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Números mostram a supremacia da China como maior parceiro comercial do Brasil

em Economia
sexta-feira, 18 de setembro de 2020

De janeiro a agosto, as exportações brasileiras para a China tiveram uma alta de 14% e totalizaram US$ 47,3 bilhões e, mesmo com uma queda de 8,1%, as importações procedentes do gigante asiático somaram Us$ 21,7 bilhões. Com uma expressiva corrente de comércio de US$ 69,1 bilhões (alta de 6% em relação ao mesmo período do ano passado), o comércio bilateral com os chineses gerou para o Brasil um superávit de US$ 25,5 bilhões.

A China foi o destino final de 34,2% das exportações e por 21,4% das importações totais do Brasil no período. Esses números confirmam a consolidação da China como principal parceiro comercial do Brasil, com ampla margem sobre os Estados Unidos, o segundo país no ranking do comércio exterior nacional. E enquanto os dados estatísticos mostram um sólido crescimento no fluxo de comércio com os chineses, eles revelam exatamente o oposto no tocante aos Estados Unidos.

Nos oito primeiros meses deste ano, as exportações para o mercado americano tiveram uma forte retração de 32,3% para US$ 13,4 bilhões, enquanto as vendas americanas, recuaram 17,6% e somaram pouco mais de US$ 16,4 bilhões. A corrente do comércio bilateral totalizou US$ 29,9 bilhões, com um superávit americano de pouco mais de US$ 3 bilhões. A participação dos Estados Unidos no comércio exterior brasileiro foi de 9,71% e 16,1%, respectivamente nas exportações e importações brasileiras. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

De janeiro a agosto, a China foi o maior comprador de todos os principais produtos exportados pelo Brasil. As vendas da soja tiveram nos chineses seu maior cliente, com uma participação de 39% no volume total embarcado e uma receita de
US$ 18,6%, alta de 26,3% (US$ 3,9 bilhões comparativamente com o mesmo período de 2019). Em relação aos minérios de ferro, a China também ocupou o primeiro lugar do ranking, com importações no valor de US$ 9,7 bilhões (alta de 12% sobre o total importado no ano passado), correspondentes a 21% das vendas externas dessa commodity.

O mesmo aconteceu com o petróleo, do qual a China foi também o maior importador, com um total de US$ 8,7 bilhões (queda de 13%), responsáveis por 18% das exportações realizadas pela Petrobras. A China foi ainda o principal mercado para as exportações de carne bovina (US$ 2,5 bilhões) e celulose (US$ 1,85 bilhão). Enquanto os embarques para a China registraram altas expressivas em todos os principais produtos da pauta exportadora, os números da Secex indicam situação diametralmente oposta em relação às vendas para os Estados Unidos. Fonte: Comex.