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Tecnologia 29/05/2015_a

em Tecnologia
quinta-feira, 28 de maio de 2015

Quem quer perder dinheiro?

 

Apesar do cenário econômico trazer alguns desafios para 2015, existem oportunidades para o setor de TI obter bons resultados. Mais do que nunca, investir em tecnologia é a via mais certa para encontrar alternativas viáveis e criativas de crescimento – seja através da redução de custos, ou do aumento da produtividade

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Os números divulgados pelos institutos de pesquisa evidenciam essa expectativa otimista para o ano. Segundo o Instituto Sem Fronteiras (ISF) – que entrevistou 1.300 empresas de grande e médio porte em todo o Brasil – os investimentos em TI crescerão 5,6% em 2015 e apenas 17% dos entrevistados afirmaram que haverá queda em seus gastos. Já para a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), a expectativa é de que no segundo semestre, quando o governo já estiver pondo em prática o ajuste fiscal, o setor de TI responda com crescimento nos investimentos da ordem de 7% a 7,5%, afirma o presidente da entidade, Jorge Sukarie. Se essa previsão se realizar, teremos este ano um crescimento no setor maior do que os investimentos registrados pela IDC no mercado de TI no Brasil no ano passado, que foi de 6,7% (incluindo hardware, software e serviços). De acordo com a recente pesquisa da entidade, a indústria brasileira de TI registrou investimento de US$ 60 bilhões em 2014 e está posicionada em 7º lugar no ranking mundial. Somente o setor de software e serviços de TI, sem exportações, somou US$ 25,2 bilhões no ano passado. Enquanto isso, o instituto Gartner prevê que serviços em TI devem vivenciar o maior crescimento em gastos no Brasil em 2015. Dos US$ 125,3 bilhões previstos em gastos no Brasil esse ano, US$ 21,5 bilhões serão com serviços, o que representa crescimento de 13,7% em relação a 2014. Mas, para onde vão estes investimentos em TI? Cloud computing, Mobilidade, Internet das Coisas, Segurança da Informação, Analytics e Business inteligence são os principais temas nas agendas dos CIOs.
Para o mercado de segurança, a previsão do estudo da IDC é de ampliação para este ano, chegando a US$ 117 milhões no Brasil. Infraestrutura e serviços para Cloud também indicam crescimento superior a 50% do mercado de Cloud Pública no país: o uso de ferramentas móveis chegará a 1/3 dos funcionários de empresas médias e grandes. A previsão de mais de 130 milhões de “coisas” conectadas no Brasil e, aproximadamente, metade da América Latina, leva a Internet das Coisas a um grau maior de visibilidade. Em relação a 3ª plataforma, o estudo prevê que “Application Development” e “Deployment” seguirão acelerados neste ano, chegando a US$ 1.344 milhões. Por fim, Analytics e Business Intelligence devem atingir US$ 788 milhões em 2015.
Porém, somente alguns destes temas já entraram de forma definitiva no orçamento das empresas brasileiras. Mobilidade é sem dúvida o grande destaque do ano e aparece em primeiro lugar como alvo dos investimentos dos CIOs em 2015. Segundo a pesquisa “Antes da TI, a Estratégia”, realizada pela IT Mídia com CIOs das mil maiores empresas do Brasil, 59,5% dos entrevistados indicaram esse item como prioritário dentro de suas empresas. Em seguida, foi citada a segurança da informação, com 55,7% dos respondentes, e na sequência, sistemas de gestão empresarial, com 51,4%.
Este ano os assuntos mais discutidos que tenho lido têm sido redução de custos, aumento de produtividade (melhoria da gestão) e inovação. Para tanto, é preciso não somente ter informação ou saber onde ela está, mas principalmente saber extrair, analisar e gerenciar as informações corretas que vão efetivamente apoiar a tomada de decisão nas empresas. Nesse sentido, o ERP ganha espaço especial este ano. Vejam que sistemas de gestão empresarial foi citado por 51,4% dos CIOs entrevistados pela pesquisa da IT Mídia como item prioritário.
Recentemente, li um artigo muito interessante publicado por Orlando Oda no site CIO sobre os principais atributos ou benefícios que as empresas buscam em ERPs. O autor afirma que são esperados principalmente reduções de mão de obra, custos, estoques e prazos. “Existem também benefícios não mensuráveis tais como diminuição de erros que evitam multas, aumento do nível de satisfação interna e dos clientes etc. Agilidade e rapidez no atendimento são exigências naturais do mercado, portanto, o ERP deixou de ser uma necessidade operacional. No cenário atual, o sistema é uma ferramenta indispensável para assegurar o sucesso empresarial. É preciso considerar a implantação do ERP como um investimento necessário para o crescimento da empresa e não apenas como uma despesa para atender as demandas operacionais”.
Algumas pessoas me questionam como podemos apontar oportunidades no mercado TI se muitas empresas estão sofrendo com a perda de clientes. Marcelo Sinhorini, diretor-executivo e co-founder do Portal ERP disse num artigo chamado O Mercado de Software ERP vai muito bem, obrigado quea eventual perda de cliente é um fator ambiental interno e não de mercado. “As empresas perdem clientes em tempos de crise e fora dele, isto não muda. A perda de um cliente é acusada pela empresa que o perde, porém ele vai para o concorrente, comprando novas licenças e serviços de implantação, ou seja, fazendo o mercado girar”. Não é à toa que o mercado de software no ano passado mostrou excelentes resultados, comparando com demais setores da economia. Dificuldades e desafios com certeza estamos e vamos continuar enfrentando, não só neste ano. Mas como diz o Marcelo, 2014 mostrou que os desafios podem ser superados com muito trabalho e, principalmente, inteligência. As empresas sabem que precisam investir em tecnologia, especialmente para melhorar a gestão. E isso não é de hoje. Problemas de gestão prejudicam os resultados e competitividade. E, em tempos difíceis, nenhuma empresa pode se dar ao luxo de perder dinheiro.

