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Desenvolva a inteligência emocional e impulsione sua carreira

em Destaques
segunda-feira, 30 de março de 2020

Taís Rocha de Souza (*)

Atualmente, quando o ambiente corporativo ou as relações de trabalho entram em questão, os temas que mais se destacam são os relacionados às habilidades técnicas e comportamentais.

Habilidades técnicas são fundamentais para a boa execução de tarefas específicas. Porém, cada vez mais, o que as organizações estão buscando realmente são pessoas com inteligência emocional, uma vez que, segundo especialistas da área, são estes profissionais que têm mais condições de contribuir para o desenvolvimento da equipe e da empresa.

Inteligência emocional é uma competência relativamente nova que vem sendo muito abordada nas empresas, porque, com a evolução dos tempos e os novos modos de trabalhar, os profissionais precisam saber se relacionar com as pessoas e se posicionar em momentos cruciais da vida profissional e até mesmo pessoal. Abrangendo várias facetas, a inteligência emocional envolve a capacidade de equilibrar emoções e sentimentos de forma a alcançar melhores resultados nos mais diferentes aspectos da vida.

O reconhecimento da importância desta competência está diretamente relacionado a um grande desafio enfrentado atualmente: não fomos ensinados a reconhecer nossas emoções, muito menos a dos outros, e poucos conseguem fazer uso instintivo e positivo dessa habilidade. Aquelas que se destacam nestes aspectos desenvolveram naturalmente o autoconhecimento ou até já passaram por terapia e, como resultado, entendem melhor suas emoções e mecanismos internos.

Este cenário vem mudando com o avanço da tecnologia. Hoje, ferramentas de avaliação de inteligência emocional podem te ajudar a descobrir como é e como você usa cada uma de suas facetas, além daquelas que fazem mais sentido você aprimorar de acordo com seu momento atual de vida. Muitas empresas têm utilizado amplamente a nossa ferramenta e com isso obtido sucesso não apenas na seleção de seus profissionais como também no dia a dia dos negócios.

Com ela, é possível medir 15 traços emocionais referentes ao bem-estar, ao autocontrole, à emotividade e à sociabilidade dos candidatos e, com base nos resultados, extrair o melhor de cada um para alcançar os objetivos desejados. As pessoas que têm conhecimento de como usar sua inteligência emocional, conseguem se destacar pela forma como lidam com as outras pessoas, pela capacidade de ouvir, de se expressar corretamente, pela forma como expõem suas ideias, enfim, pela capacidade de se fazer entender e de compreender o outro.

Inteligência emocional tem tudo a ver com o autoconhecimento, ou seja, uma pessoa, ao se conhecer melhor, é capaz de identificar situações que a deixem insegura ou desconfortável, descobrindo qual o sentimento é desencadeado naquele momento. Assim, poderá trabalhar a mudança partindo dessa descoberta, trabalhando e se relacionando melhor com os outros para que o processo de melhoria se complete.

Muitos acreditam que a inteligência emocional é algo que nasce com as pessoas, mas na realidade ela pode ser desenvolvida a partir da somatória do que cada um vivencia ao longo de sua vida. Existe uma diferença básica entre emoção e sentimento. As emoções estão marcadas no nosso DNA, já o sentimento é o que as pessoas experenciaram a partir da emoção, como se fosse a “impressão digital” de suas emoções. Por isso, as pessoas reagem de formas diferentes frente a situações/emoções — algumas têm medo de barata ou de altura e outras não.

Com isso, entendemos que os sentimentos podem ser construídos, aprendidos, aprimorados ou até mesmo modificados ao longo da vida.
Para os que têm interesse em começar a se aprofundar nesse tema, minha indicação é o filme Divertidamente, que apesar de ser uma animação voltada para o público infantil, aborda a questão da inteligência emocional do ponto de vista científico de forma muito fidedigna. É exatamente da forma como o filme retrata na personagem Railly, que as emoções, sentimentos e memórias vão sendo construídas.

As personagens Alegria, Medo, Tristeza, Raiva e Nojinho vivem uma enorme aventura com as várias mudanças que vão acontecendo com a menina durante o filme. Além disso, o livro de Daniel Goleman não pode faltar na cabeceira do profissional que esteja buscando desenvolver sua inteligência emocional, já que ele é o autor que popularizou e despertou o interesse pelo tema.

Atualmente existe uma literatura muito ampla sobre o assunto, mas, como especialista, recomendo que as pessoas procurem um caminho de aprendizado que faça sentido para elas, sem esquecer que todos podem e devem se beneficiar das inovações disponíveis no mercado. Este é o caso da ferramenta TeiQue, capaz de identificar as facetas da inteligência emocional e do processo de autoconhecimento.

Além de identificar estes aspectos, ela mostra como é possível desenvolver cada uma das áreas da inteligência emocional, inclusive em aspectos relacionados à vida pessoal.

(*) – É psicóloga e diretora de Operações do Grupo Soulan (http://soulan.com.br/).