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Economia 01 a 03/04/2017

em Economia
sexta-feira, 31 de março de 2017
Presidente da Abinee, Humberto Barbato.

Eletroeletrônicos esperam ampliar produção neste ano

Presidente da Abinee, Humberto Barbato.

Uma sondagem feita com associados da Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee) em fevereiro indicou que a maioria das empresas espera aumentar sua produção em 2017

De acordo com a pesquisa, 45% das consultadas acreditam na ampliação da atividade industrial este ano. Deste total, 10% das empresas têm a intenção de realizar o aumento no primeiro trimestre; 35%, no segundo trimestre e 55%, no segundo semestre de 2017.
O levantamento também indicou melhora nas vendas e encomendas do setor. De acordo com a sondagem, 37% das consultadas apontaram crescimento nas vendas em fevereiro, em relação ao mesmo período do ano anterior. Outras 37% indicaram queda no indicador. Segundo a Abinee, esta foi a primeira vez, desde janeiro de 2015, que o percentual de empresas com queda nas vendas não foi superior ao das que obtiveram crescimento.
A sondagem também indicou melhora nos estoques de componentes e matérias-primas e de produtos acabados. Para o presidente da Abinee, Humberto Barbato, o resultado vai ao encontro do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que apontou, em março, o aumento da confiança do setor produtivo. “Os recentes indicadores demonstram que iniciamos uma tendência de recuperação”, afirmou (Abinee).

Preços de remédios sobem até 4,76%

O aumento de preços já está valendo.

O Diário Oficial da União publicou na sexta-feira (31) resolução do Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) autorizando os índices do reajuste anual de preços de medicamentos para 2017, que variam de 1,36% a 4,76%. De acordo com a resolução, o reajuste máximo permitido é o seguinte: nível 1: 4,76%; nível 2: 3,06; e nível 3: 1,36%. O Cmed é um órgão do governo integrado por representantes de vários ministérios.
O Sindicato da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma) informou, por meio de nota, que os índices de reajuste não repõem a inflação passada, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado de 12 meses, de março de 2016 a fevereiro deste ano. “Do ponto de vista da indústria farmacêutica, mais uma vez os índices são insuficientes para repor os custos crescentes do setor nos últimos anos”, diz a nota. Segundo o Sindusfarma, o reajuste anual de preços fixado pelo governo poderá ser aplicado em cerca de 19 mil medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro (ABr).

Atividade econômica inicia ano com queda de 0,26%

A atividade econômica iniciou o ano em queda. De acordo com dados divulgados na sexta-feira (31), pelo Banco Central (BC), na internet, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) registrou retração de 0,26%, em janeiro, comparado a dezembro. A queda segue em ritmo um pouco menor do que em dezembro, quando ficou em 0,32% comparado a novembro. O resultado de janeiro mostra o sétimo mês seguido de retração da economia.
Na comparação com janeiro de 2016, houve queda de 4,61%, de acordo com os dados sem ajustes já que a comparação é entre períodos iguais. Em 12 meses encerrados em janeiro, houve retração 3,99%, nos dados sem ajuste.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.
O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. Mas o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Setor público registra maior déficit da história para fevereiro

Depois de registrar superávit primário recorde em janeiro, o setor público consolidado inverteu a tendência e teve o maior déficit da história para meses de fevereiro. União, estados, municípios e estatais fecharam o mês passado com resultado negativo de R$ 23,468 bilhões. O montante é o déficit mais alto registrado para o mês desde o início da série histórica, em 2001.
Os números foram divulgados na tarde de sexta-feira (31,) pelo Banco Central. Nos dois primeiros meses do ano, no entanto, o setor público acumula superávit de R$ 13,244 bilhões, montante quase três vezes maior que o resultado negativo de R$ 4,873 bilhão obtido no mesmo período de 2016. O déficit primário é o resultado negativo nas contas do setor público desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública.
Pela contabilidade do BC, em fevereiro, o Governo Central registrou déficit primário de R$ 28,769 bilhões. Os governos estaduais apresentaram resultado positivo em fevereiro, com superávit primário de R$ 4,061 bilhões; e os municipais, superávit de R$ 1,195 bilhão. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, registraram superávit de R$ 46 milhões no mês passado (ABr).