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Tecnologia 29/03/2018

em Tecnologia
quarta-feira, 28 de março de 2018
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Como escolher uma consultoria de Outplacement?

A recolocação de altos executivos é cheia de desafios. Por ocuparem cargos de confiança, com bons salários e muita experiência profissional, fica mais difícil conseguir uma nova oportunidade à mesma altura

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Fernanda Andrade (*)

Somado a isso, existe o fato de que muitas dessas vagas de alto escalão não chegam a ser anunciadas. Assim, entrar em contato com as oportunidades se torna uma tarefa complexa, que demanda certa assistência. Uma possibilidade de auxílio vem através das assessorias de carreira, por meio do Outplacement.

Esse serviço, que pode ser contratado pelo próprio executivo, irá ajudá-lo desde a preparação do currículo até a entrevista, sendo este serviço uma assessoria constante. A assessoria proporciona ainda uma verdadeira reflexão sobre a carreira e os rumos que o profissional deve tomar. No entanto, quem pretende contratar o serviço precisa tomar alguns cuidados e levar certas questões em consideração. Abaixo, algumas dicas.

Cuidado com os milagres: Infelizmente, muitas empresas entram em contato com executivos desempregados oferecendo vagas que não existem. Seu intuito é atraí-los para vender a assessoria de Outplacement. Isso fere a idoneidade da empresa e da profissão, sendo uma prática vergonhosa. A oferta de recolocação surge como resultado do trabalho e não como uma proposta para ele.

Desconfie de promessas: Um especialista em Outplacement não pode prometer um determinado número de entrevistas e recolocação. Não há como dar garantias. O trabalho é uma assessoria e desenvolvimento de estratégias e possibilidades, e o importante é perceber se o profissional está mesmo dedicado e empenhado para ajudar o executivo a se recolocar. É preciso avaliar se ele tem um bom histórico profissional e se é experiente o bastante para encarar essa tarefa.

Vá para a reunião preparado: É importante saber como funcionam as assessorias de carreira. Além disso, vale analisar os profissionais que trabalharão com você. O LinkedIn pode ser uma boa ferramenta para isso. Ali você terá uma boa noção da senioridade do time. O Outplacement é um processo em conjunto, e é papel do executivo estar por dentro, inclusive de quem o assessora. É preciso saber como funciona o processo e conhecer a idoneidade da empresa.

Avalie seu momento: Muitas vezes, não se sabe como funciona um trabalho de Outplacement, e estudando-o é possível saber se essa é mesmo uma solução para o que você precisa nesse momento. É preciso entender bem em que ponto está sua carreira, e se é essa a melhor alternativa. Veja se a proposta do serviço condiz com suas ambições atuais. Talvez um trabalho de Assessment ou de Coaching podem ser melhores escolhas para o executivo. É um momento de repensar a carreira e, de repente, seguir em outra direção.

Sinta-se acolhido: É comum o executivo entrar em um processo de cobrança muito grande por ter sido desligado de sua empresa anterior. Sendo assim, é importante que a equipe de Outplacement consiga acolher esse profissional e evidenciar seus pontos fortes e trabalhar os gaps. Ele precisa sentir que tem um time trabalhando por ele e com ele.

Personalização: Uma consultoria precisa ser personalizada. Não existe um número certo de reuniões com a equipe, por exemplo. Isso depende de cada caso, de cada cliente, da necessidade e desejo do mesmo. É preciso estudar as possibilidades, já que esse não é um processo que permite esse tipo de padronização do comportamento. O mercado e as carreiras se encontram em momentos únicos, e é preciso que a empresa esteja pronta para adequar o processo de assessoria do cliente. Além disso, é preciso que haja feedbacks que mostrem a evolução dos esforços da equipe.

Atendimento: O cliente busca acolhimento, o momento é frágil, e o assessor de carreira precisa estar ali por ele. Quando um profissional atende vários executivos ao mesmo tempo, isso se torna inviável. Se a empresa possui muitos clientes, ela precisa que sua equipe acompanhe os números. Não que seja necessário um assessor por cliente, mas vale a pena verificar se a quantidade deles sob a responsabilidade de um mesmo assessor não torna o trabalho inviável.

