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Tecnologia 24/08/2017

em Tecnologia
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
IoT 02 temproario

Internet das coisas: o que falta para uma revolução na era da informação?

A internet das coisas é a nova tendência da tecnologia da informação, na qual todo dispositivo, literalmente, terá um endereço TCP/IP e será capaz de se comunicar, interagir, tomar decisões e operar em conjunto com outros dispositivos sem fios

IoT 02 temproario

Dane Avanzi (*)

Esse verdadeiro bioma cibernético, que está sendo construído hoje em laboratórios, e já encontra alguns representantes no cotidiano, será uma realidade total apenas daqui há alguns anos, tornando cenas de filmes hoje futurísticos pura realidade.

A velocidade em que isso vai ocorrer dependerá da solução de alguns desafios, de ordem bastante prática. Comecemos pelo principal e mais básico deles, a matriz energética. Todo dispositivo eletrônico necessita de energia elétrica para funcionar. Além dos dispositivos, utilizados pelas pessoas é necessária uma grande quantidade de energia elétrica para alimentar muitos servidores, que suportam os serviços em nuvem.

Deste modo, o incremento da demanda por mais energia tende a crescer em progressão geométrica, seja para suportar bilhões de dispositivos interligados por redes wi-fi ou para suportar uma infraestrutura gigantesca de data centers e redes de telecomunicações que também demandarão muita energia. Já vivemos a escassez e o déficit de energia elétrica em muitos países do mundo, sendo tal problema comum a países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Outro gargalo também decorrente de um fator essencialmente ambiental o é fato que todo dispositivo sem fio necessita do espectro radioelétrico para se comunicar, recurso natural escasso, finito e não renovável. Na era da internet das coisas a quantidade de espectro demandada será absurdamente maior que a demanda atual, sendo que hoje, já há problemas de escassez, principalmente nos grandes centros urbanos devido a concentração de pessoas e dispositivos.

Uma coisa é certa: o mundo vai mudar e muito. Hoje já vivemos muitas situações tidas como ficção científica há poucas décadas atrás. As transformações hoje em andamento prometem literalmente inaugurar um Admirável Mundo Novo, parafraseando o título de um livro de ficção científica escrito por Aldous Huxley e publicado em 1932, que narra um futuro onde as pessoas (ou dispositivos) serão organizadas por castas e pré-condicionadas a comportamentos e padrões psicológicos devido à manipulação biológica. Qualquer coincidência com o projeto genoma não é mera coincidência.

Hoje já estão sendo testados carros capazes de se guiarem sozinhos de um lugar para outro. Graças a sensores, softwares, sistemas GPS, evolução de processadores e banco de dados, os carros em breve serão capazes de se autoguiarem. A regra áurea para o desenvolvimento da tecnologia da internet das coisas é a não intervenção humana em nenhum processo aliada ao desenvolvimento da inteligência artificial.

A internet das coisas não parará por aí. Será inserida em eletrodomésticos, aviões, bicicletas, literalmente tudo, por isso “internet das coisas”. O tema ainda gerará muita polêmica, embora para alguns seja fascinante, para muitos será a aurora de um amanhã tenebroso e sombrio, devido à desconstrução, assim como ocorre no livro de Huxley, da sociedade atual que engendrará uma nova humanidade sem padrões morais, religiosos e com um sentido ético certamente bem diferente do atual.

Na radiocomunicação, os estudos do SDR – Software Defined Radio ou Radio definido por software, estudado em laboratórios de pesquisas desde os idos de 1980, será a solução para o problema de espectro, pois otimizará faixas de frequência ociosa, assim como o aprimoramento das tecnologias verdes de geração de energia elétrica trará a solução para o abastecimento do novo bioma cibernético, ora em estágio embrionário. Eis uma nova revolução a caminho.

(*) É empresário e advogado especialista em telecomunicações. Mais artigos sobre telecomunicações e tecnologia no seu LinkedIn Pulse.

