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Tecnologia 25/08/2015

em Tecnologia
segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Big Data e a proteção da informação de negócios

As tecnologias associadas à “terceira plataforma” estão obrigando as empresas a dar mais atenção à segurança da informação

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O uso de dispositivos móveis em ambientes de negócios, somado ao auge das soluções e serviços de CloudComputing e, em especial, ao Big Data, se converteram nos principais catalizadores de uma verdadeira evolução na proteção da informação crítica das organizações.

Hoje nos encontramos no que algumas pessoas têm chamado de “Terceira Geração” da segurança da informação. É um contexto marcado por dois fenômenos principais: o forte aumento do volume de dados empresariais e a necessidade de contar com informação dispersa e diversa, ou seja, a segurança e o controle hoje vão além do data center tradicional, com tudo o que isso significa.

Mais dados, mais segurança
Para entender os desafios do Big Data enfrentados pelas organizações é preciso compreender esta tendência em todas suas dimensões. Segundo o IDC, 90% de todos os dados digitais atuais não são estruturados, ou seja, partem de fontes que não estão em bases de dados tradicionais, tais como vídeos ou imagens, entre outros. Além disso, do ponto de vista do crescimento, 90% de todos os dados digitais existentes foram criados apenas nos últimos anos, o que indica um crescimento exponencial sem precedentes.

De acordo com cifras da Digital Universe, nos próximos oito anos, o volume de dados digitais excederá os 40 zettabytes, equivalentes a 5 mil vezes 200 GB por cada habitante do planeta. O IDC estima que o volume de dados digitais seguirá dobrando em escala global a cada dois anos, processo que já está acontecendo nas organizações em períodos que flutuam entre 12 e 18 meses. Isso apresenta desafios do ponto de vista de armazenamento, proteção e gestão dos dados, mas também oferece oportunidade para explorar alguns desses dados através das aplicações analíticas para convertê-los em informação útil para a tomada mais rápida e eficiente de decisões.

Como consequência desse fenômeno, as organizações começarão a processar cada vez mais dados que virão de fora dos seus próprios data centers, enquanto uma crescente parte deles ganhará valor ao ser analisada. Em poucos anos, cerca de 80% da informação que as empresas processam ou requerem partirá de fontes externas. Desse total, em 2020, segundo o IDC, 33% poderia fornecer informações valiosas para os negócios. Essa nova realidade se reflete no crescimento do mercado de soluções de Big Data, que se estima que pode crescer 657% na América Latina nos próximos cinco anos, de acordo com o IDC.

“Segurança inteligente”
O outro lado do Big Data relacionado à segurança da informação é que, assim como acontece com as estratégias de negócio, haverá uma proteção mais inteligente dos dados críticos. Essa tendência será um fator de mudança decisivo acurto prazo. A análise de dados terá um papel fundamental na segurança, especialmente na detecção precoce de fraudes e roubo de informações. Por isso, consultoras como a Gartner preveem que em 2016 um quarto das empresas globais já usará essas novas ferramentas para prevenir crimes relacionados a sua informação.

O Big Data, a partir das soluções analíticas, permitirá às organizações acessarem mais rápido os dados, tanto internos quanto externos, podendo fazer uma correlação de informações que ajudará a detectar eventuais crimes ou ameaças. A análise de informação é totalmente aplicável na segurança e pode ajudar a prevenir fraudes e ameaças internas ou externas, encurtando os tempos de resposta como nunca antes.

Todas as plataformas de segurança da próxima geração incluirão, em breve, aplicações analíticas que poderão ser monitoradas de maneira mais ampla que os tradicionais sistemas de gestão de eventos de segurança da informação (SIEM). Na verdade, o esperado, segundo a Gartner, é que em 2020 40% das empresas tenham um datawarehouse de segurança que apoiará a análise retrospectiva.

O estabelecimento de padrões de normalidade, informação de contexto e das ameaças externas tornará, a partir da análise de dados, mais eficiente a detecção de qualquer anomalia relacionada à segurança da informação.

As organizações já estão investindo em soluções de Big Data com base em repositórios de dados com uma arquitetura que permita gerenciar a informação de acordo com categorias e estabelecer perfis e funções suportadas com ferramentas que permitam realizar análises rápidas, já que o próximo passo será levar essas soluções para a área de segurança, que será muito mais proativa do que as tradicionais ferramentas baseadas em assinaturas ou na detecção de ameaças no perímetro de rede.

O Big Data é uma mudança radical no uso e na coleta de informações, na rapidez para analisar e tomar decisões em tempo real. Essa nova maneira de ver o mundo, por assim dizer, deve ter um impacto nas estratégias de segurança, que enfrentarão as possíveis novas ameaças com maior inteligência.

(*) É especialista em Segurança da Level3 Communications, no Chile.

LogMeIn lança join.me no Brasil

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Trabalhar de forma virtual com pessoas em outros estados ou países deixou de ser algo incomum no Brasil. Seja pela globalização, pela velocidade do mundo moderno ou pelo trânsito nas cidades, cada vez mais os brasileiros buscam formas de resolver assuntos diversos sem precisar se locomover. As ferramentas que facilitam a rotina de forma remota se tornaram grande aliadas e, por isso, a LogMeIn lança no país a plataforma join.me, voltada para aqueles que colaboram, trabalham e estudam online. De forma fácil, rápida, segura e gratuita, os usuários podem compartilhar a tela do computador em poucos cliques com outra pessoa em qualquer lugar do mundo, sem a necessidade de baixar um software.
O acesso, além de permitir visualização de tudo que acontece na tela do usuário, permite também trabalhar em conjunto, incluindo a possibilidade da outra pessoa controlar o computador do apresentador remotamente ou também compartilhar a tela dela com os demais participantes (https://www.join.me/pt).

