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5 dicas de como não fracassar ao lançar o produto de uma startup

em Destaques
sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Carol Vasconcelos (*)

Tenho uma startup, validei o meu produto e o resultado foi negativo, o que fazer?

A validação de um produto de inovação é uma etapa crucial no desenvolvimento de novas ideias e conceitos. Alguns indicadores de que um produto não tem potencial são:

  • Saber se o MVP (Minimum Viable Product ou Produto mínimo viável, em tradução livre) do produto é mal sucedido envolve avaliar diferentes aspectos, como o Feedback negativo dos clientes ou usuários, baixo engajamento, se é uma dor ou necessidade do mercado
  • Especialistas ou investidores notaram problemas substanciais, como de tecnologia ou gastos que inviabilizaram o projeto. Existem consequências depois de um MVP falho, como o desperdício de capital, perda de tempo e desmotivação da equipe, e o desinteresse de potenciais investidores para sua startup, além é claro da reputação da marca que pode ir por água abaixo.

Isso gera problemas que podem comprometer seriamente o produto. Os investidores podem julgar o baixo desempenho, a falta de tração e execução, como um desalinhamento do propósito inicial da startup e assim gerar desconfiança ou até mesmo quebra de contratos.

Já para o mercado, a má reputação do produto é uma experiência negativa para o cliente, o que queima a marca, o que exige um plano de recuperação emergencial. Construir e manter a confiança dos clientes é um ativo valioso para qualquer startup. E demanda foco constante na entrega de valor, execução eficaz e comunicação transparente. Mas como evitar um MVP mal sucedido?

Validar um produto de inovação com sucesso é uma parte crítica do processo de desenvolvimento, a primeira fase de um MVP seja a Pesquisa de Mercado e Tendências, para compreender as necessidades, desejos e problemas do seu público-alvo. Isso pode envolver entrevistas e análise de dados para identificar lacunas no mercado. Crie um protótipo rápido de baixo custo, para que o mercado entenda o objetivo e se o mesmo resolverá de fato a dor. Faça testes A/B para comparar diferentes versões do produto e identificar quais características ou abordagens são mais eficazes em atrair e reter usuários. Busque mentorias e opiniões de especialistas de mercado e NUNCA, deixe de acompanhar as análises e indicadores ajustando sempre o produto com base nos resultados.

Comece definindo com muita clareza os objetivos da validação e quais são os objetivos que a startup quer alcançar, identifique seu público alvo de forma mais assertiva possível, estabeleça metas que sejam mensuráveis e faça isso em um ambiente de teste controlado, não faça da sua validação um lançamento. Esteja preparado para adaptar a estratégia com base nos insights e resultados obtidos durante a validação. Flexibilidade é essencial para o sucesso. E sempre deixe o cliente no centro do processo, assim a equipe se envolve ativamente com os clientes, e adapta o produto de acordo.

Depois de todo esse estudo sistêmico é a parte que eu particularmente adoro, a hora da aprendizagem. Aprender com os erros e os desacertos, ouvir os feedbacks dos clientes, investidores e principalmente da sua equipe é fundamental para evitar validações fracassadas. Essa cultura promove a abertura para testar hipóteses, aprender com os erros e não os repetir. Aceite os erros como oportunidades, interaja constantemente com o mercado e sua equipe, foque no cliente. Incentive a busca por conhecimento, a tomada de riscos calculados e a melhoria contínua, permitindo que a solução se adapte rapidamente às mudanças e evite validações falhas por meio da aprendizagem e aprimoramento constantes.

Pilares para uma validação com sucesso para um produto:

  1. Faça uma pesquisa de Mercado e Tendências;
  2. Identifique seu ICP (Ideal Customer Profile ou Perfil de Cliente Ideal, em tradução literal) com suas características, dores, hábitos, tendências culturais e demográficas;
  3. Faça um protótipo de baixo custo e teste em um ambiente controlado;
  4. Analise todos os indicadores, métricas e feedbacks;
  5. Seja flexível e sempre mantenha o projeto em desenvolvimento constante;
    E lembre-se, em muitos casos, o fracasso na validação não significa o fim da jornada. Pode ser uma oportunidade para ajustar, aprender com os erros e iterar no produto para atender melhor às necessidades do mercado.

(*) É diretora comercial da FHE Ventures, corporate venture builder cujo principal objetivo é desenvolver soluções inovadoras voltadas ou adaptadas para as áreas de saúde e educação.