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Geral 14/10/2015

em Geral
terça-feira, 13 de outubro de 2015

FAO: 150 milhões de pessoas sairam da extrema pobreza desde 2013

Em todo o mundo estima-se que cerca de 2,1 bilhões de pessoas recebem alguma forma de proteção social, ainda que as diferenças sejam notáveis entre as regiões.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) defendeu a eficácia dos programas de proteção social para reduzir a pobreza e a fome, que permitiram tirar 150 milhões de pessoas da extrema pobreza desde 2013

O relatório anual sobre o estado mundial da agricultura e da alimentação da FAO, divulgado em Roma, mostrou que esses programas são realmente eficazes. Segundo o documento, a proteção social “não reduz o esforço de trabalho”, mas incentiva o investimento na agricultura e em outras atividades econômicas. Para que esses programas tenham êxito, é importante a seleção eficaz dos beneficiários e as transferências adequadas, de acordo com a FAO.
A organização destacou que a proteção social (que inclui assistência social, bem-estar social e proteção do mercado laboral) não só contribui para aumentar o consumo, mas para elevar os rendimentos das famílias e a sua capacidade de produzir alimentos. Em todo o mundo estima-se que cerca de 2,1 bilhões de pessoas – um terço da população – recebem alguma forma de proteção social, ainda que as diferenças sejam notáveis entre as regiões.
“A maioria dos países, incluindo os mais pobres, podem pagar programas de proteção social potencialmente importantes na luta contra a pobreza”, diz o relatório. O texto lembra que em alguns países o apoio de doadores é essencial a curto e médio prazo para manutenção dos programas. “Nos países em desenvolvimento, há experiências bem-sucedidas com programas de grande escala que ajudam os mais pobres e vulneráveis, como por exemplo no Brasil, na Etiópia, Índia e no México, dando impulso à reavaliação do valor e do papel desses programas de combate à pobreza e à fome, bem como à desigualdade social e política”, destaca o documento.
O relatório cita como exemplo o Bolsa Família, que abrangeu cerca de 14 milhões de famílias em 2015, correspondendo a 24,5% da população brasileira, e citou as políticas afirmativas para combater a desigualdade de gênero. nas áreas rurais. Além disso, a FAO apela ao aumento do poder de compra dos lares beneficiados com transferências de dinheiro, lembrando que pode haver ainda a necessidade de programas complementares para evitar outros obstáculos na produção local, como a inflação.
“A proteção social por si só não é suficiente para tirar as pessoas da pobreza”, afirma o relatório, que aponta a coordenação dessas medidas com o gasto público em programas agrícolas para melhorar o desenvolvimento rural e obter um crescimento econômico inclusivo (Ag. Lusa).

Mais de 710 mil imigrantes chegaram à União Europeia até setembro

Refugiados na fronteira da Grécia com a Macedônia.

Mais de 710 mil imigrantes entraram na União Europeia (UE) nos primeiros nove meses deste ano, contra um total de 282 mil em todo o ano passado, anunciou a Frontex, a agência europeia de gestão de fronteiras. As ilhas gregas no Mar Egeu, especialmente Lesbos, continuam sendo as mais afetadas pelo fluxo migratório, tendo recebido entre janeiro e setembro cerca de 350 mil imigrantes. A Síria permanece como o principal país de origem dos imigrantes.
A Hungria reporta mais de 204 mil detenções na fronteira, um número 13 vezes superior ao mesmo período de 2014. A agência aponta que em setembro foi detectada nas fronteiras externas da UE a chegada de 170 mil pessoas, contra 190 mil em agosto, explicando que uma crescente carência de barcos na Líbia e o agravamento das condições meteorológicas fizeram com que o número de imigrantes que chegaram à Itália tenha caído para metade em setembro, para 12 mil, comparativamente a agosto.
A Frontex insiste que “é necessária assistência de emergência, sobretudo para Grécia e Itália, para ajudar a registar e identificar os recém-chegados”. “No início do mês, solicitei aos países da UE que disponibilizem à Frontex mais guardas fronteiriços que possam assistir esses dois países na lida com esse fluxo migratório sem precedentes. Espero que recebamos contribuições adequados, que demonstrem o verdadeiro espírito de solidariedade europeia”, declarou o diretor executivo da agência, Fabrice Leggeri (Ag. Lusa).

Playboy deixará de publicar fotos de mulheres nuas

Playboy temporario

A partir de março do próximo ano, a revista “Playboy” não irá mais publica imagens de mulheres completamente nuas, apenas ensaios sensuais, informou a direção da publicação nos Estados Unidos. Em entrevista ao jornal “The New York Times”, executivos explicaram que a decisão faz parte da reestruturação da revista.
Isso pode ser o reflexo da queda nas vendas. A tiragem em seu auge era de milhões de exemplares e atualmente é de 800 mil por mês. O chefe Executivo da revista, Scott Flanders, lembrou que “agora podemos acessar qualquer tipo imaginável de ato sexual com um clique de graça”. Ainda segundo o jornal, o editor da “Playboy” norte-americana, Cory Jones, entrou em contato com o fundador e editor chefe da revista, o lendário Hugh Hefner, que concordou com a decisão.
A revista quebrou paradigmas ao publicar fotos de mulheres nuas em 1953. Em sua estréia, a publicação trazia ninguém menos que Marilyn Monroe em sua capa (ANSA).

