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Ecad estima queda de 62% na arrecadação no carnaval

em Economia
quarta-feira, 02 de março de 2022

O relatório ‘O que o Brasil ouve’, elaborado pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), revela que a suspensão de eventos e de blocos carnavalescos terá forte impacto para a indústria da música, resultando em queda de mais de 60% na arrecadação de direitos autorais. A previsão é arrecadar
R$ 6 milhões no período do carnaval, o que representa redução de 62% no valor arrecadado em 2020, antes da pandemia.

O prejuízo financeiro e cultural também será grande para a indústria da música, principalmente para aqueles que vivem da música e do direito autoral. No carnaval de 2020, foram pagos R$ 24 milhões em direitos autorais para mais de 14 mil compositores e demais artistas, pelas músicas tocadas durante o período. Isabel Amorim, superintendente executiva do Ecad, lembra que este ano o carnaval ainda não vai voltar a todo vapor.

“Diversas capitais já anunciaram o cancelamento de shows e eventos, o que vai impactar a arrecadação e distribuição de direitos autorais de música. A instabilidade do cenário pode levar a uma arrecadação ainda menor que a prevista no início do ano”, disse. Tem sido registrada também grande queda na quantidade de eventos e shows previstos para este ano.

A retração alcança 98% em comparação ao ano de 2020, quando os eventos estavam liberados. A previsão é que haverá diminuição, este ano, de pelo menos 50% na distribuição de direitos autorais, em relação aos valores do ano passado.

O levantamento feito pelo Ecad das músicas mais tocadas nos últimos cinco carnavais, entre 2016 e 2020, destaca as tradicionais marchinhas: “Me dá um dinheiro aí”, “Cachaça” e “Maria sapatão”. O ranking das dez mais tocadas inclui ainda “O teu cabelo não nega”, “Sassaricando”, “Mamãe eu quero”, “Marcha da cueca”, “Saca-rolha”, “Peguei um ita no Norte”, e “A jardineira” (ABr).