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Economia 27/10/2016

em Economia
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
Consumidor que usa cheque especial paga 324,9% ao ano de juros.

Sobe o juro do cheque especial; cartão de crédito vai a 480,3% ao ano

Consumidor que usa cheque especial paga 324,9% ao ano de juros.

A taxa de juros do cheque especial continuou a subir em setembro. Segundo dados do Banco Central (BC), divulgados ontem (26), a taxa do cheque especial subiu 3,8 pontos percentuais (pp), de agosto para setembro, quando chegou a 324,9% ao ano, estabelecendo novo recorde na série histórica do BC, iniciada em julho de 1994. Neste ano, a taxa do cheque especial já subiu 37,9 pp em relação a dezembro de 2015, quando estava em 287% ao ano

Outra taxa de juros que voltou a registrar recorde foi a do rotativo do cartão de crédito. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Em setembro, na comparação com agosto, houve alta de 5,3 pp, com a taxa em 480,3% ao ano, a maior da série iniciada em março de 2011. Neste ano, essa taxa já subiu 48,9 pp. A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 2,5 pp e ficou em 154,7% ao ano.
Essas duas taxas – do cheque especial e do cartão de crédito – são as mais caras na pesquisa do Banco Central e estão bem distantes dos juros médios do crédito para pessoa física (73,3% ao ano, em setembro). A alta em relação a agosto foi de 1,5 pp. A taxa do crédito pessoal subiu 2,8 pp para 135,1% ao ano. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) ficou estável em 29,3% ao ano, em relação a agosto.
Os dados do BC também mostram que a inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, ficou estável em 6,2%, pelo quarto mês seguido. A taxa de inadimplência das empresas também ficou inalterada em 5,5%. A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas ficou em 29,8% ao ano, queda de 0,8 pp em relação a agosto (ABr).

Desemprego tem pequena alta na região metropolitana

Divulgação

A taxa de desemprego nos 39 municípios que compõem a região metropolitana de São Paulo subiu de 17,2%, em agosto, para 17,5% , em setembro, segundo a Fundação Seade e o Dieese. Essa taxa foi a segunda mais alta do ano, ficando abaixo apenas das variações apuradas em maio e junho, ambas com 17,6%. nComparado a igual mês do ano passado, a taxa ficou bem maior. Em setembro de 2015, havia 14,2% da População Economicamente Ativa (PEA) desempregada.
O levantamento de setembro 2016 aponta para um total estimado de 1,926 milhão de desempregados e mostra que caiu tanto o número de pessoas em disputa de uma vaga (-1,1%, somando 119 mil concorrentes a menos) quanto o saldo de postos de trabalho, com um corte de 1,4% equivalente a 131 mil demissões. O nível de ocupação apresentou um recuo de 1,4%.
Na indústria de transformação, foram eliminados 37 mil postos de trabalho, com queda de 2,7% sobre agosto último; no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, houve um corte de 41 mil vagas com retração de 2,6%; no segmento de serviços, foram fechados mais 79 mil postos, com redução de 1,4%. O setor da construção civil foi o único que ampliou as contratações, com taxa de 3,1% e oferta de 18 mil novos empregos (ABr).