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Tecnologia 03/08/2016

em Tecnologia
terça-feira, 02 de agosto de 2016

Indústria 4.0: a revolução industrial dos tempos modernos

Amplamente estudada nos livros de história, a Revolução Industrial teve papel fundamental para o desenvolvimento da indústria em todo o mundo e na formação do modelo de capitalismo que temos hoje

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André Villar (*)

Mais de trezentos anos depois do início deste movimento, em pleno século XXI, uma nova revolução está em curso, e mudando outra vez os métodos fabris e o curso da história. Esse fenômeno diz respeito ao uso de alta tecnologia na gestão dos processos de fabricação, dando origem à chamada Indústria 4.0.

Mas antes de analisar com mais profundidade este conceito, é importante lembrar como a primeira revolução impactou as indústrias no Brasil.

Na Inglaterra, o processo de Revolução Industrial teve início em meados do século XVIII, espalhando-se pela Europa neste mesmo período. O Brasil nesta época era colônia de Portugal e sofria os efeitos do Pacto Colonial imposto pela coroa portuguesa.

Somente no final do século XIX, inicio do século XX, deu inicio a revolução industrial brasileira. Liderada pela região Sudeste, principalmente São Paulo com o financiamento provido da cultura do café.

No começo da década de 1940 houve grande avanço industrial sintetizado aqui pela criação de algumas empresas brasileiras como Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Companhia Vale do Rio Doce e Fábrica Nacional de Motores fomentado pelo governo de Getúlio Vargas e com o pioneirismo de Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, que é considerado o grande primeiro industrial brasileiro, sendo o responsável pela primeira fundição de ferro, primeira ferrovia e primeiro estaleiro do Brasil.

Desde então a indústria nunca parou de se modernizar, passando por três revoluções nos anos de 1780, 1870 e 1970.

Uma nova revolução
Com passar do tempo e com o advento de novas tecnologias passamos a ter a quarta revolução industrial, possibilitando aumento da produção com redução de custos operacionais de forma significativa.
Nos tempos atuais temos algumas variáveis que devemos considerar ao falarmos de evolução industrial como aumento significativo da competitividade, globalização exacerbada, imprescindível necessidade de conquistar novos mercados, fortalecimento e expansão de mercados já conquistados, tudo impulsionado pela crise brasileira em que vivemos atualmente.

A quarta revolução industrial é chamada de Indústria 4.0, onde o emprego de tecnologia como Sistemas Cyber-Físicos, Internet das Coisas e Internet dos Serviços faz com que os processos de produção tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis, a ponto da própria fábrica tomar a decisão de quando e o que deve ser produzido.

A Indústria 4.0 pressupõe que todo o processo e tecnologia envolvida esteja interligada de ponta a ponta, ou seja, desde o nascimento da necessidade de um cliente, materializado pela efetivação de uma venda até a entrega do produto para o cliente.

A Indústria 4.0 traz a possibilidade da existência de uma cópia virtual das fábricas, permitindo a rastreabilidade e monitoramento remoto de todos os processos por meio de inúmeros sensores espalhados ao longo da planta ou até mesmo da produção de acordo com a demanda, acoplamento e desacoplamento de módulos na produção. O que oferece flexibilidade para alterar as tarefas das máquinas facilmente.

Esse aproach traz uma nova visão de como podemos gerir as fábricas, pois permite empregar o conceito do Just in time em um nível superior e mais aprofundado ao que é utilizado hoje, baixando ainda mais os custos de produção e reduzindo o tempo de fabricação e entrega para o cliente final.

Outro importantíssimo aspecto nesse contexto é a possibilidade de trabalhar com alto volume de dados não formatados para direcionar a força de venda de maneira mais assertiva através do acoplamento de um sistema de Big Data.

Toda essa revolução industrial dos tempos modernos traz condições mais favoráveis para o enfrentamento da crise econômica e principalmente coloca a indústria que a utilizar na vanguarda dos tempos modernos aumentando o poder de venda e reduzindo significativamente os custos diretos e indiretos de produção.

