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Economia 12/09/2019

em Economia
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
Petrobras temporario

40% dos usuários de cheque especial recorrem ao limite

Uma pesquisa feita em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que, em cada dez brasileiros, dois (20%) recorreram ao cheque especial em algum momento nos 12 meses anteriores ao levantamento, percentual próxima aos 17% observados na mesma pesquisa do ano passado.

Usuários do cheque especial têm o hábito de utilizar o saldo extra todos os meses. Foto: cdlanapolis/reprodução

A maior parte (40%) dos usuários do cheque especial tem o hábito de utilizar o saldo extra todos os meses. Esse comportamento é ainda mais comum levando em conta as pessoas da classe C, D e E (48%). Outros 30% de usuários recorreram ao cheque especial a cada dois ou três meses e 27% pelo menos três vezes no ano.

O cheque especial é uma linha de crédito pré-aprovada, oferecida pelos bancos e, geralmente, utilizada de forma automática pelo cliente quando não há saldo suficiente para cobrir os débitos em sua conta bancária. Em média, os juros cobrados são de 320% ao ano, superiores inclusive ao cartão de crédito rotativo, segundo dados oficiais do Banco Central.

Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, por causa dos juros elevados, o cheque especial só deve ser utilizado em ocasiões emergenciais e durante períodos curtos. “É um erro incorporar o limite do cheque especial como parte da renda. Essa ilusão pode levar o consumidor a gastar mais do que o orçamento permite e ver sua dívida se transformar em uma bola de neve muito difícil de ser paga”, alerta Vignoli (CNDL/SPC Brasil).

Supermercados paulistas revisam os números para 2019

Turismo temporario

A expectativa de vendas no setor foi revisada para 1,3%. Foto: portalapas/reprodução

O faturamento real dos supermercados no estado de São Paulo, no conceito de mesmas lojas, fechou o semestre de 2019 com aumento de 0,23% em relação a 2018. Mesmo com o leve aumento, e dado o cenário desafiador atual, em que o desemprego permanece com pouca melhora, a Associação Paulista de Supermercados (APAS) revisou sua expectativa de vendas no setor do estado para até 1,3%. A expectativa anterior era de crescimento entre 2,7% e 3%. Este crescimento é menor que o dos últimos dois anos, quando o setor cresceu pouco mais de 2%.

Na comparação entre os meses de julho 2019 com 2018, o crescimento do estado foi de 1,05%, sendo que o interior de São Paulo apresentou os melhores resultados. Apesar do rebaixamento na expectativa de crescimento, o setor de supermercados paulista alcançou recordes de contratações em vagas de emprego e observou aumento de 2,18% no número de unidades compradas nas lojas, se comparado ao mesmo período de 2018.

“Mantemos uma projeção de crescimento, mesmo que mínimo, em vez de queda no faturamento, devido a alguns fatores conjunturais que podem manter um leve aquecimento das vendas, como a tímida queda no desemprego, a liberação do FGTS, a Semana do Brasil, a Black Friday e a Reforma da Previdência aprovada no Senado”, estima a Associação (AI/APAS).

Aprovada a extinção da Dersa

Agência Brasil

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou a extinção da Empresa de Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) por 64 votos a favor e 15 contra, além de duas abstenções. Gestores do órgão estiveram envolvidos em casos de corrupção em obras viárias e do Rodoanel. O projeto aprovado pela Alesp, é de autoria do governador João Doria.

Esta era uma das prioridades de Doria, que teve como primeira medida de seu mandato, no dia 1º de janeiro, a assinatura de um projeto que permitia ao governo do estado extinguir, fundir ou incorporar diversas empresas estatais, incluindo a Dersa. A deputada Carla Morando (PSDB), que foi favorável à aprovação do texto, disse que “a Dersa foi muito boa enquanto ela existiu, mas agora é um novo modelo, que são as concessões”.

Para o deputado Carlos Giannazi (PSOL), contrário à extinção, esse projeto significa a entrega de um patrimônio público importante em um momento em que a Dersa está sendo investigada. “Nós queremos instaurar a CPI, então é um absurdo privatizar justamente agora”.

Prefeitura do Rio recebe R$ 8,43 milhões da Lava Jato

Agencia Brasil

A Justiça Federal autorizou a devolução de R$ 8,43 milhões, resgatados pela Operação Lava Jato, à prefeitura do Rio de Janeiro. A decisão foi tomada pelo juiz da 7ª Vara Federal do Rio, Marcelo Bretas, e divulgada pela prefeitura da cidade.

Os recursos foram recuperados durante investigações da Força Tarefa da Operação Lava Jato sobre desvios de verbas das obras do BRT (corredores exclusivos para ônibus) Transbrasil e Transcarioca.

De acordo com a prefeitura do Rio de Janeiro, o município ainda precisa receber dinheiros desviados em outros esquemas de corrupção, mas o valor a ser recuperado ainda não foi calculado.

Inflação continua maior para famílias com menor renda

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado ontem (11), apontou que, apesar da desaceleração no crescimento dos preços em todas as classes pesquisadas, a alta foi mais sentida pelas famílias de menor poder aquisitivo. Para essa faixa de renda, a inflação foi de 0,12% na comparação com julho. Já para os que possuem maior renda, o índice foi de 0,08%.

Houve um alívio no grupo alimentação (-0,18 p.p.) para as famílias mais pobres, influenciado pela queda no preço dos tubérculos (-10,7%), das verduras (-6,5%), das carnes (-0,75%) e dos leites e derivados
(-0,30%). Em contrapartida, o grupo habitação contribuiu com 1,19 p.p. para essa classe de renda por conta da alta na energia elétrica (3,85%), no aluguel (0,63%) e na taxa de água e esgoto (1,34%).

No caso das famílias mais ricas, a deflação de 15,7% nas passagens aéreas, em agosto, gerou um alívio no grupo transporte, que registrou contribuição negativa de 0,07 p.p. para essa classe de renda. No acumulado do ano, a inflação das famílias de menor renda (2,73%) segue acima da que foi observada no grupo dos mais ricos (2,53%) – (AIC/Ipea).

Comércio varejista cresce 1% em julho

Agência Brasil

O volume de vendas do comércio varejista cresceu 1% na passagem de junho para julho, segundo dados da pesquisa divulgada ontem (11) pelo IBGE. Esse é o terceiro resultado positivo do indicador, que acumula alta de 1,6% no período. O volume de vendas também cresceu 0,5% na média móvel trimestral, 4,3% na comparação com julho do ano passado, 1,2% no acumulado do ano e 1,6% no acumulado de 12 meses.

Sete das oito atividades pesquisadas tiveram alta nas vendas, com destaque para supermercados, alimentos, bebidas e fumo (1,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%) e móveis e eletrodomésticos (1,6%). Também apresentaram crescimento tecidos, vestuário e calçados (1,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,7%), combustíveis e lubrificantes (0,5%) e livros, jornais, revistas e papelaria (1,8%).

No varejo ampliado, que também analisa os setores de veículos e materiais de construção, o volume de vendas cresceu 0,7%. O setor de materiais de construção cresceu 1,1%, mas a atividade de veículos, motos e peças recuou 0,9%. O varejo ampliado também teve crescimentos de 0,5% na média móvel trimestral, 7,6% na comparação com julho de 2018, 3,8% no acumulado do ano e 4,1% no acumulado de 12 meses.