(*) É analista de Inteligência de Mercado na Senior, empresareferência nacional em sistemas para gestão.

Produtos fogem do “pretinho básico” e despertamo interesse dos consumidores

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e-Duk Kids – desenvolvido especialmente para as crianças, o aparelho tem diversos jogos e conteúdos educativos que ajudam a desenvolver a memória, o raciocínio lógico e o neuropsicomotor (capacidade de realizar várias funções cognitivas e motoras de forma progressiva) em um ambiente seguro com todas as funcionalidades de um tablet de última geração.
Android 4.1, processador 1GHz, suporte a modem 3G e tela capacitiva de alta sensibilidade são algumas características técnicas. Preço sugerido: R$ 329,90.

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X-Pro Dual Pink – perfeito para quem busca um aparelho com toque feminino. O gadget roda com sistema operacional Android 4.4 KitKat, já vem embarcado com McAfee Security da Intel (antivírus e anti-malware) e usa processador Intel Atom, garantindo maior velocidade e segurança durante a execução de várias tarefas simultâneas.
Tem duas câmeras, 1GB de memória RAM, 8GB de memória interna e tela capacitiva de 7 polegadas. O acesso à internet é feito via Wi-Fi (IEEE802.11b/g/n), com velocidade de até 300Mbps. Preço sugerido: R$ 329,90.

ERP x EAM: parceirosou concorrentes nagestão de ativos?

Lisandro Sciutto (*)

A gestão de ativos é cada vez mais reconhecida como uma metodologia adotada pelo uso crescente de tecnologias, o que pode impulsionar a produtividade de uma organização, reduzir custos, o desperdício de energia, além de incentivar a adoção de melhores práticas de negócios

Há duas principais rotas de abordagem de gestão de ativos físicos: a utilização do software de planejamento de recursos empresariais (ERP) ou do software de gestão de ativos e manutenção (EAM).

Os sistemas ERP oferecem uma abordagem consolidada em grande escala para rastreamento de processos relacionados aos ativos de uma organização, enquanto os sistemas EAM fornecem as opções mais recomendadas, com mais funcionalidades para monitorar, reagir e prever o desempenho de ativos mais precisamente durante seu ciclo de vida. Em conjunto, podem ajudar as organizações a aumentar o desempenho e atender seus objetivos estratégicos.

ERP x EAM
O software ERP permite com que uma organização utilize um sistema de aplicativos ou módulos integrados para gerir suas atividades, e foi projetado para combinar todas as atividades de uma empresa em um único banco de dados, eliminando tecnologias incompatíveis e duplicadas.

O EAM, também conhecido como sistemas computadorizados de gerenciamento de manutenção (CMMS), é um termo utilizado para descrever um software projetado especificamente para melhorar o desempenho de ativos, aumentar a vida útil e reduzir os custos, através de ativos físicos de uma organização, principalmente estruturas e equipamentos.

Em um primeiro momento, escolher um sistema ERP para gerenciar ativos físicos parece ser uma excelente opção. Neste cenário existe apenas um sistema de software para suporte, que além de ser atraente para o CIO, permite com que as finanças fiquem todas em um só lugar.

Mas ao mesmo tempo em que o ERP é excelente para finanças, fabricação, cadeia de suprimentos e aplicações CRM, entre outros, estender esses recursos para áreas, como a de gestão de ativos pode acabar em decepção. Em muitos casos, um sistema ERP oferece menos funcionalidades e é mais difícil de usar na gestão de ativos.

