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Tecnologia 14/09/2016

em Tecnologia
terça-feira, 13 de setembro de 2016
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Customização em Massa: especialistas explicam o conceito para empresas e clientes

Adaptação de serviços e produtos para diferentes necessidades ganha adeptos entre companhias de tecnologia e inovação

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Adequar-se ao meio onde está inserido. Um mote antigo e simples que ainda norteia as empresas que querem fazer um trabalho de qualidade e relevância para seus clientes. No Brasil, a Customização em Massa (CM) – conceito de fornecer produtos e serviços que se adaptam às necessidades individuais de cada consumidor – está cada vez mais inserida em diferentes modelos de negócios.

Informação da Tecnologia
Especialista no mercado de impressão, a Reis Office enxergou na customização um nicho até então inexplorado de trabalho. Dentro dessa mentalidade, a empresa expandiu o portfólio de serviços e clientes – em 2015, foram R$ 120 milhões faturados, além de uma projeção de crescimento de 10% até o fim desse ano. Em plena crise econômica, enquanto muitos demitiam, a Reis Office aumentou em 15% o número de funcionários apostando na inovação em seu próprio mercado.

Um exemplo é a solução que faz a impressora reter as solicitações em um servidor e só libera a impressão quando o usuário for buscá-la, aproximando o crachá, digitando uma senha (pin) ou por meio de um reconhecimento biométrico. “Isso elimina a necessidade de os colaboradores buscarem as folhas impressas a cada solicitação, tornando o trabalho muito mais focado e prático, além de economizar tempo”, ressalta Rodrigo Reis, sócio e diretor de projetos da Reis Office.

Presente certo
Montar kits de flores e presentes perfeitos pela Internet, para serem entregues com hora marcada, parece impossível. Mas a Giuliana Flores – fundada em 1990 como uma banca de flores e que se tornou o maior e-commerce de flores e presentes do Brasil – trabalha incessantemente para desenvolver o melhor serviço a seus clientes ao oferecer, inclusive, as melhores sugestões para cada tipo de cliente baseadas no histórico de compra no site.

“Nosso serviço é inteiramente customizável para atender às necessidades dos nossos clientes. Além das mais de 10 mil opções de itens, que podem ser combinados e formar kits inteiramente originais, eles ainda podem agendar a entrega para qualquer hora, no mesmo dia em até três horas”, comenta Juliano Souza, diretor de marketing da Giuliana Flores.

Flexibilidade em cursos fora do Brasil
O sonho de estudar em uma universidade americana pode estar mais perto do que se imagina – ainda mais quando a própria instituição ajuda a viabiliza-lo. Na Full Sail University, universidade norte-americana reconhecida nas indústrias criativas e entretenimento digital, diferentemente do que muitos pensam, o ingresso nos cursos não se restringe ao início ou meados do ano letivo, já que existem turmas começando quase todos os meses do ano.

Para minimizar os temores dos estudantes estrangeiros com a fluência do idioma, a Full Sail criou um curso intensivo de inglês que pode durar até nove meses, dependendo do nível de proficiência do aluno. “Uma das maiores vantagens do nosso curso de inglês é que o aluno já inicia a vivência que terá em seu bacharelado ou mestrado na Universidade, aprendendo inclusive os termos técnicos usados na carreira que decidiu escolher”, comenta Marcos Tartuci, CEO da Full Sail no Brasil.
A instituição também valoriza o relacionamento com os alunos de forma vitalícia, oferecendo a possibilidade de atualizações dos cursos de graduação e pós-graduação realizados, sem custos adicionais, de acordo com alguns pré-requisitos.

Minha própria loja virtual
A variedade de serviços e infraestrutura sob medida para quem está abrindo ou quer extrair o máximo possível do seu e-commerce é o foco do Digital Commerce Group – DCG, que engloba quatro companhias: a EZ Commerce, que se concentra em lojas virtuais de pequeno e médio portes (PMEs), a CORE, plataforma para médias e grandes operações, a Octopus, que realiza gestão e inteligência para marketplaces, e Services, consultoria especializada em comércio eletrônico.