Migração de bancos de dados para a nuvem

Gerardo Dada (*)

Com sua economia de custos e maior flexibilidade e agilidade, a nuvem está atraindo muitas organizações como uma alternativa para a implantação de novos aplicativos, incluindo aqueles com altos requisitos de desempenho de banco de dados

Embora há alguns anos isso tivesse aterrorizado qualquer administrador de banco de dados, hoje representa uma opção muito mais viável. Considere que a empresa de pesquisa TechNavio prevê uma taxa de crescimento anual agregada de 62% do mercado global de bancos de dados baseados na nuvem até 2018.
Entretanto, isso não significa que não existam novas complexidades e desafios associados aos bancos de dados baseados em nuvem com os quais ainda é preciso lidar. Dessa forma, quando chega o momento de efetivamente migrar seus aplicativos e os bancos de dados que os respaldam, muitas organizações ainda não sabem por onde começar. Talvez você se enquadre nessa categoria. Para ajudar, apresentamos algumas importantes considerações que você deve ter em mente ao pensar em migrar bancos de dados para a nuvem.

Liberte-se do medo
Ainda ouço muita gente dizer que a nuvem é lenta demais para as suas necessidades de bancos de dados. Há alguns anos, os sistemas de armazenamento compartilhados na nuvem apresentavam um desempenho muito imprevisível, o que às vezes implicava em uma grande desaceleração. No entanto, a arquitetura dos sistemas de armazenamento na nuvem de hoje, com frequência baseada em unidades SSD, instâncias otimizadas para armazenamento e opções com desempenho garantido, oferece até 48 mil IOPS, um desempenho mais do que suficiente para atender aos requisitos da maioria das organizações. Em alguns casos, é até mais fácil obter um desempenho mais alto na nuvem, visto que as opções pré-configuradas podem ser mais rápidas do que muitos sistemas locais.

Saiba do que você precisa
Talvez a melhor maneira de se libertar dos receios com relação ao desempenho é compreender realmente quais são os requisitos de desempenho de seu banco de dados na nuvem. Esse conhecimento, combinado com a compreensão de como as opções de nuvem disponíveis podem não apenas atender a essas necessidades, mas excedê-las, pode contribuir muito. A questão é: como realmente saber do que você precisa? A melhor maneira de descobrir é observar quais são os requisitos atuais de recursos de banco de dados de seus aplicativos, o que inclui:
• CPU, armazenamento, memória, latência e taxa de transferência do armazenamento (IOPS podem ser enganosos)
• Informações detalhadas sobre desempenho da análise do tempo de espera
• Crescimento planejado do armazenamento e requisitos de backup
• Flutuação esperada dos recursos com base no uso de pico do aplicativo ou em processos em lote
• Requisitos de segurança, incluindo criptografia, acesso etc.
• Requisitos de disponibilidade e resiliência, como backups, dispersão geográfica e espelhamento
• Dependências de conexão de dados, especialmente de sistemas que não estão na nuvem
Uma das vantagens da nuvem é a capacidade de dimensionar os recursos dinamicamente. Assim, em vez de ser a fonte de preocupações com a incerteza do desempenho, ela pode na verdade proporcionar a tranquilidade de que a quantidade certa de recursos pode ser alocada a seus aplicativos para garantir o desempenho adequado. Contudo, sem um conhecimento claro de onde estão os congestionamentos de acordo com uma análise de espera adequada, acaba-se gastando demais com recursos de nuvem, até mesmo sem o benefício de desempenho esperado.

Deixar de planejar é planejar o fracasso
O velho ditado continua verdadeiro, especialmente quando a questão é escolher seu modelo de implantação na nuvem. Por exemplo, o Banco de dados como serviço (DBaaS) oferece simplicidade na implantação, automação e um serviço gerenciado. Aproveitar a Infraestrutura como serviço (IaaS) é uma alternativa para a execução de instâncias de banco de dados em servidores na nuvem que proporciona mais controle e se parece mais com uma implementação tradicional nas próprias instalações. Também há diversas opções de armazenamento, incluindo armazenamento em blocos, unidades SSD, garantia de IOPS, conexões dedicadas e instâncias otimizadas para bancos de dados. Visto que a nuvem é, em sua maior parte, um ambiente compartilhado, também é importante compreender e testar a consistência e variabilidade do desempenho, não apenas o desempenho teórico de pico.

Experimente antes de comprar
Com novas opções e recursos disponíveis em minutos e a um baixo custo, aproveite a nuvem e experimente! Da mesma forma como você faria o “test drive” de um automóvel antes de comprá-lo, faça o mesmo com a nuvem. Em apenas uma hora, você pode configurar um banco de dados de prova de conceito por um custo mínimo. Se desejar, só é preciso um pouco mais de tempo e dinheiro para criar uma cópia em uma área restrita do banco de dados real de sua organização para testar funções e opções de implantação específicas e ver como será a operação de seu banco de dados específico na nuvem.

Não hesite em fazer perguntas
Por mais que fosse desejável, não existe um plano que resolva todos os possíveis problemas ou casos de uso de migração para a nuvem. A maioria dos provedores de serviços de nuvem oferece orientações para migração e arquitetura. Não hesite em pedir ajuda. Também é uma boa ideia executar um espelho de seu sistema interno na nuvem por algum tempo antes de concluir a transição.
Embora estas práticas recomendadas de planejamento e migração (ainda) não façam de você um especialista, levá-las em consideração deve ajudá-lo a dar os primeiros passos. Não aproveitar a nuvem pode representar a perda de uma oportunidade. Experiência na nuvem é boa para qualquer profissional e logo será necessária para sua carreira.

(*) É vice-presidente de marketing e estratégia de produtos de bancos de dados da SolarWinds.