Por outro lado, o EAM é projetado especificamente para suportar ativos e oferecer mais compreensão do que melhoria no desempenho operacional. No entanto, historicamente, o custo e a complexidade da integração de um sistema EAM com um sistema ERP demonstram ser proibitivos.

Apesar disso, as organizações estão começando a perceber que a abordagem one-stop shop ERP pode ser uma visão estreita e que é impossível um sistema de software atender de forma otimizada as necessidades de toda a organização. É fundamental que as funções críticas como a gestão de ativos obtenham as ferramentas que necessitam, enquanto o setor de finanças e TI alcançam a consolidação e a simplicidade do sistema que necessitam.

Exemplo prático: Delek Refining
A Delek Refining, uma divisão da Delek US Holdings, opera duas refinarias de petróleo com capacidade de produção de mais de 140 mil barris por dia. A Delek esteve recentemente envolvida em um processo de seleção e avaliação de software de gestão de ativos abrangente conduzido pela Stratum Consulting Partners, uma empresa de serviços de consultoria e tecnologia.
Eles compararam as melhores opções de sistemas EAM aos módulos do sistema ERP com foco na funcionalidade e facilidade e eficiência de uso. As principais áreas avaliadas incluíram o sistema de navegação, gestão de ativos, gerenciamento de trabalho, planejamento e programação, confiabilidade de ativos, coordenação de interrupção, acompanhamento de projetos de capital, gerenciamento de estoque, compras, gestão de fornecedores, contas a pagar e relatórios.

Em uma escala de 200 pontos possíveis, a avaliação mostrou as seguintes pontuações:
A Delek escolheu um sistema EAM em vez de um sistema ERP para gerenciar seus ativos. Frank Simmons, Vice Presidente de melhores práticas da Delek Refining explica, “a gestão de ativos é prioridade para nós. Confiamos em nossos ativos para ter sucesso. Portanto, queremos o melhor quando se trata de ferramentas de tecnologia que possam ajudar a alcançar nossas metas. Ferramentas que oferecem várias funcionalidades, fáceis de usar e de fácil integração e que não sejam muito dispendiosas para o processo. O Sistema EAM atendeu a este critério e foi a melhor escolha para nós”. Ou seja, o sistema EAM é mais indicado para organizações interessadas em melhorar o desempenho através de uma abordagem mais focada na gestão de ativos.

O todo é maior do que a soma das suas partes: Integração dos sistemas ERP e EAM
Em primeiro lugar e acima de tudo, é complicado. Os sistemas ERP normalmente gerenciam as finanças de uma organização. Ao utilizar um sistema EAM, parte das finanças, aquelas relacionadas às atividades de gestão de ativos, por exemplo, compra de MRO (Manutenção, reparos e operações) são monitoradas e controladas pelo sistema EAM. Para garantir que os custos sejam alocados corretamente no plano de contas e os fabricantes sejam pagos, as informações de custo devem ser passadas para o sistema ERP. Os dois sistemas devem estar integrados. É onde encontramos o problema. As integrações dos sistemas EAM e ERP são historicamente complexas e caras. Diferentes tipos de bancos de dados, estruturas de tabela, problemas de atualização e restrições do sistema geraram custos e dores de cabeça para deixar os sistemas EAM e ERP em sincronia e comunicação. Definir onde os processos de negócios serão executados, é um fator chave para o sucesso da integração. Se negligenciado, pode resultar em uma experiência de integração longa, cara e dolorosa. Em última análise, as organizações precisam de custos para estar no nível dos ativos. Saber o que a empresa gasta para operar e manter os ativos, ajuda na tomada de decisões de negócios de forma mais informada e instruída. Desta forma, os meios mais eficientes e eficazes de capturar os custos do ciclo de vida de ativos é a realização da gestão do trabalho (ou seja, manutenção e engenharia), gestão de materiais MRO e compra em um único sistema. Estas são funções integradas e deveriam ter um único sistema para as suas atividades, de preferência o sistema EAM.

Dois sistemas: O valor do todo é maior do que suas partes
As organizações necessitam que os sistemas EAM e ERP trabalhem juntos a fim de atender plenamente os seus planos estratégicos. Ambos os sistemas ERP e EAM têm propósitos distintos, específicos e de valor agregado. Os sistemas EAM geram um trabalho melhor de gestão de ativos físicos. Os sistemas ERP são melhores em gestão de ativos financeiros. Ao unir os dois sistemas em uma estratégia de integração eficaz apoiada por outros softwares, eles podem se concentrar no que sabem fazer de melhor. Os sistemas EAM e ERP são parceiros e não concorrentes, no esforço contínuo para ajudar as organizações a reduzir custos, atender as demandas regulatórias e aumentar o desempenho.

(*) É diretor sênior de produtospara Infor LATAM