223 views 9 mins

Dicas valiosas para quem quer monetizar conteúdo na internet

em Tecnologia
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Ser criador de conteúdo já não é mais uma posição de status, mas uma carreira profissional do futuro e do presente. 75% dos jovens brasileiros querem ser influencers e 64% deles consideram a questão financeira a principal motivação (Influr, 2022). Assim como toda profissão, é necessário estudo, planejamento e boas práticas, para conseguir sucesso nos empreendimentos, garantindo uma renda suficiente para pagar as contas no final do mês.
 
A seguir, confira dicas elaboradas por criadores de conteúdo e especialistas da Creator Economy para auxiliar a quem deseja viver da renda de conteúdos online.
 

  1. Não só criadores: empreendedores de conteúdo
    “A gente precisa se enxergar como empresa”. Essa é a premissa de Phelipe Siani, jornalista, empreendedor e apresentador da CNN Brasil, quando o assunto é a profissionalização da creator economy. Para Siani, “a primeira coisa que um criador de conteúdo que quer viver com a renda da internet precisa é abrir o seu CNPJ. Depois, definir sua visão, missão e valores. Isso ajuda a entender o mercado que está inserido e a definir seu conteúdo”, destaca.
     
    Essa também é a visão da Rafa Lotto, head de planejamento e sócia da YOUPIX, consultoria especializada na Creator Economy. Para a especialista, “criadores de conteúdo devem se entender como empresários de conteúdo e não como ONGs de marca”. De acordo com ela, criadores que indicam produtos de beleza, livros, roupas, entre outros produtos, precisam entender que essas dicas valem dinheiro para as marcas e, consequentemente, podem gerar dinheiro para quem os recomendam. “Os creators de hoje são a nova geração de pequenas e médias empresas e os unicórnios do futuro”, conclui.
     
  2. Diversifique suas fontes de receita
    A consultora da YOUPIX analisa que muitas pessoas que trabalham com produção de conteúdo pensam em ganhar de um jeito só: “ficando famosas e sendo descobertas por uma marca”. Mas a verdade, segundo Rafa, é que não tem empresas suficientes hoje para pagar essa conta de tantos criadores que existem. E dentre os exemplos de formatos para diversificação da receita disponíveis hoje, os mais utilizados além das “publis”, segundo a executiva, são eventos, mentorias, produtos físicos, assinaturas, conteúdo exclusivo e adsense. Seguindo essa receita do sucesso, já existem creators brasileiros com ganhos acima de R$ 1 milhão. Um grande exemplo é a influencer Boca Rosa, que com suas diversas marcas e estratégias de conteúdos na internet, faturou R$ 160 milhões em 2022.
     
    Para Jéssica Brazil (jessicabrazil.academy), empreendedora digital e criadora de conteúdo sobre o universo da maquiagem, é crucial diversificar as fontes de renda e de distribuição de conteúdo. Para ela o velho ditado “não coloque todos os seus ovos na mesma cesta”, se aplica aos criadores de conteúdo, trazendo a necessidade de atuar em várias frentes e com mais de uma rede social ou plataforma. De acordo com a criadora, trabalhos de publicidade com marcas são muito válidos, porém a sazonalidade desses projetos pode não ser o suficiente para pagar as contas durante o ano todo.
     
  3. Descentralize seus canais e não dependa de um só algoritmo
    Rafa Lotto aconselha que os criadores produzam conteúdo para canais diversos, para não depender exclusivamente de uma única plataforma. “Se você não tem diferentes plataformas para falar com a sua comunidade, você pode ficar refém do algoritmo apenas de uma plataforma e esse algoritmo muda constantemente”, analisa a especialista da YOUPIX. Algumas dicas da consultora para ter sucesso com a descentralização de plataformas são criar tipos ou temas diferentes de conteúdo, variar as frequências de postagens e oferecer diferentes níveis de profundidade em um assunto, por exemplo.
     
    O músico e criador de conteúdo Dedé Paraízo (dedeparaizo.live), integrante dos Demônios da Garoa, sabe da importância de explorar as mais diversas redes em que atua, engajando esses seguidores para que acessem suas outras redes onde é possível monetizar de uma melhor forma. “Costumo fazer posts diários nas redes mais antigas que tenho, onde minha audiência já é engajada, convidando-os a conhecerem minha nova loja online de vídeos”.
     
    Tanto Dedé quanto Jéssica possuem uma loja de vídeos onde vendem conteúdos para seus seguidores. Eles utilizam os serviços da Stages para criar e manter esses espaços virtuais de monetização, onde decidem o preço que acham justo por seus conteúdos. A remuneração da plataforma é feita em menos de uma hora após a compra da audiência. A Stages chegou ao mercado em fevereiro e já conta com mais de 1.000 lojas de vídeos de criadores, com faturamentos acima de R$18 mil.
     
  4. Ouça de perto sua comunidade
    Outra forma de engajar audiências é por meio da criação de grupos em aplicativos de mensagens, como o Telegram e o Whatsapp. Para Jéssica, é uma forma de criar um relacionamento mais próximo e desenvolver uma comunidade mais engajada, na qual o criador pode antecipar novidades, compartilhar conteúdos exclusivos, recomendar produtos e dar dicas de uma forma mais assertiva. Para Dedé, listas de transmissão em aplicativos de mensagens costumam trazer bastante resultados. “Percebi um bom resultado utilizando uma lista de transmissão no Whatsapp com a minha rede próxima. Diariamente, convidei meus seguidores para visitarem a minha nova loja online de vídeos, destacando um dos meus principais cursos, e o resultado veio no final do mês”.
  5. Se capacite na produção de conteúdo
    “Estude os creators que estão em alta no momento, pesquise mais sobre o seu nicho de atuação, mapeie as marcas que atuam na área e os negócios que podem ter interesse em trabalhar com você”, recomenda Jéssica.
    De acordo com Tiago Maranhão, diretor de conteúdo da Stages, existem programas e cursos gratuitos disponíveis online para diversos segmentos e nichos. Na própria Stages, há disponível um curso gratuito desenvolvido para criadores aprenderem a monetizar, chamado Stages Academy. O curso conduz os criadores numa jornada rumo ao empreendedorismo, como dicas e o passo a passo para que possam monetizar diretamente o conteúdo que produzem, com informações básicas de organização, marketing para a promoção dos vídeos, organização de conteúdos, e exemplos de precificação, pontos que costumam aparecer como as principais dores dos criadores.