Computação, matemática e estatística: conheça os cursos do ICMC e se inscreva na Fuvest

Quem deseja estudar no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP já pode se inscrever em uma das portas de entrada para seus cursos de graduação: o vestibular 2018 da Fuvest. As inscrições ficam abertas até 11 de setembro e devem ser feitas exclusivamente pelo site da instituição, a taxa é de R$ 170.
O ICMC oferece, ao todo, 345 vagas, divididas em oito cursos de graduação: Ciências de Computação; Engenharia de Computação; Sistemas de Informação; Matemática Aplicada e Computação Científica; Estatística; Licenciatura em Ciências Exatas; e Matemática (Bacharelado e Licenciatura). Estudantes que ainda têm dúvidas sobre as diferenças entre esses cursos podem consultar o guia Faça parte do futuro. Uma das novidades para 2018 é que o curso de Sistemas de Informação teve sua oferta aumentada de 40 para 50 vagas. Outra mudança é que todos os cursos do ICMC vão possibilitar o ingresso pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Até o ano passado, só era possível entrar em Engenharia de Computação pela Fuvest.

Como as plataformas digitais estão ganhando mercado e deixando as TV’s para trás?

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Nos últimos artigos que escrevi, mostrei que o segmento de vídeos online vem crescendo consideravelmente nos últimos anos. Boa parte disso se dá devido a mudança nos hábitos de consumo das pessoas, que têm buscado muito mais conteúdo em vídeo na internet do que nos canais de TV, por exemplo. Essa mudança de comportamento mostra que os usuários estão ávidos por assistir somente aquilo que interessa, e não milhares de programas aleatórios que passam todos os dias.
Algumas emissoras de TV já entenderam a força do movimento digital e começaram a migrar seus conteúdos para plataformas online. Mas ainda há uma boa parte resistente em se atualizar e oferecer a melhor experiência para seus consumidores. Segundo uma pesquisa realizada pela consultora Frost & Sullivan, a TV paga apresentou uma queda de 100,9 milhões de domicílios para 97,1 milhões, enquanto a entrega de conteúdo audiovisual pela internet (OTT) cresceu de 28 milhões para 50,3 milhões.
Os dados mostram que a tendência para os próximos anos é no ambiente digital, e aqueles que não “pivotarem” suas estratégias atuais e investirem nesse canal, ficarão para trás e, consequentemente, perderão mercado para seus concorrentes. Paralelo a isso, um movimento que também vem crescendo é o investimento em vídeo business. Os profissionais que souberem investir nesse segmento, criar conteúdos de qualidade e com criatividade, têm grandes possibilidades de dar um upgrade no seu negócio.
Um exemplo claro, e bem-sucedido, de empresa que investiu em conteúdo via streaming é a Netflix. Em pouco mais de cinco anos de operação no Brasil, a plataforma já possui mais de seis milhões de assinantes e já ultrapassou algumas operadoras de TV a cabo. De acordo com um relatório da consultora canadense Sandvine, as produções originais do Netflix, como a série House of Cards, por exemplo, corresponde a mais de 30% do tráfego da internet nos países da América do Norte. Isso mostra a crescente busca por conteúdos de qualidade, que podem ser assistidos a qualquer hora e lugar.
É preciso conhecer as tendências, entender o momento atual para, então, adaptar-se à realidade do mercado, o que é fundamental para qualquer negócio que pretende ser inovador. Eventos relacionados ao mercado de vídeos, por exemplo, costumam trazer pontos interessantes do segmento e debates ricos em conhecimento de executivos que estão dispostos a compartilhar sua experiência e bagagem com o público. Fomentar encontros entre quem tem interesse em investir no mercado de vídeos com quem já colheu bons resultados com essa tecnologia, é surpreendente.
É fato que o conteúdo em vídeo se tornou muito mais atrativo e dinâmico, além de prender a atenção de muitos usuários e impactar uma diversidade de pessoas. Por isso, acredito que a hora de apostar em novas plataformas e investir no segmento digital é agora. O mercado proporciona um leque de possibilidades capazes de fazer com que sua empresa tenha visibilidade em diferentes canais, e em paralelo, lucrar com a venda de conteúdo. Pense nisso, e procure traçar a melhor estratégia para que sua marca/empresa esteja em evidência.

(Fonte: Gustavo Caetano é CEO da Samba Tech, que ajuda centenas de empresas a se comunicar melhor com sua audiência por meio de vídeos online).

