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Tecnologia 29/04/2016

em Tecnologia
quinta-feira, 28 de abril de 2016

Nova tecnologia de armazenamento: é tudo isso o que dizem?

Hoje existe tanta propaganda com relação a diferentes tecnologias de armazenamento que pode ser um desafio manter-se informado e, mais ainda, tomar uma decisão quanto à opção certa para a sua empresa

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James Honey

Além disso, você precisa gerenciar as pressões decorrentes de necessidades comerciais, necessidades de desempenho do armazenamento, proteção de dados, crescimento dos dados e restrições de recursos, entre outros.

Posso parecer um defensor da velha escola de TI, mas esse não é realmente o caso. Hiperconvergência, flash e nuvem certamente têm seu lugar, mas o que estou tentando dizer é que toda a propaganda que os cerca é suficiente para fazer crer que cada um deles seja a melhor coisa desde a turnê de reunião do The Police, ou seja, que cada um tem o poder de ser o alfa e o ômega na existência do data center.

Mas antes que você vá na onda de qualquer um deles, vale a pena investir algum tempo na avaliação de cada tendência e determinar se é de fato a opção certa para o seu ambiente, fazendo-se algumas perguntas-chave antes de aderir.

Hiperconvergência
A hiperconvergência é uma solução de infraestrutura de software que reúne recursos de computação, armazenamento, rede e virtualização em recursos comuns. A promessa é de tecnologias integradas que fornecem uma única exibição para o administrador. Isso torna mais fácil implantar, gerenciar, expandir e prestar suporte a um ambiente, visto que tudo está inter-relacionado.
Questões a serem levadas em consideração antes de aderir:
• Como são as cargas de trabalho de suas máquinas virtuais?
• Todas elas têm requisitos de recursos semelhantes, ou algumas máquinas virtuais exigem mais do que outras?
• Suas necessidades de recursos (CPU, memória, armazenamento etc.) crescem uniformemente, ou alguns recursos estão crescendo mais rápido do que outros?

Armazenamento em flash
O armazenamento em flash existe há anos, mas cresceu bastante nos últimos anos, em grande parte devido aos avanços tecnológicos e a uma drástica redução de custos. O flash garante melhor desempenho, maior durabilidade, melhor refrigeração e fatores forma mais densos. Isso levou à alegação de que os discos rígidos são coisa do passado e que o flash é tudo o que você precisa em seu data center.
Questões a serem levadas em consideração antes de aderir:
• Você precisa de alto desempenho em todo o seu ambiente?
• Como é o crescimento de sua capacidade e como ele se compara com o crescimento do desempenho?
• Seus aplicativos poderão de fato aproveitar o flash?
• Seu orçamento é suficiente para o armazenamento em flash de todos os aplicativos?

Armazenamento na nuvem
Durante anos, as pessoas vêm falando sobre a nuvem e se a solução correta é a nuvem privada ou a pública. Para o nosso intento, vamos nos concentrar nas nuvens públicas. Nos últimos anos, testemunhamos a adoção da nuvem pública por mais empresas como parte de seu ambiente de armazenamento de dados. A promessa inclui permitir que as empresas acessem seus dados em qualquer lugar, o que libera recursos de TI, proporciona escalabilidade para expandir os negócios e reduz os custos de TI, para citar apenas algumas vantagens. Isso levou à conclusão de que tudo deveria ser migrado para a nuvem, e que manter o armazenamento local não é mais a solução ideal.
Questões a serem levadas em consideração antes de aderir:
• O que acontece quando ocorre uma interrupção, seja resultante do provedor de nuvem ou de sua conexão com ele?
• Você dispõe de largura de banda suficiente para prestar suporte?
• Como gerenciar a segurança de seus dados e garantir a proteção contra ataques?

Essas são, é claro, apenas algumas das tecnologias de armazenamento em alta no mercado. Que a verdade seja dita: é provável que cada uma delas tenha seu lugar em quase todos os data centers. Até que ponto cada uma delas se adequa ao seu data center é algo que você deve determinar. Só porque uma nova tecnologia resolve certos problemas no data center não significa que ela solucionará todos eles. Compreender os seus problemas e objetivos comerciais é a melhor maneira de ver além das novas tendências de tecnologia e reconhecer como e onde elas podem ser melhor aproveitadas.