Por fim, quando o trabalho é bem feito, ele é reconhecido até mesmo por aqueles que não conseguiram se recolocar. Nessa hora, sabe-se que todo o possível foi feito. Além disso, é praxe no mercado que se pague apenas metade do valor da assessoria em caso de não recolocação de pessoa física. Buscar recomendações, ou mesmo depoimentos, pode ser um meio interessante de ter garantias reais de um bom serviço de Outplacement.

(*) É Gerente de Hunting e Outplacement da NVH – Human Intelligence.

Sua empresa está preparada para a inovação?

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A tecnologia move o mundo e a inovação o transforma. As distâncias físicas têm encolhido e agora as empresas podem escolher soluções que auxiliam as empresas em seu processo produtivo. Eu vejo tudo isso como uma mudança de paradigma na qual as pessoas passam a trabalhar em atividades mais criativas e estratégicas.
Isso aconteceu no início do século XVIII com a primeira revolução industrial e está acontecendo agora na quarta revolução industrial. A evolução do mercado pede um novo perfil de profissional, por isso é importante que as empresas parem de lutar contra as novidades e se adaptem para não perder negócios.
Às vezes é necessário repensar se vale a pena contratar a tecnologia mais falada e comentada para depois esquecer que a contratou, não atualiza-la. Dessa forma, tanto a empresa quanto a tecnologia se tornam obsoletas. Para garantir o sucesso da organização é necessário considerar dois pontos importantes. O primeiro deles está ligado à qualidade e ao aperfeiçoamento da tecnologia contratada.
É preciso pensar na valorização da corporação para então contratar serviços condizentes com a sua necessidade. Além disso, a implementação deve ser compartilhada e inserida em todos os setores da empresa, sem distinção. Pois para que a tecnologia implementada seja efetiva é preciso que haja integração de todo o ecossistema. E todos eles precisam ter uma boa manutenção.
Um segundo ponto a ser pensado é a cultura organizacional e a criação de valor para seus clientes, funcionários e colaboradores. Se a empresa quer ser vista como moderna, ela precisa mudar conceitos enraizados e estabelecer uma nova metodologia e processos de trabalho.

Vejamos alguns exemplos:
1 – Os bancos passaram a ter o autoatendimento por meio de terminais, apps e portais on-line. Hoje em dia são poucas as pessoas que vão ao banco realizar tarefas básicas;
2 – Os call centers (o famoso telemarketing) ganharam mais comodidade na relação com o cliente, evitando longas chamadas e o deslocamento de clientes por meio dos chatbots e mídias sociais;
3 – Grandes empresas nacionais e multinacionais segmentaram alguns setores dentro de coworkings e até dotaram o home office como alternativa. Diante dessa mudança, passaram a realizar reuniões em salas de videoconferência, evitando o custo e o tempo de locomoção das pessoas.

Viram como uma ação de tecnologia gera uma reação nos processos internos?
Se eu quero otimizar um serviço pela Internet, preciso quebrar as barreiras do preconceito cibernético e contratar um serviço de nuvem para compartilhamento de informações. Se a intenção é aumentar a produtividade, basta investir em machine learning, Big Data e IoT.
No caso de auxilio estratégico no mercado e crescimento no desenvolvimento de produtos e serviços, a empresa precisa ser mais flexível com regras para assim poder estimular a criatividade e evitar desgastes emocionais ou até mesmo o stress do tempo de locomoção.
Dessa forma, a tecnologia não só transforma o ambiente, como também permite a colaboração entre as pessoas e incentiva a criatividade. Com tudo isso somado podemos perceber que estas mudanças auxiliam na diminuição dos custos, na aceleração das tarefas cotidianas, no aumento da produtividade e ainda atua no desenvolvimento de produtos e serviços, sem substituir o homem.
Por isso, a pergunta que eu faço no título deste artigo é para saber se a sua empresa está preparada para enfrentar tantas mudanças. Está?