“Nossa missão é construir e adquirir tecnologia de ponta, com a operação de venda online que requer um conjunto de soluções e serviços para serem oferecidos de forma integrada e a um preço competitivo, de acordo com as necessidades do lojista”, afirma Henrique Mengue, CEO e diretor executivo do conselho do DCG.

Tudo digital
Toda empresa, independente do objetivo, pode ter seu negócio potencializado com a transformação digital. A Just, no mercado há oito anos, entrega estratégia, design e tecnologia para desenvolvimento de produtos digitais.

“Em alguns casos, precisamos construir soluções específicas para atender as necessidades de nossos clientes e usuários dos produtos que criamos, para isso mergulhamos de cabeça no negócio do cliente e falamos com clientes dos nossos clientes, para entregar o produto certo, no tempo certo, para as pessoas certas. Nesta fase de imersão envolvemos nosso time de desenvolvimento e de experiência do usuário, que juntos são capazes de entender o negócio e propor o melhor caminho a ser seguido”, ressalta Rafael Cichini, CEO da Just.

Quatro dicas para manter seu negócio rentável com a logística

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Manter o crescimento e a lucratividade é, sem dúvidas, uma das tarefas mais desafiadoras para empresários, em período de oscilações na economia. Os custos logísticos representam parte importante das despesas de muitas corporações e têm impacto relevante nos resultados financeiros. De acordo com o Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), os gastos com logística representam, em média, 7,6% da receita líquida das empresas, considerando custos com transporte, estoque e armazenagem.
Neste sentido, uma logística eficiente pode ser a porta de entrada para manter a sustentabilidade dos negócios, pois colabora com a redução de custos e o aumento do nível de serviço, cria eficiência e pode ajudar ainda atrair novos clientes. Com mais de 15 anos de atuação, a Intecom Logística é um dos principais players neste setor, sendo um importante parceiro para as companhias que demandam de transporte e armazenamento de cargas em todo o território nacional, de maneira eficiente e que buscam otimizar custos.
“A área logística de uma companhia precisa ser vista como parte integrante da estratégia e, muitas vezes, é responsável por estabelecer vantagem competitiva, gerando a conquista de novos clientes e aumento das vendas. Temos boas soluções para apoiar as empresas na redução de custos e melhoria de performance”, ressalta Rodrigo Boniaris, gerente comercial da Intecom Logística.
Segundo Boniaris, uma logística eficiente pode impactar de maneira positiva a rentabilidade de uma empresa, agregando valor ao negócio e ao cliente e, inclusive, maximizando os lucros. O nível de serviço prestado pela Intecom Logística, ou seja, a capacidade de entregar exatamente no momento acordado está em níveis superiores à média do mercado. “Em contrapartida, uma logística ineficiente é uma preocupação constante de muitos empresários e pode comprometer os negócios”, alerta Boniaris.
Quando empresas contam com gestores que sabem da importância desta área nos resultados finais, tendem a contratar parceiros com expertise na gestão de toda a cadeia logística, que avaliam e revisam os processos que envolvem a distribuição e armazenagem dos produtos, desde a saída da linha de produção até a entrega ao cliente final. “Desta forma, as empresas se concentram no seu core business, deixando o trabalho da inteligência logística para um fornecedor qualificado”, explica o gerente comercial.
Confira maneiras de utilizar a logística para obter melhores resultados, segundo Boniaris:

1 – Entenda os custos de cada etapa
Os custos logísticos são uma preocupação recorrente de muitos gestores empresariais. Por isso, o primeiro passo para alcançar a eficiência e ganho de performance está associado a compreender e identificar qual é o gasto que cada uma das etapas do ciclo logístico gera para a companhia. Em armazenagem e distribuição, alguns fatores, como produtos parados em estoque por muito tempo e transporte sem planejamento, originam custos desnecessários.

