Para Barbosa, o foco do governo é 2015. |
A perspectiva de frustração de receitas pode levar à revisão da meta de superávit primário, economia para o pagamento de juros da dívida pública, para este ano. A afirmação é do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Inicialmente, a meta de esforço fiscal correspondia a R$ 66,3 bilhões (1,1% do PIB) para este ano. Em julho, por causa da queda na arrecadação federal, a equipe econômica diminuiu a meta para R$ 8,747 bilhões – 0,15% do PIB.
“Só que isso não é uma decisão tomada. Estamos fazendo várias avaliações, porque tem receitas que podem se materializar no fim do ano”, disse. Barbosa acrescentou que podem haver novas receitas com concessões, por exemplo. O ministro disse ainda que as avaliações sobre a meta estão sendo feitas pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento e serão divulgadas até amanhã (23). Nelson Barbosa afirmou que ainda não tem “nenhum número consolidado” sobre o assunto.
Perguntando se o governo estuda flexibilizar a meta de 2016, o ministro informou que o foco é 2015. ”Não que 2016 não seja importante. É muito importante, porque nossa direção continua sendo a mesma: de recuperar nossa capacidade fiscal, capacidade de produzir resultados primários em nível suficiente para estabilizar a dívida pública do governo federal. Só que, no contexto atual macroeconômico, essa recuperação é mais lenta do que se esperava inicialmente” (ABr).