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Tecnologia 13/08/2015

em Tecnologia
quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Novas tecnologias demandam agilidade extra. Você sabe como se manter competitivo?

Para quem deseja ser competitivo no segmento tecnológico, a velocidade de entrada no mercado é essencial

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Lisandro Sciutto (*)

Já não é nenhum segredo que as margens apertadas e níveis de estoque voláteis indicam que a produção precisa ser a mais eficiente possível, e por isso, os processos complexos precisam ser otimizados cada vez mais. Há pouco espaço para falhas de comunicação, falta de estoque, qualidade irregular ou atrasos na produção. Qualquer uma dessas contínuas pequenas falhas de produção pode ser desastrosa, fazendo com que um fabricante perca todo um ciclo ou perca um mercado para o “primeiro que chegar”.
Aqueles simples “palpites” não são mais suficientes para identificar as verdadeiras oportunidades. A análise de padrões cíclicos de mudanças, previsão de preferências do cliente e resposta ágil às constantes mudanças em inovação tecnológica podem ser difíceis. Mas existem ferramentas para auxiliar os fabricantes de produtos eletrônicos e de alta tecnologia a transformar estas informações vistas de modo caótico em um plano estruturado por lucratividade.
A tecnologia deve assumir uma função central na gestão deste desafio de inteligência de negócios e otimização de processos de modo misto. Soluções de TI integradas com análises inclusas de grande quantidade de dados criaram novas expectativas e redefiniram a função das soluções de software, convertendo empresas reativas em proativas.
De fato, fabricantes de produtos eletrônicos e de alta tecnologia com visão futurista que adotaram a tecnologia ERP estão entre os melhores na operação enxuta, criando novas normas operacionais e melhores práticas. Motivados por clientes exigentes e fortes pressões de mercado, o modo de sobrevivência tem impulsionado estas empresas a fazer mais, melhor, mais rápido, com mais inteligência e menos recursos (produção enxuta).
Elas estão definindo rapidamente novas normas de produção de fabricação, alterando as principais competências da fabricação. Empresas que não estão acompanhando à altura e incorporando novos conceitos de melhoria de processos correm o risco de serem eliminadas por fabricantes ágeis e agressivos em mercados emergentes. Uma maior agilidade pode ajudar os fabricantes a aproveitarem as tendências de curta duração e vencerem concorrentes no mercado, usando a mais recente inovação ou lançamento atualizado.
Tendo o software adequado, os fabricantes podem focar nas tendências com antecedência e projetar resultados no tempo. Funcionalidades ERP avançadas, incluindo gerenciamento de vida útil do produto (PLM) para agilizar novas introduções de produtos, e planejamento de operações e vendas (S&OP) para melhor gerenciar complexidade, podem auxiliar fabricantes com visão de futuro a transformar estes desafios em oportunidades para se sobressaírem e superarem a concorrência.
Mas como atender às demandas?
Para atender às demandas do cliente por velocidade, valor e novas introduções de produtos, é preciso fazer três melhorias fundamentais:

1. Otimizar a cadeia de fornecimento
Fabricantes modernos devem gerenciar suas cadeias de fornecimento com maior velocidade, escopo, agilidade, rastreabilidade e profundidade do que se poderia imaginar há uma década. Como a volatilidade econômica global exige maior flexibilidade geográfica e capacidade de gerenciar uma rede global de recursos, sua estratégia de cadeia de fornecimento deve incluir a capacidade de suporte a diversos idiomas, moedas e requisitos de conformidade, enquanto mantém visibilidade em uma ampla rede de fornecedores, prestadores de serviços e distribuidores. Como as questões de conformidade, responsabilidade e rastreabilidade trazem alto risco e preço elevados, é mais importante que nunca monitorar fornecedores e recursos de forma mais detalhada.
A única maneira de monitorar e gerenciar com eficiência uma rede tão complexa e manter a vigilância em programações e desempenho é por meio de soluções de fabricação. Você deve ser capaz de monitorar as condições de status atuais e, ainda, precisa antecipar situações e empreender ações preventivas para evitar potenciais entraves. Ao dominar a complexa tarefa de fornecimento de bens aos clientes com lucratividade, você pode expandir sua rede, mantendo um controle firme e obtendo visibilidade em detalhes críticos.

