O agronegócio deve apresentar expansão de 2% em 2017, segundo estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), divulgada ontem (6), em Brasília.
O ritmo de crescimento será menor do que deste ano. Segundo estimativa da confederação, o PIB do agronegócio terá crescimento entre 2,5% a 3%, em 2016. O setor aumentou a sua participação no PIB de 2015 para este ano, com alteração do percentual de 21,5% para 23%.
Para o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, a tendência é de continuidade do crescimento do percentual de participação do setor na economia. Para ele, no próximo ano, o segmento sucroenergético vai continuar a crescer, impulsionado pelo aumento de preços do açúcar e etanol. “O café ainda precisa recuperar a produção”, disse. Lucchi acrescentou que a expansão de outros segmentos, como de proteína animal, vai depender da recuperação da economia para que as pessoas tenham renda para comprar.
“Há incerteza sobre o quanto podem crescer no próximo ano”, destacou. Lucchi também avaliou que no próximo ano haverá menos influência de problemas climáticos na produção de grãos. O setor agropecuário representa 48% das exportações totais do país, lembrou a CNA. Em 2016, os produtos do agronegócio deverão garantir saldo comercial significativo ao país: US$ 72,5 bilhões. Para 2017, a expectativa da CNA é de continuidade no crescimento do volume de exportações, com abertura de novos destinos para os produtos agropecuários e agroindustriais (ABr).