2 – Revise os processos e reduza despesas da cadeia logística
Ao entender o valor financeiro de cada etapa, chegou o momento de revisar os processos e aperfeiçoá-los ou acabar com aqueles que são considerados ineficientes. Neste sentido, é necessário analisar a necessidade das despesas considerando as particularidades da operação. Compreendendo este contexto, pode ser elaborado um planejamento mais assertivo, visando melhores resultados.

3 – Tenha um elevado nível de serviço e conquiste novos clientes
Atuar com um nível de serviço logístico acima da média, oferecendo pontualidade na entrega da carga, representa, sem dúvidas, um diferencial competitivo. É preciso verificar quais são as etapas que geram ineficiência ao processo como um todo e precisam de solução. Busque sempre oportunidades de automatizar processos.

4 – Alcance melhores resultados
Com a prática de uma gestão logística eficiente e do melhor desempenho envolvendo toda a cadeia, o resultado seguramente será o aumento do nível de serviço, a otimização dos custos e o alcance da rentabilidade. Consequentemente, o cliente final terá a percepção da melhoria da qualidade do serviço.

Internet das Coisas: um aliado na luta contra as perdas de insumos na saúde

Douglas Pesavento (*)

A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que 50% do total de vacinas produzidas em todo mundo são perdidas anualmente

