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Especialistas dão dicas sobre segurança na internet e cidadania digital

em Tecnologia
quarta-feira, 09 de setembro de 2020

Com a pandemia, o meio digital e virtual se tornou o centro da maioria das tarefas realizadas por estudantes e profissionais. Mas com tanto tempo de navegação, é preciso manter o cuidado para evitar armadilhas e não descuidar da cidadania digital. Mas o que é isso?

Segundo o analista de Tecnologia Educacional da Rede Marista de Educação Básica, Lucas Grubba, o momento pelo qual passamos aumentou o tempo em que as pessoas passam na internet e isso pode gerar descuidos pelo excesso de confiança. “Cidadania digital envolve segurança de informações, de dados e relacionamentos saudáveis entre os usuários”, explica. “O fato de estarem sempre nas redes sociais e nas plataformas usadas para aprendizado pode dar uma falsa noção de segurança para os jovens que navegam por esses ambientes, mas isso não significa que podem agir de forma diferente do que se comportariam presencialmente, por exemplo”, analisa Grubba. Isso significa que bullying, ou cyberbullying nesse caso, além de divulgação de dados pessoais sensíveis, não devem acontecer só por que o usuário está diante de uma tela.

Esse e outros temas pertinentes para o momento serão debatidos durante o ciclo de palestras promovido pelos colégios Marista Frei Rogério, de Joaçaba, e Marista São Luís, de Jaraguá do Sul. Os eventos são destinados aos estudantes do Ensino Fundamental Anos Finais e seus familiares. Serão quatro encontros virtuais dirigidos aos jovens e dois encontros destinados aos pais, para abordar a segurança na internet, conhecer um pouco mais as plataformas e suas possibilidades e também avaliar os riscos e benefícios de cada espaço. Os palestrantes serão o psicólogo da Assessoria de inclusão no Grupo Marista, Pedro Braga Carneiro e Lucas Ferrarezi Grubba, analista de Tecnologia Educacional no Grupo Marista.

Diálogo e proteção
Independentemente da tecnologia, o diálogo e a informação sempre serão as ferramentas mais completas quando o assunto é prevenção. “As famílias devem conversar, expor valores, debater sobre o que acontece no meio real e no virtual também, pois essa é a realidade de muitas crianças atualmente. Então elas devem estar preparadas para agir de forma segura e cidadã em todos esses ambientes”, expõe Grubba.

Confira algumas dicas:
• Estabelecer um diálogo aberto e próximo.
É preciso conversar com as crianças e adolescentes sobre os riscos que existem na internet e como se prevenir.

• É importante que os pequenos tenham acompanhamento dos pais ao usar tablet ou celular. Apesar de não utilizarem redes sociais, frequentemente fazem uso de jogos e aplicativos.

• Dar exemplo. Não adianta falar para os filhos não se exporem ou não adicionarem pessoas desconhecidas nas suas redes sociais se os pais fazem isso nos seus canais.

• Não simplificar as coisas. Percebe-se frequentemente a orientação dos pais em relação ao bloqueio de pessoas nas redes sociais. Em algumas situações pode ser uma medida correta, mas em outras, corre-se o risco de banalizar algo mais grave. Isso vai criando a impressão de que basta bloquear para resolver o problema, porém existem situações em que é preciso uma orientação mais específica.

• Olhar com atenção para os filhos. Quando se observa uma mudança no comportamento, pode ser um sinal de que algo não vai bem. Por isso, é preciso manter um olhar atento para perceber qualquer indício de alteração no modo de agir.

• Não compartilhar fotos, número de telefone, informações pessoais ou da família e clicar em links vindos de usuários desconhecidos. Manter os perfis fechados possibilita o controle de quem acessa o conteúdo.

• Vale lembrar que o que é escrito no mundo digital sempre deixa uma marca e por mais que seja apagado, pode ter sido registrado de alguma forma. Além da implicação legal de uma possível ofensa, praticar o bullying pode acarretar em profundas marcas psicológicas e emocionais.