A importância da tecnologia como ferramenta para políticas de sustentabilidade nas empresas

Wagner Xavier (*) e Mayra Motta (**)

Os benefícios vão muito além de ajudar o meio ambiente; interferem também na organização empresarial

Desde muito tempo falamos, lemos e ouvimos falar em sustentabilidade, em escassez de recursos naturais e qualidade ambiental em todo o mundo. E dentre diversos fatores do tema, um dos que mais nos chama a atenção é sobre o uso indiscriminado dos impressos nas empresas. Como sabemos, as empresas são responsáveis por um alto volume de informações e enorme geração de relatórios em praticamente todo o mundo. Você consegue imaginar o consumo de papel e de relatórios que são gerados por cada uma delas? E por todas elas conjuntamente? Imagine, então, se cada relatório impresso fosse substituído por um arquivo digital? Esse artigo traz alguns benefícios e vantagens para que cada empresa, cada usuário e cada profissional tenha consciência da real necessidade de se adotar essa metodologia, batizada de Zeropaper e quais os reais ganhos obtidos na gestão do papel pelo setor empresarial. O Zeropaper, é sem dúvida, um dos fatores fundamentais na implantações destas boas práticas, que incrementam conceitos modernos de Compliance Corporativo.
Vejamos:
1. Valor financeiro: pesquisas indicam que entre 6% a 8% do orçamento das empresas estão ligados diretamente com o uso de impressos, espaço físico para impressão,tonners e impressoras.
2. Segurança da Informação: quantos impressos, muitos deles sigilosos, ficam à mercê de olhos e mãos curiosas para obter informações de seus clientes que estão sob a responsabilidade de sua empresa?
3. Organização e qualidade: já experimentou a sensação de entrar ou trabalhar em algum lugar repleto de papel, muitas vezes de materiais sem importância, desnecessários, descartáveis e que poderiam perfeitamente ser substituídos por informações digitais? Basta imaginar como um ambiente limpo, agradável e com o menor número de papel irá trazer de organização, qualidade e agilidade no seu dia a dia.
4. Preservação do meio ambiente – um dos grandes e nobres motivos de se optar pela impressão digital, pois o papel é oriundo das árvores. O desmatamento que ocorre em parte para atender exatamente a essas demandas, além de ser um crime ambiental causa um imensurável prejuízo a todo o ecossistema natural, na maioria das vezes sem o menor critério ou política de reposição.
Para aqueles que desejam adotar medidas a esse respeito, enumeramos sete passos que podem ser realizados de forma quase que imediata nas organizações:
1. Elaborar um diagnóstico do uso do papel em sua empresa, mediante um inventário especial de impressões em papel e digital, dentro de um certo e determinado período de tempo, para mensurar, gerir e reduzir o insumo a zero.
2. Elaborar um controle de custos operacionais de toda a cadeia de processos inseridos na circulação dos papéis em sua empresa, desde o espaço físico para arquivos físicos, funcionários do setor de arquivos, do setor de expedição e logística, custos com papel, tonner e impressoras.
3. Padronizar os papéis e os documentos permitidos e proibidos de impressão, bem como o armazenamento de relatórios em pastas digitais ou em nuvem, utilizando-se da tecnologia no controle e na mensuração dos papeis impressos e digitais.
4. Estabelecer metas gradativas na redução de impressos até chegar a zero, através da gestão eletrônica de papéis, integrando à cultura da empresa os valores da sustentabilidade e da responsabilidade social.
5. Implantar processos educativos permanentes que envolvam todo o corpo de trabalhadores, desde o chão de fábrica até o presidente da empresa, compartilhando princípios, metas e objetivos como melhores práticas de responsabilidade social.
6. Publicar internamente os resultados obtidos com o registro histórico das reduções, valorizando a transparência corporativa na avaliação da evolução dos processos e metas.
7. Reconhecer e premiar os líderes que influenciaram para o sucesso da nova gestão de sustentabilidade da empresa.
Enfim, muito mais do que um discurso do politicamente correto, a cultura do ZeroPaper está cada vez mais acessível a todas as empresas, fundamentalmente pelo desenvolvimento de novas tecnologias que possuem a capacidade de mudanças de padrões de consumo e educação em escalas massivas de usuários ao redor do planeta.
E então, mãos à obra?

(*) Édiretor técnico da Oficina1

(**) É advogada da Motta Contabilidade