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Tecnologia 15/09/2017

em Tecnologia
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
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Como acelerar projetos de Inteligência de Dados

A adoção da filosofia “ágil” associada a componentes reutilizáveis gera economias de até 65% em projetos de Big Data

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Maurício Carvalho (*)

Migrar da arquitetura fragmentada de dados departamentais para o modelo de repositório unificado é uma condição primária para que as empresas possam efetivamente implementar a inteligência de negócios. Esta migração, por sua vez, soluciona velhos gargalos do ambiente de dados, como a excessiva dependência de pessoas ou de processos artesanais, bem como a falta de governança e a baixa produtividade na geração de insights competitivos.

Entretanto, este passo fundamental em direção à centralização dos dados – cujo paradigma mais maduro do mercado é, sem dúvida, o modelo de Data Warehouse (DW) – enfrenta grandes desafios. Entre eles, os custos pesados de projeto, a exigência de alta massa crítica na fase de preparação e a grande dificuldade de definição prévia de um ROI, uma vez que o valor da informação a ser usada no DW só irá ser realmente conhecido após a prévia padronização e harmonização dos dados. E isto, por si só, já apresenta um custo considerável e muito difícil de mensurar no médio prazo.

À parte isto, um típico projeto de DW tem por objetivo a consolidação de massas de dados alimentadas via silos departamentais e previamente organizadas a partir de parâmetros relativamente estáveis.

Uma característica que se transforma em complicador, quando levamos em conta o atual cenário de dados massivos e velozes. Dados difíceis de domar, provenientes de múltiplos canais, e nos quais, presumivelmente, há enormes potenciais de informação para uso na inteligência de negócios em sua função primordial de maximizar as receitas e amplificar a produtividade.

É nesse novo contexto que desponta como solução o emprego de um modelo de estruturação de dados voltado para a rápida consolidação de um repositório central, mas sem os altos custos e prazos exigidos pela intensa preparação e minuciosa seleção dos dados heterogêneos que normalmente precedem a implantação do DW.

Em sintonia com a cultura de desenvolvimento ágil e com as novas exigências de time to market impostas pelo alto dinamismo dos negócios (agora cada vez mais atrelados ao fluxo vivo de dados), esse modelo tem sido designado genericamente no mercado como “plataforma modular de aceleração de projetos de estruturação das informações de negócio”.

Tal plataforma se consolida sobre uma série de pilares que cobrem todas as fases de um projeto consistente de integração de dados. Quais sejam: a de fase de ideação, o planejamento, o desenvolvimento & homologação, a operação propriamente dita e a análise de resultados por parte dos cientistas da informação em conjunto com as áreas de negócios.

Entre os pilares do modelo destaca-se a adoção do paradigma de Data Lakes (DL) como a nova alternativa de repositório, esta sim, em consonância perfeita com a chamada cultura “agile”, uma vez que permite a agregação imediata de dados brutos (não estruturados) para a sua exploração de forma muito mais rápida, em comparação com a criação de um DW tradicional.

É claro que, em algum ponto, a implantação do DW, até mais que uma exigência, passará a ser consequência do nível de maturidade de dados alcançada ao longo do próprio processo de exploração dos dados baseada no uso dos Data Lakes.

Os Data Lakes, cabe lembrar, se diferenciam do DW por não exigirem a limpeza e seleção minuciosa dos dados na fase de alimentação do repositório central, o que faz com que sejam perfeitos para colher dados, não só departamentais, mas também nas correntes de streaming de informação pulsantes que compõem o ambiente Big Data.

Com vistas à constituição de Data Lakes efetivamente produtivos, a estratégia aqui defendida deve oferecer as condições para a instauração e operação de um modelo de desenvolvimento baseado na atuação de células “Sprint”. Estas células são, em resumo, pequenos comitês estratégicos que irão definir o ciclo de integração e exploração dos dados com vistas aos objetivos de negócios.

Em conjunção com essas duas premissas, começa a ser empregado pelas empresas mais “ágeis” o conceito de “aceleração de projetos”, a que me referi ainda há pouco, e cujo caso de aplicação mais conhecido no Brasil foi apresentado pela Webmotors (que usou a plataforma 4Insights) no último congresso Gartner Summit Data & Analytics 2017, que ocorreu em junho último.

O modelo empregado na Webmotors dispõe das condições ideais para a atuação das células Sprint e aplica uma interface gráfica intuitiva, na qual é possível desenhar o modelo de dados analíticos e contemplar estes dados no aspecto multidimensional, de forma automática, gerando códigos e interagindo em todas as fases na construção e evolução de um DW/Data Lake.

Em outras palavras, o que temos aí é a capacidade prática de se conectar as funcionalidades analíticas diretamente na camada de dados. Ou seja, redundando na eliminação de grandes e difíceis gargalos que, normalmente, são encontrados no processo de ingestão de dados.

