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Geral 06/10/2017

em Geral
quinta-feira, 05 de outubro de 2017
Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman.

Nuzman guardava na Suíça 16 quilos de ouro sem comprovação de origem

Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman.


A Polícia Federal encontrou ontem (5), durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, a chave de um cofre que, de acordo com os investigadores, oculta 16 quilos de ouro na Suíça

Nuzman foi preso na manhã de ontem na Operação Unfair Play – Segundo Tempo, que é desdobramento de outra deflagrada há um mês, que investigou o pagamento de propina a membro do Comitê Olímpico Internacional para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos 2016.
Segundo a procuradora Fabiana Schneider, da equipe da força-tarefa da Lava-Jato no Rio de Janeiro, os valores declarados no Imposto de Renda de Nuzman, com uma evolução patrimonial de 457% em 10 anos, não têm comprovação de origem. “Enquanto os medalhistas olímpicos buscavam a tão sonhada medalha de ouro no Brasil, dirigentes do comitê olímpico guardavam o seu ouro na Suíça”.
Fabiana explicou que durante as apreensões feitas na primeira fase foram encontrados documentos que comprovaram a participação de Nuzman e do diretor-geral do Comitê Organizador Rio 2016, Leonardo Gryner, também preso, no esquema da organização criminosa comandada pelo ex-governador Sérgio Cabral. Entre os documentos apreendidos está uma foto em que Nuzman aparece no episódio que ficou conhecido como “farra dos guardanapos”, que ocorreu em Paris em setembro de 2009, e é apontado pelo MPF como uma comemoração antecipada pela escolha do Rio para sediar os jogos.
A polícia também localizou um dossiê, produzido pelo ex-secretário de Saúde do Rio Sérgio Cortes, outro membro da organização que está preso, feito a pedido do Nuzman contra uma pessoa que era seu concorrente na eleição para a presidência do COB, o que, segundo a procuradora, caracteriza o elo de Nuzman com os investigados. O advogado de Carlos Arthur Nuzman, Nélio Machado, negou as acusações e afirmou que a receita de seu cliente é compatível com seus ganhos, declarada no Imposto de Renda (ABr).

Mariano Rajoy pede volta da legalidade a governo catalão

Chefe do executivo espanhol, Mariano Rajoy.

O presidente da Espanha, Mariano Rajoy, pediu ontem (5) ao presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, que volte à legalidade e desista, o mais rápido possível, de fazer uma declaração unilateral de independência. O último domingo (1º) foi marcado pela violência e repressão policial na Catalunha. Foram registrados quase 900 feridos e muitos protestos contra o envio de policiais e guardas civis por parte do governo central, para tentar reprimir e impedir as votações.
De acordo com a Generalitat, mais de dois milhões de pessoas votaram pela independência da Catalunha, somando mais de 90% dos votos. Mariano Rajoy não deixou claro qual é a sua estratégia, e Puigdemont insiste na validade do referendo, já tendo declarado que iniciará o processo de independência no final desta semana ou no início da próxima. Ontem, Rajoy deu uma entrevista à agência EFE, no Palácio da Moncloa, sede do governo espanhol, quando afirmou que a melhor solução, para que se evite maiores males, é que o governo catalão desista de fazer a declaração e cumpra os preceitos legais.
“Isso é o que pode evitar que se produzam males maiores no futuro e é isso que toda a sociedade está pedindo, os editoriais dos meios (de comunicação), os empresários, os sindicatos e milhões de catalães”, afirmou Rajoy, que não informou se pretende fazer uso do artigo 155 da Constituição, instrumento que pode obrigar uma comunidade autônoma a cumprir suas obrigações.
O texto do artigo diz que se uma comunidade autônoma não cumprir com as obrigações da constituição ou de outras leis impostas, ou atuar de forma que atente gravemente contra o interesse geral da Espanha, o governo, com prévio requerimento ao presidente da Comunidade Autônoma e, em caso de não ser atendido, com a aprovação por maioria absoluta no Senado, poderá adotar as medidas necessárias para obrigar aquela comunidade ao cumprimento forçado de tais obrigações ou para a proteção do mencionado interesse geral (ABr).

Britânico Kazuo Ishiguro ganha Prêmio Nobel de Literatura

O escritor britânico de origem japonesa Kazuo Ishiguro ganhou nesta quinta-feira (5) o Prêmio Nobel de Literatura deste ano, anunciou a Academia Sueca. Segundo o comitê do prêmio, Ishiguro, de 62 anos, que se mudou do Japão para a Grã-Bretanha quando tinha 5 anos, está associado aos temas de memória, tempo e auto-ilusão.
“Se você mistura Jane Austen e Franz Kafka, então você tem Kazuo Ishiguro em poucas palavras, mas você tem que adicionar um pouco de Marcel Proust na mistura”, disse hoje Sara Danius, a secretária permanente da Academia Sueca. Ela descreveu Ishiguro como um escritor de grande integridade e originalidade. “Ele desenvolveu um universo estético único”, disse.
Ishiguro, que escreve em inglês, é autor de oito livros, sendo sete romances e um volume de contos. Em sua obra destacam-se ‘Os vestígios do dia’ (1989), que ganhou o Man Booker Prize, e a ficção científica ‘Não me abandone jamais’ (2005). Ambos adaptados ao cinema (ABr).

