato Braz (voz), Proveta (sopro) e Edson Alves (violão). Os músicos interpretam canções como Eu Vim da Bahia, Caminhos Cruzados e Pra que Discutir com Madame.

Serviço: Sesc Pompeia, R. Clelia, 93, Perdizes, tel. 3871-7700. Quinta (03) às 21h. Ingresso: R$ 30.

“Mantenha Fora do Alcance do Bebê”

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Sucesso de público e crítica o espetáculo Mantenha Fora Do Alcance Do Bebê volta aos palcos. A montagem, com elenco formado por Débora Falabella, Anapaula Csernik, Jorge Emil e Diego Dac, reestreia dia 11 de setembro. A peça, uma das três premiadas na 1ª Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos do Centro Cultural São Paulo tem texto assinado por Silvia Gomez, dramaturga formada no CPT – Centro de Pesquisas Teatrais, de Antunes Filho e direção de Eric Lenate. A peça mostra a entrevista de uma mulher (Débora Falabella) com uma assistente social (Anapaula Csernik), parte integrante do processo de adoção de um bebê. Porém, durante a conversa, as coisas fogem de controle e, como medida emergencial, Rubens (Jorge Emil), o marido da entrevistada, segue para o local. Fora dali, uma superpopulação de lobos toma ruas, calçadas e linhas de metrô. Já dentro da sala, um lobo selvagem acompanha em silêncio o desenrolar dessa conversa.

Serviço: Sesc Ipiranga, R. Bom Pastor, 822, Ipiranga, tel. 3340-2000. Sextas e sábados às 21h e domingos às 18h. Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia). Até 04/10.

Estreia

Próxima quinta, dia 03/09, estreia Ao Pé do Ouvido. A peça conta a história de sete migrantes nordestinos que cruzaram o país para viver em São Paulo; espetáculo explora o formato da “audiopeça”, em que a dramaturgia surge a partir da costura de entrevistas gravadas com pessoais reais e a encenação consiste na interpretação fiel dos seus depoimentos. Com Bruna Thedy, Cy Teixeira, Fábio Redkowicz, Fernanda Maia,Herbert Bianchi, Hugo Picchi, Laerte Késsimos, Rita Batata, Rodrigo Caetano.

Serviço: Sesc Pinheiros, R. Paes Leme, 195, tel. 3095-9400. De quinta a sábado das 20h30. Ingressos: R$ 25 e R$ 12,50 (meia).