Um salto seguro e controlado que realiza, sem intervalos estanques, todas as tarefas de integração antes seccionadas em etapas, tais como aquisição, transferência e carga para a produção de DW/Data Lake.

Esta estrutura possui também um painel e repositório de data quality, através do qual os dados são dinamicamente validados, com base em regras e modelos construídos ao longo do processo de produção. E sendo que dados rejeitados são direcionados naturalmente para uma área de correção, de modo a acelerar o processo de qualidade e homologação, bem como para tornar a ingestão de dados tão veloz quanto o próprio fluxo atual de dados de negócios.

Empresas de vários nichos de negócios vêm adotando o modelo de plataforma de aceleração, da qual apenas alguns aspectos foram aqui apresentados. Em média, estas empresas reportam economias da ordem de 65% no binômio tempo/recursos, e a maioria conseguiu reduzir para poucas semanas alguns processos de integração que poderiam levar meses.

Em sua apresentação no Gartner, a equipe da Webmotors mostrou de que forma o emprego da metodologia Sprint, associada aos DW/Data Lakes e aos componentes de integração pré-formatados, permitiram a criação e ativação de uma estrutura de Big Data em apenas quatro semanas e com grande economia de custos.

Mostrou também de que maneira o emprego de inteligência analítica sobre dados não estruturados (e, em grande parte, sobre logs de conexões de clientes) ajudou o time de TI a criar uma fantástica fonte de novas receitas provenientes da análise de vínculos.

E de como tais análises de vínculos se transformam em insights de negócios, tanto para aferir e melhorar a jornada do cliente em sua estrutura de e-commerce, quanto para clientes da Webmotors em suas estratégias de vendas, crosselling, upselling e posicionamento de portfolio.

(*) É diretor de Alianças da Plataforma 4Insights – Email: [email protected]

3 dicas de Instagram Stories para negócios

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Hoje vamos falar sobre algumas funções do Instagram Stories e como elas podem contribuir para o seu negócio. Se você é empreendedor (a) e tem o propósito de fazer com que sua empresa agregue valor na vida de outras pessoas, tenho certeza que vai gostar dessas dicas. Com elas, você poderá atrair mais visibilidade para sua página e atuar de forma mais profissional.

Confira:
1. Entretenha seu público pelo Stories
Na parte superior da tela inicial do seu instagram, é possível visualizar os Stories (ou histórias), que é uma ferramenta usada pelos usuários para postar fotos ou vídeos de 15 segundos. Semelhante ao Snapchat, os posts ficam no ar por apenas 24 horas. Apesar da escassez do tempo, as pessoas costumam acompanhar esses posts, que podem trazer dicas, sugestões, registrar momentos. Logo, você pode se valer dessa ferramenta para educar ou inspirar esse público.

2. Use Hashtags e localização nos posts do Stories
Você pode colocar em sua foto do stories várias hashtags relacionadas ao seu trabalho. Para saber se elas estão funcionando, basta verificar se estão sublinhadas. Você também tem a função de aumentar ou diminuir as hashtags dentro da sua imagem. Outra possibilidade é incluir localização no seu post. Acredite ou não, muitas pessoas procuram referências por meio de hashtags e localização. Dessa forma, usuários que nunca iriam te procurar, podem te achar por meio dos posts.

3. Utilize aplicativos para cortar vídeos longos
Uma das novidades para quem quer postar vídeos acima de 15 segundos no Stories, é o aplicativo Infinite Stories. Disponível apenas para versões de Iphone, o aplicativo é capaz de dividir um vídeo longo em várias partes de 15 segundos. Na página inicial do aplicativo, vá na opção “Open From Gallery” que abrirá sua galeria, selecione o vídeo desejado e salve a quantidades de partes (slaces) que quer cortar. Automaticamente, o aplicativo salvará em sua galeria o vídeo já cortado em várias partes de 15 segundos.

(Fonte: Ana Tex é empreendedora, palestrante e consultora em marketing digital com presença constante em grandes eventos do setor, ao lado dos principais especialistas da área).

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa: SVA não é qualquer coisa

Cristiane Sanches (*)

O mercado de serviços de valor adicionado (SVA) vive uma fase de turbulências e falhas de análise

