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Moro quer plano anticrime simples para rápida aprovação no Congresso

em Manchete
quinta-feira, 08 de novembro de 2018
Moro temproario

Moro temproario

O atual ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o futuro ministro Sergio Moro.

Foto: Fabio Rodrigues/ABr

O juiz federal Sergio Moro se reuniu na tarde de ontem (8) com o ministro da Justiça, Torquato Jardim, para discutir a transição de governo. Em janeiro, Moro assumirá o superministério da Justiça e da Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro. O futuro ministro disse que a insatisfação popular com a segurança foi um recado dado pelas urnas e o momento do país pede a aprovação de medidas legislativas para “equacionar” o problema.
“As eleições transmitiram um recado que há uma insatisfação grande da população com a segurança pública, que é um problema sério, difícil de ser tratado, e precisa ser equacionado. Em parte, equacionado por medidas executivas, independentemente de leis, mas é um momento propício para apresentação de um projeto legislativo”, afirmou. Moro acrescentou que parte das 10 medidas de combate à corrupção, apresentadas pelo MP, poderão ser resgatadas em um pacote legislativo que será submetido ao Congresso, mas outros pontos serão descartados.
“Seria péssimo adiantar algumas dessas ideias sem que elas estivessem suficientemente amadurecidas. (…) A ideia é um plano forte, mas simples, para que seja aprovado em tempo breve no Congresso. [Um plano] anticorrupção e anticrime organizado. São as duas prioridades da próxima gestão”. Perguntado sobre a superlotação dos presídios do país, Moro admitiu que é preciso criar vagas no setor, e defendeu um endurecimento para quem pratica crimes graves.
“Casos de homicídio qua­lificado, de pessoas que ficam poucos anos presos em regime fechado. Para esse tipo de crime, tem que haver um endurecimento”, acrescentou. Moro ressaltou que quer dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado na área e aprofundar o que ele considera os avanços dos últimos anos. “Não sou daqueles que assumem reclamando que existe uma herança maldita” (ABr).