Itália diz que trabalha com Brasil para extradição de Battisti

Battisti  foi detido pela Polícia Federal perto da fronteira com a Bolívia.

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Angelino Alfano, afirmou ontem (5) que a Itália está trabalhando com o governo brasileiro para conseguir a extradição de Cesare Battisti, que foi detido pela Polícia Federal perto da fronteira com a Bolívia. Alfano explicou em uma mensagem no Twitter que se reuniu com o embaixador italiano no Brasil, Antonio Bernardini, para estudar o que fazer para conseguir a extradição de Battisti, que vive refugiado no país e teve sua extradição negada pelo governo brasileiro anteriormente.
“Continuamos o trabalho iniciado com as autoridades brasileiras”, acrescentou o ministro italiano. A Polícia Federal deteve Battisti quarta-feira (4) na fronteira com a Bolívia, quando ele tentava entrar no país em um táxi boliviano, no qual viajavam outros dois passageiros. Battisti, de 62 anos, foi integrante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, das Brigadas Vermelhas, e foi condenado à revelia em 1993 à prisão perpétua por um tribunal italiano pelos assassinatos de dois policiais, um joalheiro e um açougueiro entre 1977 e 1979, nos chamados “anos de chumbo” na Itália.
Em 2004, Battisti fugiu para a França e, quando o governo francês se dispôs a revogar sua condição de refugiado político, o italiano se refugiou no Brasil, onde permaneceu escondido durante três anos. Foi detido em março de 2007 no Rio de Janeiro em uma operação conjunta de agentes de Brasil, Itália e França. Após a prisão, as autoridades italianas pediram sua extradição.
O STF autorizou a extradição do italiano em 2009 em uma decisão não vinculativa, que deixou a palavra final nas mãos do chefe de Estado na época, o ex-presidente Lula, que a rejeitou em 31 de dezembro de 2010, o último dia de seu mandato. A negativa do governo brasileiro para extraditar Battisti mesmo depois da autorização do STF gerou protestos na Itália e uma importante crise diplomática (Agência EFE).

Forças do Iraque tomam último reduto do EI no norte

Forças iraquianas anunciaram ontem (5) que entraram na cidade de Al Hauiya, capital da comarca homônima, que era o último reduto do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no norte do país. A ofensiva, que começou no dia 21 de setembro, continua na comarca, localizada na província de Kirkuk, segundo um comunicado do subcomandante das Operações Conjuntas, Abdelamir Rashid Yarala.
Os terroristas ainda dominam várias localidades de Al Hauiya, entre elas as mais importantes Saidia e Hilua, enquanto que no oeste do Iraque ainda controlam parte da margem do rio Eufrates e zonas desérticas da fronteira com a Síria. As tropas iraquianas concluíram, em julho, a campanha militar contra o EI, em Mossul, a maior cidade que já esteve sob o controle dos jihadistas.
A ofensiva de Al Hauiya coincide com um momento de tensão entre o governo central e a região autônoma do Curdistão, que acaba de realizar um referendo para ser independente do Iraque – não reconhecido por Bagdá – e pretende anexar a província de Kirkuk (Agência EFE).

 
Saúde anuncia repasse de R$ 93 milhões a 46 UPAs

O Ministério da Saúde anunciou ontem (5) o repasse de R$ 93,2 milhões para o custeio de 46 unidades de Pronto Atendimento (UPAs) localizadas em 43 municípios brasileiros das cinco regiões do país. As UPAs são unidades de saúde que funcionam em tempo integral prestando um serviço que é intermediário entre a atenção básica e as unidades hospitalares. Metade do custeio mensal das UPAs é financiado pelo governo federal. A outra metade é compartilhada entre estados e municípios.
De acordo com o Ministério da Saúde, há em todo país 562 UPAs funcionando com a ajuda do governo federal, a um custo de R$ 1,7 bilhão por mês apenas para serviços. Elas prestam cerca de 130 mil atendimentos diários.
Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, essas unidades são relevantes para que possam ser usadas de forma a complementar os serviços que já são oferecidos pelas demais unidades de saúde dos municípios.
”Os prefeitos podem usar as UPAs para complementar o serviço que já é oferecido no município”, disse o ministro durante coletiva de imprensa. Ainda segundo Barros, há 223 unidades em obras, mas com os recursos federais já empenhados. (ABr).