Como em muitos outros assuntos tratados, inclusive, no âmbito legislativo, alguns esclarecimentos devem ser feitos sob pena de se “resolver um problema e gerar outros 10”.
A origem da discussão sobre o tratamento dos SVAs remonta ao crescimento das reclamações de usuários a respeito da cobrança desses serviços nas faturas das operadoras de telefonia móvel. Por um lado, verifica-se a necessidade da operadora em manter sua base de assinantes, buscando oferecer serviços de qualidade e que envolvam a experiência do usuário. Por outro lado, exige-se maior controle sobre tais ofertas e cobranças, em prol da transparência e em respeito aos direitos do consumidor.
Para que essa balança se equilibre, estamos diante de uma série de iniciativas paralelas que abordam o mesmo problema. E para que isso se ocorra de forma saudável, entendemos por bem ponderar alguns conceitos essenciais.
O MEF LATAM (capítulo latino-americano do Mobile Entertainment) já apresentou seu Código de Conduta que busca contemplar o uso adequado de promoções comerciais que envolvam SVAs, os requisitos mínimos de adesão a esses serviços nas diferentes plataformas de vendas das operadoras, as formas de cobranças e transparência no tratamento dos créditos, bem como as condutas adequadas para renovação e cancelamento dos serviços.
A Anatel, por usa vez, já se manifestou no sentido de fazer uso de uma política de fiscalização regulatória, especialmente no que tange à transparência da contratação desses serviços junto às operadoras móveis. Além disso, a Agência chama a atenção para o cuidado com a especificidade desses serviços, preferindo chamá-los de “serviços adicionais”, já que alguns nem são de valor adicionado propriamente dito (como a venda de um seguro ou a realização de um quiz). Trata-se, apenas, de serviços faturados no crédito pré-pago, ou seja, que usam a plataforma de faturamento das operadoras móveis para criar um modelo de negócios. Não são, tecnicamente, de valor adicionado, tal como descritos na LGT (Lei Geral de Telecomunicações).
Nesse ponto, já fica evidenciado o primeiro cuidado que deve ser feito: discutir cobrança, oferta e transparência de SVAs é discutir tais serviços adicionais, específicos do mercado de telefonia móvel e que não se confunde com o conceito do artigo 61 da LGT.
A problemática atual está na cobrança desses serviços adicionais dentro de uma mesma fatura da operadora de telefonia móvel.
Nesse sentido, correto está o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) na veiculação da campanha “Cadê meu crédito” para conscientização dos consumidores sobre cobranças indevidas de serviços de valor adicionado (SVAs) em telefonia celular.
Mas sua iniciativa tropeça quando avalia o problema e direciona o assunto para destacar a necessidade da Agência regular os SVAs, promovendo o que chama de “destravar a competência regulatória”.
Cumpre ressaltar que o próprio Idec promoveu o esclarecimento de que seu posicionamento “se refere especificamente aos SVAs da telefonia móvel, não ao serviço de provimento de acesso à Internet, que também é considerado como valor adicionado em telecomunicações.”
Assim, esclarecemos que a oferta de banda larga através do Serviço de Comunicação Multimídia e as políticas de expansão de rede dos provedores de acesso à internet não fazem parte dessa discussão.
Dessa forma, discutir transparência e condutas para cobrança conjunta de serviço adicional em fatura de operadora de telefonia móvel não guarda nenhuma relação com política regulatória no âmbito da LGT.
Em vista da correção e do alinhamento promovido pelo próprio Idec, entendemos que o papel da Agência e do Poder Legislativo Brasileiro seja no sentido de se garantir a transparência e o respeito ao consumidor e não se buscar obter uma alteração estrutural que importaria em verdadeiro prejuízo ao próprio consumidor e ao crescimento do mercado de soluções convergentes e integradas aos serviços de telecomunicações.
A preservação da estrutura de diferenciação entre SVAs e telecomunicações é fundamental para se garantir novos investimentos, tributação adequada e razoabilidade de preços ofertados no mercado. Alterar essa estrutura prevista na LGT seria devastador para a oferta da banda larga no Brasil. E absolutamente nefasto no que tange à tributação desses serviços.
Existem dois projetos de lei tramitando no Congresso Nacional referentes a SVAs no Serviço Móvel Pessoal. O PL 3.272/2015, de autoria do deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), modifica o artigo 3 da LGT para exigir uma série de informações nas mensagens de contratações de SVAs na modalidade de cobrança pré-paga. Já o PL 7.851/2017, de autoria do deputado André Figueiredo (PDT-CE), acrescenta novos serviços ao conceito de SVA, trata da transparência na cobrança de tais serviços e exige a elaboração por parte da Anatel de um código de conduta para a sua oferta, mantendo sua separação do serviço de telecomunicações. A ABRINT sugere que se adote a liberdade ao usuário do serviço móvel pessoal para permitir ou não a cobrança conjunta, na mesma fatura de telecomunicações, de serviços adicionais não correlatos, como um seguro ou um quiz.
A ABRINT entende que a política de fiscalização regulatória na nova linha de atuação da Anatel, bem como as iniciativas do MEF e a autoregulação promovida pelo mercado já são instrumentos mais do que suficientes para coibir abusos e garantir o respeito ao consumidor.
Dessa forma, reiteramos a importância da distinção do SVAs dos serviços de telecomunicações, em observância à regulação do setor e à diretriz da LGT. E que essas diferenças, que garantem a sustentabilidade do mercado, especialmente no caso da oferta de banda larga pelos provedores de acesso, sejam respeitadas.

(*) É diretoria Jurídica da ABRINT (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações). Advogada especialista em Telecomunicações, Cristiane é Mestre em Relações Internacionais pelo Unicamp e especialista em Direito Empresarial pela USP.