(*) É gerente de marketing de produto sênior da SolarWinds.

Inglês: A chance de alavancar os negócios e a carreira

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No Brasil, o aprendizado do inglês ainda está muito abaixo do que se espera, ocupamos o longínquo 41º no índice de proficiência, segundo pesquisa da Education First. O reflexo dessa posição? Menos oportunidades de negócio e menos receita para as nossas empresas.
De acordo com o último relatório da EF – Education First – empresa de educação internacional – sobre o Índice de Proficiência em Inglês (EPI), realizado em 70 países e em territórios com base em dados de testes de mais de 910.000 adultos, o Brasil está na 41ª posição no ranking; lugar ainda mais baixo se comparado aos dos últimos dois anos. Claramente que esse é um resultado não muito favorável para a nós brasileiros, e para quem pensa que esse é um simples problema de estudo de idiomas, fique sabendo que essa lacuna impacta diretamente nos negócios e no desenvolvimento do país.
Em uma era de comunicação sem fronteiras, dominar um segundo idioma ultrapassa o nível do mandatório nas empresas, e o inglês, como principal língua estrangeira, ganha destaque. É esse o atributo valioso que vai garantir jogo de cintura e conhecimento para liderar uma conferência, sair de situações delicadas durante um almoço de negócios e, o mais importante, pode até alavancar a receita da companhia.
Segundo o estudo The English Margin, também realizado pelo EF, a língua inglesa impulsiona a receita de vendas, dos 510 diretores e gerentes entrevistados, 88% estaria disposto a pagar mais por um produto proveniente de fornecedores com maiores níveis de proficiência no inglês. Eles considerariam pagar até 16% a mais por tais produtos ou serviços.

Consequências para o Mercado de Trabalho em TI
Em especial no mercado de tecnologia, onde é comum que uma empresa, por exemplo, tenha serviços feitos na índia, Europa, Estados Unidos e o restante fica no Brasil, o profissional terá de lidar com pessoas de variados lugares e até diferentes sotaques de inglês. Como ‘sobreviver’ a isso sem ter fluência?
Outro problema bastante enfrentado por aqui, é a valorização das informações no currículo, o que muitas vezes é vendido como ‘inglês avançado’, passa para o nível intermediário na hora da entrevista. A consequência? As empresas demoram mais para encontrar o candidato ideal; talvez a oportunidade permanecerá aberta por mais tempo, ou a companhia vai optar ainda por contratar pessoas com um nível técnico inferior ao esperado para assegurar que a posição em aberto seja atendida por um profissional fluente em inglês.
Para se ter uma ideia de como a situação pode afetar os negócios, basta saber que 81% das empresas entrevistadas no The English Margin, considerariam descartar um fornecedor com baixos níveis de proficiência na língua inglesa. E ainda mais impressionante do que esse número, está o fato de que um funcionário com nível profissional pleno de inglês poderia contribuir com pelo menos 128 mil dólares a mais para a empresa por ano.

Atitude é mandatória
As pessoas continuam buscando o estudo na língua inglesa, mas ainda assim a carência na comunicação existe. O problema? A falta de exposição ao idioma e atitude.
É possível notar que os profissionais que estão ‘no fogo cruzado’, que são mais expostos a situações em inglês, adquirem mais facilmente a fluência que o mercado pede. Claro que ainda assim, aprender um novo idioma, com suas regras e vocabulário vasto, é difícil, mas saiba que ninguém estuda por ninguém, a vontade de aprender e colocar em prática vai partir de cada um, e nesse sentido, com a internet e a globalização, mais do que nunca a oportunidade bate à porta. Aplicativos como o Duolingo, canais do YouTube como o Inglês na Ponta da Língua, o site English In Brazil e até o portal de notícias da BBC são ferramentas valiosíssimas na hora de estudar, e o melhor, são gratuitas, além de auxiliar o estudante a incluir o inglês em sua rotina.
Outra alternativa interessante é o intercâmbio, viajar a outro país para estudar é a melhor imersão possível, o dia a dia em uma nova cultura vai instigar a curiosidade e a vontade de se comunicar; a tarefa posterior será a de manter tal interesse.
Algumas empresas oferecem auxílio a seus funcionários para o estudo do inglês, outras cedem seu espaço para aulas em grupo semanais, o que claro, facilita o acesso ao idioma. De qualquer forma a busca e a manutenção dessa língua fica a cargo do profissional. A atitude sempre vai contar pontos. E então, let’s do it?

