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Economia 06/10/2017

em Economia
quinta-feira, 05 de outubro de 2017
A recuperação do mercado de trabalho, inflação baixa e juros em processo de redução permitem um resgate parcial das condições de consumo.

Venda no Dia das Crianças pode ter o melhor desempenho dos últimos 4 anos
A recuperação do mercado de trabalho, inflação baixa e juros em processo de redução permitem um resgate parcial das condições de consumo.

O volume de vendas do comércio varejista no Dia das Crianças deverá registrar crescimento de 3,4% neste ano, o melhor desempenho desde 2013, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)

A estimativa é que as vendas durante o período devem movimentar R$ 7,4 bilhões e o crescimento já leva em conta os descontos relativos à inflação, na comparação com 2016. A confederação ressalta o fato de que “o resultado será o melhor registrado pelo varejo nesta data desde o crescimento de 5,1% verificado em 2013.
Para Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC, são vários os fatores que levam a este desempenho e não só as baixas taxas de inflação dos produtos destinados às crianças. “A perspectiva mais favorável acerca do desempenho do setor na data comemorativa se insere em um contexto mais amplo, no qual a recuperação do mercado de trabalho, inflação baixa e juros em processo de redução permitem um resgate parcial das condições de consumo”, disse.
Os setores com melhor desempenho nas vendas voltadas para o Dia das Crianças serão os de lojas de vestuário e calçados, com crescimento esperado de 10,2%, seguido pelo de brinquedos e eletroeletrônicos, que deverá expandir 5,7%. “Em ambos os casos, no entanto, as variações positivas esperadas para este ano não repõem as perdas verificadas no ano passado e chegam a -12,2% para vestuário e calçados e a -7,6% no de comércio de brinquedos”, afirmou Bentes.
A avaliação da CNC é de que a evolução recente do preço médio de 11 bens ou serviços mais demandados “tem demonstrado que a inflação associada à data comemorativa deverá ser a menor desde os 4,3% de 2001. Entre os itens que registraram as menores variações de preço, estão os chocolates em barra e bombons (-5,1%), CDs e DVDs (-0,7%) e brinquedos (2,1%).
A CNC ressaltou, ainda, o fato de que a queda na taxa média de juros ao consumidor, influenciada pela significativa desaceleração do nível geral de preços nos últimos meses, tem contribuído para reverter as perdas do varejo.
“Considerando os prazos médios vigentes – que se mantiveram praticamente estáveis no período – as prestações médias mensais de um empréstimo simulado de R$ 1 mil recuaram 8,3% nesse período, atingindo R$ 46,85 mensais, em agosto – a menor prestação nessa operação desde agosto de 2015 (R$ 46,75)” (ABr).

Produção de veículos caiu, mas tem alta no acumulado do ano

As exportações somaram 60.049 veículos, alta de 52,2% em relação a setembro de 2016.

A produção de veículos no país em setembro teve uma queda de 9,2% em relação a agosto, atingindo 236.944 unidades. Mas na comparação com o mesmo mês do ano passado, cresceu 39,1%. No acumulado do ano, foram montados 1.986.654 veículos, aumento de 27% na comparação com o mesmo período de 2016. Os dados foram divulgados ontem (5) pela Anfavea.
Com relação às vendas, setembro também apresentou queda. No mês passado foram vendidas 199.211 unidades, queda de 8% em relação a agosto. No entanto, as vendas de veículos subiram 24,5% em setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, foram licenciadas 1.620.005 unidades, o que representa alta de 7,4% ante o mesmo período do ano passado.
As exportações somaram 60.049 veículos, alta de 52,2% em relação a setembro de 2016. Em relação a agosto, houve queda de 10,1% e, no acumulado do ano, um aumento de 55,7%. Rogério Golfarb, vice-presidente da Anfavea, avalia que os expressivos aumentos nas exportações é favorável para o setor. “Foi influenciado por uma assimilação positiva do mercado da América do Sul, como Argentina, México, Uruguai e Colômbia”, disse.
Foram mantidas 126.280 vagas de emprego no setor durante setembro, alta de 1,3% em relação a setembro do ano passado. Não houve variação em relação a agosto. Foi registrada queda do número de empregados em layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho), que passaram de 3.432 em agosto para 2.964 em setembro. A quantidade de funcionários em Programa Seguro Emprego (PSE) caiu de 2.888 em agosto para 2.867 no mês passado.
As projeções de resultados para o final do ano têm como expectativa aumento de vendas de 7,3%; alta na produção, de 25,2%, e nas exportações de 43,3%. O vice-presidente da Anfavea disse que há uma recuperação gradual, mas quando se observa o ambiente macroeconômico, ainda não é possível enxergar um crescimento robusto (ABr).

Estiagem eleva preços de hortifrutigranjeiros na Ceagesp

Os preços dos produtos hortifrutigranjeiros comercializados no maior centro atacadista do gênero da América Latina, a Ceagesp, subiram, em média, 4,88% em setembro. Essa foi a segunda maior alta do ano, influenciada pela estiagem prolongada, que afetou principalmente as frutas. Até agora, o maior aumento este ano tinha sido registrado em fevereiro (5,78%), quando as cotações sofreram o impacto do excesso de chuva nas lavouras.
Apesar da alta dos preços em setembro, no acumulado do ano, o índice ainda aponta leve recuo, de 0,76%, em relação ao mesmo período de 2016. Já nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 0,11%. Os preços das frutas aumentaram, em média, 7,9%, com destaque para a carambola (57,6%), o kiwi estrangeiro (55,5%), o mamão formosa (49,5%), o limão taiti (37,5%), o maracujá azedo (31,5%) e o maracujá doce (21,8%).
Também foi registrada alta no setor de pescados (6,1%) Já os legumes apresentaram queda de 1,11%; as verduras de (5,09%) e no setor de diversos, que inclui cebola, alho e batata comum, entre outros, houve queda média de 1,93% nos preços. Em relação ao volume de vendas, em setembro, foram negociados 275,067 mil toneladas de produtos hortifrutigranjeiros, 4,82% mais do que em agosto. De janeiro a setembro, o volume cresceu 3,96% na comparação com o mesmo período de 2016 (ABr).