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Economia 11/09/2019

em Economia
terça-feira, 10 de setembro de 2019
Petrobras temporario

Liberação do FGTS e PIS/Pasep vai impulsionar o consumo

Se confirmada a estimativa do Ministério da Economia de saques de cerca de R$ 30 bilhões até dezembro, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) estima que R$ 13,1 bilhões serão gastos no comércio (R$ 9,6 bilhões) e nos serviços (R$ 3,5 bilhões), além de R$ 12,2 bilhões (40% do total) que serão utilizados pelos consumidores para a quitação ou abatimento de dívidas e R$ 4,7 bilhões (16% do total) que deverão ser poupados ou consumidos somente em 2020.

O consumo poderia ser maior, não fosse o grau de comprometimento da renda das famílias com os juros. Foto: CNC/Divulgação

Para o economista da CNC, Fabio Bentes, apesar da quitação ou abatimento de dívidas representar uma parcela significativa dos recursos disponibilizados, o percentual deve ser menor que na liberação do FGTS em 2017 (46% do total), mas o impacto sobre o varejo tende a ser maior em 2019, 32% do total contra 25% em 2017.

“O consumo no comércio e no setor de serviços poderia representar uma parcela maior dos gastos dos consumidores, não fosse o ainda elevado grau de comprometimento da renda das famílias com os juros decorrentes do endividamento. Contudo, mesmo indiretamente, esses setores tendem a se beneficiar da queda do grau de endividamento no médio prazo”, acredita Bentes.

Mesmo diante do comprometimento da renda, a liberação de recursos tem potencial para acelerar o consumo. A previsão da CNC é que o consumo das famílias avance 0,9% no último trimestre de 2019, em comparação ao terceiro trimestre, o que significa um impulso adicional de 0,3% com a liberação de recursos, diante da expectativa anterior de 0,6% (GEC/CNC).

Emprego na construção cresceu 0,95% em julho

Turismo temporario

O ritmo de recuperação da indústria da construção ainda é lento. Foto: Buda Mendes/Getty Images

O nível de emprego na construção civil brasileira registrou variação positiva de 0,95% em julho na comparação com o mês anterior. Foram abertos 22.185 postos de trabalho no período. No acumulado dos sete primeiros meses de 2019, a variação é de +3,87%, equivalente a 87.912 postos de trabalho. Ao final de julho, o setor empregava 2.360.389 trabalhadores em todo o país. Os dados são da pesquisa mensal do SindusCon-SP realizada em parceria com a FGV, com base em informações do Caged.

Segundo o presidente do SindusCon-SP, Odair Senra, “embora o crescimento do emprego seja um sinal positivo, o ritmo de recuperação da indústria da construção segue muito lento e uma nova preocupação surgiu quanto à sua sustentabilidade: a drástica diminuição do recursos do Orçamento, previstos para o Programa Minha Casa, Minha Vida: de R$ 4,6 bilhões em 2019, para R$ 2,7 bilhões em 2020”.

Lembrando que entre 2011 e 2018 a média anual destinada ao programa era de R$ 11,3 bilhões, Senra comentou que, se esta dotação não for restabelecida, haverá sérias repercussões na atividade e na geração de emprego da indústria da construção
(AI/SindusCon-SP).

Enel emite título vinculado a meta sustentável

A Enel Finance International NV, empresa financeira registrada na Holanda e controlada pelo grupo italiano de energia Enel, fez na semana passada a primeira emissão de um título no mercado de capitais vinculado ao cumprimento de uma meta sustentável.

Segundo a empresa, a emissão foi de US$ 1,5 bilhão, e a demanda excedeu a oferta em quase três vezes, com as ordens atingindo cerca de US$ 4 bilhões. A operação foi estruturada como uma emissão de parcela única de US$ 1,5 bilhão, pagando uma taxa de 2,650% e com vencimento em 10 de setembro de 2024. O preço de emissão foi fixado em 99,879%, e o rendimento efetivo no vencimento é equivalente a 2,676%.

“A forte demanda dos investidores confirma mais uma vez a valorização dos mercados financeiros pela solidez da estratégia de sustentabilidade do grupo e o consequente impacto nos resultados econômico-financeiros”, diz um comunicado da Enel (ANSA).

Medição de petróleo para pagamento de royalties

Agência Brasil

Com a finalidade de agilizar processos e desburocratizar o ambiente de negócios, o Inmetro publicou Portaria que estabelece regras para aprovação de modelo de sistemas de medição equipados com medidores de fluído, utilizados para medir petróleo e seus derivados líquidos, álcool anidro e álcool hidratado carburante, nas plataformas de produção e exploração de óleo. As medições realizadas por esses sistemas têm importância relevante para o país.

“Seus resultados são empregados pela ANP para o cálculo da distribuição de royalties entre estados e municípios produtores de petróleo e da parte que cabe à União”. O chefe do Setor de Fluídos da autarquia, Edísio Alves de Aguiar Júnior, destacou que erros de medição podem gerar impactos significativos nos valores. Para se ter ideia, Edísio lembrou que, no ano de 2018, foram arrecadados R$ 23,3 bilhões em royalties – desse total, 28,2% foram destinados aos estados produtores, 34,3% aos municípios produtores e 37,5% à União.