Proposta cria um marco regulatório para a proteção

Proposta que cria um marco regulatório para a proteção, o tratamento e o uso de dados pessoais dos brasileiros foi aprovada na Comissão de Ciência e Tecnologia. Depois da realização de audiências públicas sobre o tema e da apresentação de 29 emendas pelos integrantes da comissão, o substitutivo do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) ao projeto foi acatado e agora segue para as Comissões de Meio Ambiente, de Assuntos Econômicos e de Constituição e Justiça.
A matéria busca assegurar o uso adequado dos dados coletados dos cidadãos, tendo como fundamentos o princípio da dignidade da pessoa humana, a proteção da privacidade, a garantia da liberdade e a inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas.
O texto estabelece que os dados pessoais não poderão ser utilizados para prejudicar o cidadão. A coleta deve ser feita sob consentimento, assim como o armazenamento e o tratamento dados às informações pessoais, por qualquer que seja a instituição. O cidadão também deve ter o direito de se opor ao tratamento imposto a esses dados. O texto diferencia dados pessoais, sensíveis e anônimos (Ag.Senado).

Papa diz que acúmulo indiscriminado de lucro é ‘imoral’

Papa Francisco criticou o acumulo ilimitado de lucro.

Após criticar os sistemas de exploração econômicos em sua encíclica “Laudato Sí”, o papa Francisco fez um novo apelo contra o acúmulo ilimitado de lucro, definindo-o como “imoral”. “A crise mundial demonstrou que as decisões econômicas que promovem o permanente incremento do lucro são insustentáveis e imorais”, disse o líder da Igreja Católica, em uma carta enviada ao prefeito de Turim, Piero Fassino, por ocasião da bertura do Terceiro Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local.
De acordo com Francisco, o “desenvolvimento econômico local é a resposta mais adequada aos desafios frequentemente crueis que uma economia globalizada apresenta”. Desde que lançou em maio sua encíclica, o argentino Jorge Mario Bergoglio tem feito críticas contra os modelos econômicos atuais baseados no lucro e na exploração de recursos naturais. Durante sua viagem pela América Latina, em julho, Francisco fez declarações incisivas contra o capitalismo e exigiu mudanças mundiais.
“A primeira tarefa é colocar a economia a serviço dos pobres. Os seres humanos e a natureza não devem servir ao ‘Deus do dinheiro’”, comentou durante sua passagem pela Bolívia. O Terceiro Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local, que discute e apresenta experiências regionais de 47 países para seres estudadas em sua aplicação para a sustentabilidade, ocorre até domingo (18), em Turim. Em 2013, o evento aconteceu em Foz do Iguaçu, e foi organizado por Itaipu e pelo Sebrae (ANSA).

Homem é condenado a 885 anos de prisão

O norte-americano Shawn Ryan Thomas, 31, foi condenado a 885 anos de prisão na Flórida por possuir uma “enorme” quantidade de material de pornografia infantil. Além disso, ele planejava sequestrar uma menina de nove anos, matar seus pais, violentá-la sexualmente e filmar os estupros.
Thomas deve ser julgado em breve por tentativas de rapto, abuso infantil e homicídio. Ele foi preso depois de ter caído em uma armadilha e revelado seu plano a um informante da polícia. O réu foi considerado culpado de 60 crimes, sendo que cada um prevê uma pena máxima de 15 anos de cadeia (ANSA).

Avião da Malaysian Airlines foi abatido por míssil russo

A queda do voo MH17 no Leste da Ucrânia em julho de 2014 foi provocada por um míssil BUK, que atingiu o aparelho do lado esquerdo do cockpit, concluiu a investigação do Departamento de Segurança da Holanda. “O voo MH17 caiu em consequência da detonação de uma ogiva no exterior do avião, contra o lado esquerdo do cockpit”, afirmou em entrevista o presidente do departamento, Tjibbe Joustra. “A ogiva corresponde ao tipo de mísseis instalados nos sistemas terra-ar BUK”, do tipo 9N314M, de fabricação russa, acrescentou.
Os investigadores não conseguiram determinar o local exato do lançamento do míssil, tendo identificado apenas uma área de 320 km² no Leste da Ucrânia, controlada pelos separatistas pró-russos. A investigação concluiu também que, após a explosão, “a parte da frente do avião foi arrancada e o avião partiu-se no ar”. “Não se pode excluir [a hipótese de] que alguns ocupantes tenham permanecido conscientes por algum tempo durante o minuto a minuto e meio que durou a queda”, embora seja “improvável” que tenham percebido o que estava acontecendo, concluíram os investigadores.
A explosão do míssil teve diferentes consequências para os ocupantes do avião, dependendo da proximidade do local de impacto. É certeza, por exemplo, que a explosão foi imediatamente fatal para as pessoas que estavam dentro da cabine. Os investigadores também analisaram as razões pelas quais o avião sobrevoava uma zona de conflito e concluíram que “havia razões suficientes” para as autoridades ucranianas fecharem o espaço aéreo sobre a zona de conflito, como medida “de precaução” (Ag. Lusa).