É inegável. A transformação digital vivida em todo o mundo nos últimos anos – e acelerada recentemente pela necessidade de isolamento social – trouxe impactos importantes para todos os segmentos da economia. Houve necessidade de adaptação em diversos âmbitos e o comportamento das pessoas, assim como os hábitos de consumo, passou por mudanças profundas.
O e-commerce ganhou muito mais relevância na rotina de compras da população e se tornou uma opção, inclusive, para quem ainda não havia experimentado o meio digital para a aquisição de produtos e serviços. Em 2020, de acordo com dados da NeoTrust, foram realizados mais de 300 milhões de pedidos online no Brasil, o que gerou uma receita de R$ 126,3 bilhões para o setor. O estudo mostra que o mercado online ganhou cerca de 20,2 milhões de novos consumidores no período. O ano de 2021 confirmou a alta no consumo online. Somente no 1º semestre, as vendas ultrapassaram os R$ 53,4 bilhões e as estimativas apontavam para um faturamento superior aos R$ 304 bilhões ao final dos 12 meses.
Todos esses dados mostram que o e-commerce já não pode mais ser encarado como uma opção ou complemento pelas empresas. Essa constatação é válida, especialmente, para as indústrias, que sempre tiveram uma atuação mais tímida no comércio online. Isso, porque este é um canal estratégico não apenas para a realização de vendas, mas para o relacionamento com o consumidor.
Trabalhando com as estratégias adequadas, o e-commerce pode viabilizar, além do aumento nas vendas, a conquista de novos públicos, o aperfeiçoamento de canais de atendimento ao consumidor, insights para promover inovação em produtos e serviços, mais reconhecimento para a marca, entre outros benefícios.
Os gestores das empresas fabricantes podem se questionar se iniciar uma operação de venda online não poderia criar uma indisposição com outros canais consolidados, como revendas e distribuidores. Afirmo, com certeza, que esse é um cenário ultrapassado. As novas tecnologias disponíveis no mercado permitem conciliar a abertura deste canal de vendas e o relacionamento direto com o consumidor sem perder as relações ou criar um conflito com os antigos parceiros de vendas. O segredo está em fazer do e-commerce da indústria um genuíno gerador de oportunidades para os revendedores e, com isso, estreitar ainda mais o relacionamento com eles.
O e-commerce é um caminho sem volta e quanto mais a entrada nesse mercado for postergada, mais as indústrias têm a perder. Reflita sobre esse assunto!
(Fonte: Khalled Bento é Sales Account Executive da Energy Connect, empresa especializada no desenvolvimento de soluções inovadoras em tecnologia, detentora do Sellerfy, solução que viabiliza a implantação do e-commerce como canal de vendas para as indústrias e gerador de oportunidades para revendedores – www.sellerfy.com.br)