A conclusão que se chega é que sempre é tempo de investir com o objetivo de tornar os processos mais eficientes e eficazes, e a produção menos custosa e mais efetiva. Isso fará a diferença e trará a companhia para a vanguarda dos negócios, permitindo não somente que a mesma sobreviva em tempos difíceis mas também se fortaleça.

(*) É gerente de produtos da Art IT, especializada em soluções e serviços de TI.

Vale a pena arriscar uma nova carreira?

Uma frase que ouvi anos atrás e fez diferença na minha vida foi: “O maior risco é não correr riscos”. Lógico que o risco precisa ser calculado e muito tem a ver com o ganho futuro que se espera. Fazer mais do mesmo, sempre conduzirá a obter em tese, os mesmos resultados. Por exemplo, um profissional que hoje pedir demissão de uma empresa e ir para outro emprego estará correndo um risco? Claro que sim. Mas, ficar na mesma empresa, também não é? Dependendo do cenário, ficar em uma zona de conforto pode ser mais arriscado do que aceitar novos desafios.
O mesmo raciocínio vale para empreendedores que abdicam de seus empregos para se lançar ao mercado convergindo para a realização de seus sonhos. Tudo na vida tem aspectos positivos e negativos. O que muda é que o que para mim é um aspecto positivo, para você pode ser um ponto negativo. Um exemplo é a rotina. Tem pessoas que necessitam de uma, outras não a suportam.
Segundo a última pesquisa sobre Felicidade no Trabalho e Otimismo Profissional, realizada pela Etalent com o apoio da Catho, 61% dos brasileiros estão infelizes no trabalho. Muitas pessoas se dizem infelizes em sua trajetória profissional mas, ao mesmo tempo, confessam que não conhecem seu principal talento. Saber seu talento é fundamental para a felicidade na carreira, pois quando o indivíduo sabe qual cargo está mais de acordo com o seu perfil, mas perto ele está do sucesso.
Não é bom ver pessoas competentes e cheias de sonhos que por medo de se arriscarem, submetem sua carreira e vida a algo aquém de suas possibilidades. Normalmente, são pessoas que lamentam a chegada da segunda-feira. Deve ser triste, trabalhar cinco dias na semana esperando pelo final de semana. Acredito que nós merecemos muito mais do que isso.
Avalie sua carreira e quem a está conduzindo, já adianto que essa pessoa deveria ser você. Busque alternativas e oportunidades. Faça suas análises e parta para ação: busque um novo cargo na empresa, busque outro emprego, monte seu próprio negócio, seja um franqueado…não há limites. Enfim, realize seus sonhos.

(Fonte: Luciano Zorzal é consultor, auditor líder e sócio-fundador da Zorzal Consultores & Auditores Associados, empresa com onze anos de atuação nacional na área de gestão empresarial e da qualidade, já certificada em conformidade com a ISO9001:2015 em janeiro de 2016).

Rio de Janeiro e agentes do BOPE são destaque da expansão gratuita de Tom Clancy’s Rainbow Six Siege

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Chegou a hora de descobrir quem é caveira e quem é moleque. A Ubisoft acaba de revelar que “Skull Rain”, a terceira grande atualização de Tom Clancy’s Rainbow Six Siege será ambientada em uma favela carioca, terá dois agentes do BOPE e estará disponível gratuitamente para jogadores de Xbox One, PlayStation 4 e PC a partir de 2 de agosto. O novo conteúdo chega totalmente em português e reafirma o compromisso da Ubisoft de seguir atualizando seus jogos para oferecer aos gamers uma experiência renovada e cada vez melhor.

Missão dada é missão cumprida
Em “Skull Rain” os jogadores conhecerão o mapa “Favela”, o mais destrutível e aberto de Rainbow Six Siege, e contarão com a força e a experiência de dois agentes do BOPE, a Caveira e o Capitão, para que as leis sejam aplicadas e o governo reestabeleça o controle da região.
A agente Caveira, conhecida por ser uma interrogadora severa, possui uma “Luison”, pistola PRB92 com silenciador adaptado e munições subsônicas, ideais para atacar os inimigos sem ser notada. Sua técnica de combate – “O Passo Silencioso” – favorece os jogadores que preferem atuar em estilo furtivo.
Capitão carrega uma balestra tática TARS Mk0 que pode disparar dois tipos de munição ao mesmo tempo: dardos asfixiantes letais e granadas de fumaça perfeitas para ataques velozes (http://rainbow6.ubi.com/).

