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Controle financeiro: como a tecnologia pode ser uma aliada para essa prática?

em Mercado
segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Carlos Tofanello (*)

Ter um controle financeiro está entre as principais estratégias para garantir o sucesso de todo negócio. Afinal, isso é o que irá ajudar a empresa a tomar decisões estratégicas com base em dados e informações seguras, a fim de mitigar riscos e garantir a saúde financeira da organização. Entretanto, colocar na prática este conceito não é uma tarefa simples, mas pode se tornar mais fácil com o apoio da tecnologia.
O ano de 2023 vem sendo marcado pela grande quantidade de empresas que entraram em crise financeira devido, principalmente, a erros de gestão. Como prova disso, de acordo com o Serasa Experian, nos sete primeiros meses deste ano, a quantidade de organizações que entraram com pedidos de recuperação judicial cresceu 55,8% em comparação ao mesmo período em 2022.
Os dados em si chamam atenção, uma vez que, nesse grupo de empresas, estão grandes monopólios nacionais, o que nos traz a reflexão: como deixaram chegar a esse ponto? A resposta é uma só: independente do porte ou segmento de atuação, qualquer organização que não tenha intrínseco um controle financeiro efetivo, estará sujeita a enfrentar diversos prejuízos.
Na prática, ter um controle financeiro é o que permite que a companhia acompanhe de perto todas as suas transações, que envolvem desde receitas e despesas, até o fluxo de caixa. Esse acompanhamento é aquilo que garante uma visão literal de todo o funcionamento da empresa, além de identificar como está sua saúde financeira e, a partir disso, traçar estratégias e tomar decisões que visem suprir essa demanda.
Ou seja, ao ter em mãos dados e registros com ampla confiabilidade, é possível promover uma gestão de riscos em que a empresa poderá se preparar para cenários futuros. Isso tudo, aliado a um bom conjunto de práticas que assegura uma gestão eficiente e ágil frente ao setor e controle de finanças.
Contudo, um grande desafio a ser enfrentado na maioria das empresas, principalmente, as pequenas e médias, é o fato de muitas acreditarem que conseguem, por conta própria, realizar essa gestão. Deste modo, acabam utilizando métodos ineficazes como planilhas e sistemas de baixa confiabilidade, que são ferramentas que não possuem um rigoroso controle de acessos e compartilhamento de informações.
Diante disso, cria-se uma realidade fantasiosa de que a empresa está tendo um alto ritmo de desempenho quando, na verdade, está estagnada. A boa notícia é que, para isso, a tecnologia atua como uma excelente solução, tendo em vista que ajuda a automatizar tarefas e desburocratizar processos, como é o caso de um ERP.
O software é um excelente método para atribuir maior confiabilidade e segurança operacional, uma vez que ajuda no fornecimento de dados e informações em tempo real. E, em se tratando do controle financeiro, o sistema é fundamental para que a organização tenha um diagnóstico completo da área das finanças, com maior supervisão do fluxo de caixa e controle efetivo de gastos e despesas.
Todos esses benefícios inclusos no software corroboram para que seja uma escolha assertiva nas organizações. Entretanto, ainda é necessário chamar atenção para um outro dilema que inibe muitas a darem esse passo: o entendimento que se trata de um custo quando, na verdade, é um investimento. Afinal, de nada adianta ter a compreensão da importância de ter estabelecido um controle financeiro, sem que haja todo o escopo e recursos para viabilizá-lo na prática.
Certamente, ao atribuir um novo modelo de gestão, criam-se dúvidas e inseguranças acerca das mudanças que serão feitas e qual o caminho a ser seguido. Nessa jornada, contar com a ajuda de uma consultoria especializada nesse tipo de abordagem poderá deixar as etapas mais fluídas e possibilitar um processo ainda mais ágil.
Para as empresas que almejam potencializar ainda mais os seus resultados, investir no controle financeiro é o principal passo a ser dado. Até porque, saber como estão as finanças da organização e garantir sua segurança e transparência, são fatores primordiais para um melhor direcionamento de onde se pretende chegar.

(*) É diretor comercial da Keep, consultoria especializada em SAP Business One.