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Economia 14/10/2015

em Economia
terça-feira, 13 de outubro de 2015

Queda da economia este ano pode chegar a 2,97%

A produção industrial deve ter queda de 7%, este ano.

A projeção de instituições financeiras para a retração da economia continua a piorar

A estimativa para a queda do PIB neste ano passou de 2,85% para 2,97%, no 13º ajuste seguido. Para o próximo ano, a projeção passou de 1% para 1,20%. Essas projeções fazem parte da pesquisa feita pelo Banco Central (BC), todas as semanas. Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter queda de 7%, este ano, contra a estimativa anterior de 6,5%. Para 2016, a projeção de retração passou de 0,29% para 1%.
A projeção para o dólar ao final do ano segue em R$ 4. Para o fim de 2016, a estimativa para a cotação da moeda norte-americana subiu de R$ 4 para R$ 4,15. A estimativa do mercado financeiro para o IPCA subiu pela quarta vez seguida, ao passar de 9,53% para 9,7%, este ano. Para 2016, no décimo ajuste seguido, a projeção passou de 5,94% para 6,05%.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo IGP-DI, que passou de 8,42% para 9,15%, este ano. Para o IGP-M, a estimativa subiu de 8,34% para 9,15%, em 2015. A estimativa para o IPC-Fipe passou de 9,66% para 9,86%, este ano. A projeção para a alta dos preços administrados passou de 15,55% para 16%, este ano, e de 6% para 6,27%, em 2016 (ABr).

AB Inbev e SABMiller chegam a acordo sobre aquisição

Uma das aquisições mais caras da história.

A AB InBev, de capital belga e brasileiro, anunciou a compra da segunda maior empresa do setor cervejeiro, a britânica SABMiller, por US$ 109 bilhões (cerca de R$ 407 bilhões), em uma das aquisições mais caras da história, criando assim o maior colosso do setor. A fabricante da Budweiser e da Stella Artois tem tentado comprar a rival há quase um mês, mas a direção da SABMiller mostrou resistência. A proposta só foi aceita após seis ofertas, sendo que a AB Inbev se propôs a pagar 44 libras esterlinas (cerca de R$ 251) por cada ação da SABMiller.
Agora a AB InBev tem até o dia 28 para fazer uma oferta formal aos órgãos reguladores britânicos. Neste período, os dois lados vão trabalhar nos termos e condições do acordo. Se a fusão for aceita, a nova empresa vai controlar cerca de 31% das vendas de cerveja ao redor do mundo. Dado o tamanho da empresa, é provável que ela enfrente problema em mercados como Estados Unidos e China, onde existem fortes regulamentações contra monopólio.
A AB Inbev possui seis das maiores marcas de cerveja do mundo, incluindo a Budweiser e a Stella Artois. Caso a transação seja bem sucedida, ela possuirá também a rival, Miller Genuine Draft (ANSA).

Volks vai reduzir investimento em 1 bilhão de euros

O grupo Volkswagen, envolvido na manipulação dos testes de emissões poluentes, anunciou que vai reduzir em 1 bilhão de euros por ano os investimentos previstos para a marca. O novo responsável da marca Volkswagen, Herbert Diess, anunciou que o programa de poupança em curso será executado de forma mais rápida.
O grupo Volkswagen, por meio do presidente executivo do grupo, Mathias Muller, tinha informado na semana passada que os investimentos previstos de 86 bilhões de euros até 2020 seriam analisados e alguns, congelados ou adiados. Diess adiantou ainda uma nova reorientação estratégica da marca, com uma aposta clara nos veículos elétricos e uma nova estratégia para os motores a diesel, o foco do escândalo. “A marca Volkswagen vai se reposicionar para o futuro, tornando-se mais eficiente, oferecendo à gama de produtos novas tecnologias, acelerando o programa de eficiência”, acrescentou.
O responsável máximo da marca comprometeu-se a instalar nas fábricas de motores diesel a nova tecnologia SCR e AdBlue, na Europa e na América do Norte, “o mais rapidamente”. A tecnologia SCR (do inglês Silicon Controlled Rectifier) permite eliminar grande parte das partículas poluentes dos motores a diesel, sendo obrigatório desde início de setembro em todas a marcas em circulação na Europa (Ag. Lusa).