Um olho no acidente e outro na tecnologia

Oliver Schulze (*)

A cada ano 50 mil pessoas morrem em acidentes de trânsito no Brasil. As causas são as mais variadas e quase sempre destacam falha humana. Até aí nenhuma novidade

A experiência mostra que é preciso fazer algo mais do que campanhas educativas para a redução desse número sinistro. Mas fazer exatamente o que? A questão só pode ser respondida com a investigação de acidentes onde eles acontecem. Essa prática, ausente no Brasil, é desenvolvida em países como Estados Unidos, Alemanha, Suécia, China, Índia, República Checa entre muitos outros.
A razão que motivou esses países a investigarem é simples: a análise detalhada no local das ocorrências de trânsito é um elemento imprescindível para melhorar a segurança veicular e rodoviária porque só assim a complexidade do acidente é exaustivamente apresentada. Nem mesmo os métodos de simulação modernos podem sozinhos cobrir a diversidade de situações.
Pela importância, o assunto será tema do Painel de Segurança Veicular do 25º Congresso SAE BRASIL, de 25 a 27 de outubro, em São Paulo, onde, pela primeira vez, será apresentado o Projeto IAAT (Investigação Avançada de Acidentes do Trânsito), criado pela Comissão Técnica de Segurança Veicular (CTSV) da SAE BRASIL. Único na América do Sul, o IAAT está em prática piloto em Campinas (SP) desde março.
O IAAT se baseia no exemplo de iniciativas bem-sucedidas no mundo, como o Germany in Depht Accident Study (GIDAS), desenvolvido em Hannover e Dresden, na Alemanha, onde equipe formada por médicos, engenheiros e psicólogos acompanha ocorrência de acidentes; e o Iniciative for the Global Harmonization of Accident Data (IGLAD), presente em mais de 15 países, que trabalha com coleta padronizada de dados de acidentes para comparação dos resultados entre os países participantes.
O Projeto IAAT foi implantado em Campinas em cooperação com a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC), a Secretaria Municipal de Trânsito da cidade, e participação da Polícia Civil e Científica e o Corpo de Bombeiros.
Daí para frente foi planejamento e mãos à obra. Dados relativos a 45 acidentes ocorridos na região urbana central de Campinas em um raio de cinco quilômetros foram coletados desde então. Os próximos passos serão ampliar o raio de ação, melhorar a amostragem de coleta incluindo o período noturno e também os finais de semana, e a incorporação de nova equipe para pesquisa também nas estradas.
É um trabalho muito desafiador e gratificante. O projeto trouxe para nosso País o que há de mais moderno no mundo em termos de tecnologia para pesquisa de acidentes. Na fase atual o IAAT conta com equipes de campo treinadas por especialistas da Bosch Alemanha e da IDIADA Espanha, com experiência em diversos países da Europa e Ásia.
A força-tarefa do IAAT conquistou ainda adesões de empresas como Bosch, IDIADA, e Takata, para a aquisição de equipamentos de análise de acidentes, estudos e reconstituição de ocorrências, fundamentais à execução. A Universidade Mackenzie de Campinas também participa, reforçando a equipe de campo com estudantes de engenharia de sua Empresa Júnior.
Estamos empenhados no objetivo de redução de mortes em acidentes de trânsito no Brasil e apostamos no Projeto IAAT como a ferramenta que nos ajudará a conquistar esse alvo. A partir de seu desenvolvimento teremos as informações com as quais seremos capazes de avançar na segurança veicular e da infraestrutura viária.
Mais que isso, trabalhamos para que esse projeto seja a base de ideias e conceitos em pesquisa e desenvolvimento de engenharia para as tecnologias do futuro.

(*) É engenheiro e dirige o Comitê de Segurança Veicular do Congresso SAE BRASIL 2016.