(Fonte: Marcelo Vianna é sócio-diretor da Conquest One, empresa especializada em contratação de profissionais especializados em TI, e responsável pela área de Pessoas e Processos).

A 8ª Disciplina do Darwinismo Digital

Márcio Kanamaru (*)

Em 2000, li o livro Darwinismo Digital do americano Evan Schwartz, no qual ele descrevia sete disciplinas básicas que as empresas deveriam praticar para se adaptarem a fim de sobreviverem e crescerem na então nova era da Internet

O autor criou para o mundo digital um modelo da lei de Darwin, que expôs, em 1859, a sua teoria da evolução pela seleção natural como uma explicação para a adaptação e formação de espécies dos animais. O conceito era simples, mas poderoso: os indivíduos melhor adaptados aos seus ambientes são mais propensos a sobreviver e a se reproduzir.
No momento do lançamento do livro, assistíamos à popularização da web, à criação de novos modelos de negócios e ao aparecimento de startups de tecnologia que faziam com que empreendedores se tornassem milionários da noite para o dia.
O livro descreve hábitos fundamentais que as empresas precisam aderir para conquistar a adaptabilidade em um ambiente altamente hostil como o digital. Entre as estratégias sugeridas por Schwartz estão: criar uma marca-solução, apostar em preços dinâmicos, desenvolver parceria nas vendas e marketing, oferecer um pacote único, vender e fabricar sob demanda (baixo estoque ou nenhum), acrescentar valor nas transações e desenvolver uma estratégia multicanal.
Passados alguns anos deste cenário, nos vemos à beira de uma nova mudança radical: a transformação digital. E novamente temos que nos fazer as mesmas perguntas: Quais serão as empresas que irão sobreviver? Como lidar com a concorrência dos novos modelos? O que será preciso fazer para adaptar-se e manter-se no mercado?
De acordo com relatório divulgado em janeiro pelo Fórum Econômico Mundial, a transformação digital, ou como também é chamada, a quarta revolução industrial, poderá causar a perda de 5 (cinco) milhões de empregos nos próximos cinco anos nas principais economias mundiais.
A transformação digital já está acontecendo e as empresas que não se propuserem a criar algo novo ficarão pelo caminho. Juntamente com a transformação digital, vem uma competitividade gigantesca e uma concorrência feroz. Já vemos novos modelos de negócios inovadores, colaborativos e globais sendo criados e ameaçando os modelos tradicionais.
O conceito de Darwinismo Digital será aplicado no processo de transformação digital. Todas as empresas terão que se adaptar à nova realidade, sobreviver no modelo digital e se moldar ao cenário econômico e social da época. Qualquer empresa, de qualquer porte e de qualquer área, terá que ter como aliada a tecnologia para criar modelos de negócios disruptivos.
Mesmo as empresas com essência inovadora e disruptiva serão desafiadas. A própria Apple, reconhecidamente inovadora e digital, recentemente viu a sua ferramenta de conteúdo digital ser ameaçada por novos modelos que já nasceram na nuvem, como Spotify e SoundCloud, com serviços mais fáceis de usar que dispensam downloads e sincronização de dispositivos.
Estamos vivendo o início de um novo ciclo que deve ser encarado pelas corporações o quanto antes. As empresas estão gerando capital intelectual riquíssimo que serão aplicados a esses novos modelos e, por isso, a segurança da informação se transformará em um significativo habilitador para o negócio. Em um modelo de negócio digital, ter o capital intelectual roubado, sequestrado ou corrompido será o mesmo que ter todo o negócio bloqueado. A segurança e a transparência com o cliente serão fatores decisivos para o sucesso de uma empresa na entrega da experiência destes usuários.
As sete disciplinas apresentadas por Schwartz ainda podem ser aplicadas e hoje, num contexto muito mais amplo, a segurança da informação já pode ser considerada como a oitava disciplina para a adaptação e sobrevivência de uma empresa no mundo digital.
Não deixe que uma falha de segurança seja o mecanismo de seleção natural da sua empresa e proponha a evolução digital segura em sua corporação.

(*) É diretor geral da Intel Security no Brasil.