(Fonte: Hans Jörg Ulmer – CEO da Absolut Technologies, uma das principais empresas provedoras globais de soluções em áudio e vídeo (AV), especializada em Soluções de tecnologia de Colaboração, Integração e Serviços gerenciados).

Por que os brasileiros continuam caindo em golpes na Internet?

Bruno Prado (*)

Ano após ano as instituições financeiras investem bilhões na segurança digital para garantir a integridade das suas informações bem como a dos seus clientes

Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), as organizações bancárias têm investido cerca de R$ 20 bilhões ao ano para o reforço de suas infraestruturas digitais, buscando reduzir o número de ataques e garantir a segurança durante a autenticação dos clientes.
Apesar de todos os esforços, os crimes virtuais ainda preocupam – e muito – as entidades e a população. Apenas em 2017 foram cerca de 62 milhões de brasileiros vítimas de cibercrimes, representando 61% de toda a população adulta conectada do país; os prejuízos totalizaram US$ 22 bilhões. Os dados são da Norton Cyber Security Insights Report.
Dentre os tipos de fraudes, uma das mais comuns é o vazamento de dados de cartões de crédito. Em um levantamento da UPX Technologies, até meados de março deste ano foram registrados 77.300 casos ocorridos nas principais instituições financeiras do País, tanto privadas quanto públicas. Ou seja, foram provavelmente quase 80 mil pessoas físicas ou jurídicas financeiramente lesadas, em um mercado que pode sofrer danos ainda maiores, diante do amplo espectro de oportunidades para os criminosos. Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs), cerca de 50 milhões de cartões são emitidos por mês, totalizando 600 milhões ao ano com uma movimentação superior a R$ 1 trilhão.
Mesmo com as altas cifras investidas, os cibercriminosos ainda conseguem burlar os sistemas, gerando prejuízo para o cliente ou para a instituição, que precisa ressarcir o consumidor em casos de golpes comprovados.
Para isso, além do investimento, as empresas desse segmento devem priorizar ainda mais a segurança e a idoneidade dos dados de seus clientes, entendendo que dessa maneira os ataques cibernéticos serão menos eficazes e de menor alcance. Já os usuários, por sua vez, precisam definitivamente da conscientização sobre as boas práticas de navegação. A orientação em torno dos riscos da Internet é um grande passo para a prevenção de fraudes.
Hoje, um dos principais pontos de vazamento de informações de cartões de crédito é falta de investimento em segurança por parte de pequenas e médias lojas virtuais, que não tomam o devido cuidado na gestão das informações dos clientes. Essas vulnerabilidades tornam os estabelecimentos grandes alvos dos criminosos, já que são caminhos fáceis para a interceptação de cartões com dados completos, como nome, CPF, endereço, data de nascimento, entre outros. Há, ainda, campanhas de phishing, por e-mails que simulam ofertas em lojas conhecidas.
O discernimento do consumidor nessa hora é fundamental para identificar a falta de certificados de segurança ou do uso de intermediadores de pagamento confiáveis para realizar as transações nas lojas virtuais e para a manutenção dos dados para próximas compras. A consciência é importante também no momento de identificar um e-mail falso, que geralmente traz erros gramaticais e levam para links suspeitos.
Além dos pontos de atenção, é essencial a utilização de softwares de proteção e anti-vírus para que seus dados não sejam roubados por terceiros, além de contar com senhas seguras e que sejam diferentes para cada perfil – contas bancárias, e-mails ou redes sociais.
Dessa maneira, a sociedade terá um ambiente mais seguro no âmbito digital, priorizando os usuários que buscam na tecnologia benefícios e facilidades para suas atividades cotidianas e querem, por consequência, menos riscos e dificuldades.

(*) É CEO da UPX Technologies, empresa especialista em performance e segurança digital – www.upx.com.