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Nova pesquisa da CNC revela a abertura de 204 mil lojas no varejo

em Economia
segunda-feira, 07 de março de 2022

O ano de 2021 foi marcado pela retomada do consumo presencial. E, segundo a pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), com base nos dados do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o cenário mais otimista pôde ser percebido no crescimento do número de estabelecimentos. O setor encerrou o ano com 2.407.821 estabelecimentos ativos, revelando, portanto, um saldo positivo de 204,4 mil registros em relação ao fim de 2020.

O estudo também aponta que, apesar da baixa base comparativa de 2020, das dificuldades econômicas decorrentes da elevação da inflação, do aumento dos juros e do mercado de trabalho travado, o faturamento real do setor (no conceito ampliado) no último ano registrou crescimento de 4,5% – o maior avanço anual desde 2018 -, compensando, assim, a retração de 1,4% verificada no ano retrasado.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, observa que 2021 representou a recuperação do comércio varejista brasileiro após um período de significativas limitações operacionais. “A flexibilização das restrições impostas ao varejo em diversos estados e municípios, especialmente após o fim da segunda onda da pandemia, e o avanço da vacinação, contribuíram para a tendência de aumento da circulação de consumidores e, certamente, estimulou o movimento de reabertura de estabelecimentos comerciais”.

Apesar de adotar metodologias diferentes em relação à nova pesquisa da CNC, a tabulação de indicadores ajustados do Caged sinalizou que o comércio varejista brasileiro havia perdido 189,4 mil unidades no primeiro semestre de 2020. Contudo, o saldo foi parcialmente compensado pelo balanço positivo de 161,1 mil unidades na segunda metade daquele ano. Mais de 92% das empresas abertas foram de micro (158,23 mil) ou pequeno porte (29,99 mil).

No geral, esses dois tipos de estabelecimentos comerciais representam 91,5% do total de lojas ativas no varejo brasileiro. Hiper, super e minimercados (54,09 mil), lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (38,72 mil) e lojas de vestuário, calçados e acessórios (28,34 mil) foram os segmentos que mais se destacaram no saldo positivo apurado em 2021, ao representarem mais da metade das aberturas líquidas de estabelecimentos (Gecom/CNC).