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‘Panama Papers’: governos iniciam caça

em Destaques
quinta-feira, 14 de abril de 2016

A primeira onda de impacto da série Panama Papers derrubou um governo – o da Islândia – e forçou políticos, empresários e celebridades de diversos países a dar explicações sobre suas empresas em paraísos fiscais.

Passados dez dias desde a revelação do caso, autoridades tributárias começam agora a formalizar iniciativas para alcançar e punir eventuais envolvidos em sonegação e lavagem de dinheiro
Uma reunião de emergência levou na última quarta-feira (13), a Paris, dirigentes dos órgãos arrecadadores de 28 paí­ses. Eles fazem parte da Rede Internacional de Colaboração e Informação sobre Refúgios Fiscais, órgão ligado à OCDE. O objetivo do encontro foi compartilhar informações e delinear estratégias para multar os cidadãos de países como Austrália, França e Alemanha que se utilizaram de offshores abertas pela empresa panamenha Mossack Fonseca para ocultar renda e patrimônio e, assim, fugir da cobrança de impostos por seus respectivos governos.
No cerco aos sonegadores, o Brasil sai na frente dos demais países, pois a Receita Federal já obteve legalmente documentos do escritório da Mossack Fonseca em São Paulo. A empresa foi um dos alvos da 22ª fase da Operação Lava Jato. Desde a semana passada, autoridades governamentais de diversos países passaram a fazer contato com repórteres integrantes do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) em busca de informações e documentos da Mossack Fonseca (AE).