Resolver esse problema não é tão simples, demanda tempo e discernimento para a escolha do melhor investimento a ser feito, especialmente porque não existe um único vilão nessa história e sim uma série de fatores, que juntos contribuem para esses indicadores tão alarmantes. As causas do desperdício são diversas, desde falhas de energia, falta de treinamento de profissionais da saúde, até refrigeradores inadequados abarrotados de vacinas. Sem falar da deficiência e escassez no monitoramento contínuo das temperaturas e condições nas quais esses insumos vitais são armazenados.
Embora não existam números consolidados relacionados às perdas no Brasil, a imprensa noticia com grande frequência ocorrências deste tipo, especialmente na rede pública de saúde. A Prefeitura de São Paulo, recentemente, divulgou um relatório afirmando que mais 630 mil doses foram perdidas em 18 meses (entre 2014 e 2015), nos mais de 450 postos de saúde da cidade. No município de Florianópolis, algumas unidades de saúde tiveram uma média superior a seis alterações de temperatura no ano, ou seja, a cada dois meses as vacinas foram descartadas por falha de conservação. Os motivos reportados são os mesmos em ambos os casos: danos em equipamentos ou falhas nos sistemas de distribuição de energia elétrica. Diante disso, o primeiro pensamento que vem a cabeça é: se regiões mais desenvolvidas, incluindo a capital do estado mais rico do país, apresentam estes indicadores, como ficam as demais, especialmente localidades menos abastadas? Ademais, imagine o impacto disto para os cofres públicos.
O Brasil é um país onde houve uma enorme evolução no que tange à produção de vacinas, porém, ainda há muito para se avançar no que diz respeito à preservação desses insumos. Claro que estamos falando de um país de grandes dimensões, onde as temperaturas, em um mesmo período, podem ultrapassar os 40 graus no interior do estado do Tocantins ou serem negativas nas Serras Catarinenses – o que certamente dificulta a criação de um padrão de conservação. Porém, a tecnologia e o conceito de Internet das Coisas (IoT) e, sobretudo, o bom senso, podem ser cruciais nessa luta contra o desperdício.
É importante, antes de tudo, contextualizar, que existem dois tipos de perdas. A primeira delas, chamada de técnicas, ocorrem devido ao ciclo de vida das vacinas: frascos multidoses são abertos, mas como não há demanda acabam não sendo consumidos dentro do prazo de vencimento, ocasionando inevitavelmente o descarte. Já a segunda categoria, às das perdas físicas, está relacionada aos erros de manipulação e problemas com a rede de frio. E são exatamente essas perdas que com algumas medidas poderiam ser mitigadas.
A conservação adequada e o monitoramento de temperaturas, que muitas vezes ficam em segundo plano nos investimentos governamentais, são itens imprescindíveis dentro deste contexto. Uma pesquisa de amostragem realizada na região metropolitana de Fortaleza (CE) relacionou os elevados índices de desperdício aos desvios na temperatura. Parece irônico, mas, a grande maioria das perdas, foi por congelamento das vacinas, que deveriam ficar na faixa de 3ºC a 7ºC, deixando os últimos graus (2ºC e 8ºC) como a faixa limite para resolver eventuais problemas. E o que poucos têm noção é que o investimento necessário para um monitoramento 24 horas de temperaturas, por exemplo, não ultrapassa 1% dos valores correspondentes aos insumos armazenados em estoque, mas em contrapartida, permitem reduzir ou até mesmo eliminar o índice de perdas físicas, que chega a ser 5% deste mesmo total.
Infelizmente o cenário no armazenamento de vacinas é de precariedade. Geladeiras tradicionais ainda são amplamente utilizadas para essa finalidade, sendo que o controle térmico desses equipamentos não é nada preciso, sem falar que em muitos destes locais, como não existe se quer um único termômetro para medição, não há nenhuma anotação a respeito da situação de armazenamento. Isso é ainda mais contraditório pelo fato da Anvisa já ter recomendado a descontinuidade dessa aplicação e a substituição dos refrigeradores pelas câmaras de conservação. Desenvolvidas exatamente para isso, as câmaras possuem diversos sensores para fixar temperaturas exatas, representando um considerável avanço de estabilização térmica de produtos críticos para a saúde. Além disso, as mais modernas do mercado possuem painéis eletrônicos, que de forma simples e intuitiva para o usuário, permitem executar inúmeras funcionalidades capazes de aprimorar e facilitar as atividades e ainda estabelecer um controle técnico assertivo. No caso de falta de energia, a tecnologia das câmaras permite a manutenção da temperatura evitando a perda do material armazenado.
Além disso, hoje em dia é possível contar com tecnologias que monitoram minuto a minuto a temperatura e disparam alertas no momento certo, ou seja, quando a temperatura ultrapassar a mínima ou a máxima configurada pela equipe de saúde. São sistemas ou serviços simples que ajudam a monitorar as vacinas, a energia e também os equipamentos, em caso de falhas. Com o registo manual, por exemplo, não é possível ter a mínima ideia do que acontece dentro do centro, nos finais de semana e feriados. E parece que, são exatamente nestes dias, quando ninguém está olhando, que ocorrem os problemas. A vantagem é que, com o apoio da tecnologia, mesmo à distância, seja ou não dia de folga, consegue-se viabilizar um procedimento emergencial. Isso é possível, graças ao monitoramento contínuo e Internet das Coisas (IoT), que traz um panorama de cada câmara, 24 horas, todos os dias da semana, assegurando assim a confiabilidade do sistema e garantindo que os responsáveis sejam comunicados imediatamente após a identificação de algum problema.
Ao contrário do que muitos pensam, a saída para o desperdício que está ocorrendo não é a compra de novos lotes de vacinas. É claro, que em alguns momentos isso é necessário, mas se não tivermos a consciência dos cuidados que envolvem o armazenamento e direcionar os esforços para o correto armazenamento, nada adiantará. Investir em tecnologia assegura não só a integridade das vacinas, a economia de recursos, mas principalmente a vida de milhões de pessoas. Em um cenário tão complexo e adverso direcionar recursos para monitoramento a distância é um bom caminho na redução das indesejáveis perdas de insumos.

(*) É CEO e Co-founder da Sensorweb, startup que desenvolve soluções em Internet das Coisas (IoT) para a Saúde e é responsável pela unidade de conectividade da FANEM.