2. Otimizar recursos e estoque
Um depósito repleto de mercadorias não vendidas ou peças inutilizáveis é um investimento caro e arriscado para um fabricante. É essencial que você alcance um equilíbrio entre ter peças e produtos suficientes em estoque para satisfazer pedidos para curto prazo, mas não tanto que possa criar um consumo desnecessário no fluxo de caixa. Você pode obter esse equilíbrio aproveitando as soluções de estoque que ajudam a analisar, de modo rápido e preciso, o que você possui, prever o que será necessário, e fazê-lo de modo totalmente eficiente.
Uma solução de inteligência de negócios e gerenciamento de depósito pode fazer muito mais do que simplesmente auxiliar na previsão e demanda de produtos. Pode também contribuir com a compreensão do mix de produtos ideal e mostrar como a lucratividade de um produto se compara com a de outro, afim de manter um estoque sem ariscar a lucratividade.

3. Comprometer-se em controles de qualidade e excelência operacional
Os benefícios das iniciativas de qualidade dos fabricantes vão além de um interesse na redução de defeitos dos produtos, embora este seja um resultado altamente desejável. Um compromisso permanente com a qualidade possui um impacto positivo imediato na lucratividade, eficiência, fidelidade do cliente e uma gama de benefícios de desempenho inerentes.
A gestão de qualidade é particularmente importante em muitos segmentos de alta tecnologia, especialmente quanto à regularidade de funções (para especificações), alinhamento de peças de precisão e qualidade de desempenho digital ou elétrico de muitos itens eletrônicos. Controles de qualidade rígidos normalmente distinguem nomes de marca de imitações baratas.
Será preciso monitorar toda sua operação para garantir que todos os processos permaneçam coerentemente eficientes e confiáveis. Você precisa ainda fiscalizar obrigações contratuais com clientes, gerenciar garantias, adequar-se a legislações do segmento e atingir objetivos de resultados da fábrica.
Soluções de fabricação sofisticadas podem simplificar seus esforços de coleta, armazenamento e análise de dados, e tornar tais dados de fácil manipulação com ferramentas de inteligência de negócios inclusas. Adicionalmente, você pode ainda empregar soluções altamente flexíveis que permitem que as máquinas até mesmo conectem-se entre si. Esta abordagem abrange a telemática, conectividade M2M e a internet das coisas, que permitem que as máquinas usem sensores inteligentes para retransmitir informações de volta para o sistema de fabricação.

(*) É diretor sênior de produtos para a Infor LATAM.


Internet das Coisas e Varejo Móvel serão destaques do Fórum Mobile+

A 8ª edição do Forum Mobile+, realizado pela Converge Comunicações, terá um dia inteiro dedicado a debates sobre varejo móvel no Brasil e outro à Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês). O evento acontecerá nos dias 22 e 23 de setembro, no WTC Center, na cidade de São Paulo, e receberá executivos das áreas de TI, finanças e marketing de médias e grandes empresas, além de diretores de operadoras móveis, integradores e desenvolvedores de apps.
No primeiro dia os participantes poderão assistir palestras e painéis sobre Varejo Móvel. A abertura do Fórum, às 9 horas, terá como tema “O atual estágio do comércio nas Américas”. “Se bem utilizado, o celular pode ser uma ferramenta poderosa nas mãos dos varejistas para atrair consumidores para dentro das lojas. Ao mesmo tempo, vemos crescer cada vez mais a participação dos dispositivos móveis nas vendas do comércio eletrônico. Tudo isso será debatido no primeiro dia do congresso do Forum Mobile+”, comenta Fernando Paiva, editor do Mobile Time e um dos curadores do evento (http://convergecom.com.br/ portal/eventos/forum-mobile/).

Os desafios do emprego em um cenário de crise

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Atualmente o Brasil enfrenta uma das maiores crises econômicas já vivenciadas nas últimas décadas. E este cenário desfavorável, marcado pela alta das taxas de juros e o retorno do fantasma da inflação, impacta negativamente no mercado de trabalho, já que vários setores se veem obrigados a demitir, a fim de reduzirem despesas e se manterem vivos em meio a tantas dificuldades e competitividade.
E os números comprovam esse movimento nada promissor. Pesquisa do IBGE registrou uma elevação de 8,1% na taxa de desemprego no último trimestre deste ano, o equivalente a cerca de 8 milhões de cidadãos em busca de uma colocação. Além disso, uma comparação realizada pela plataforma do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), aponta que entre os meses de maio de 2014 e maio de 2015 houve, ao longo do período, uma redução de 593.375 empregos com carteira assinada, considerando todos os setores da nossa economia. Diante desta realidade, a questão é: como se manter ativo profissionalmente ou conquistar aquela vaga dos sonhos, se a oferta é pequena e a demanda de candidatos é cada vez maior?
Acredito que estar preparado para enfrentar os desafios do mercado de trabalho só é possível quando se está realmente capacitado para exercer uma função com excelência. Embora características pessoais pesem para o sucesso em um processo seletivo, dominar linguagens da informática e um segundo idioma, com ênfase ao inglês, já são habilidades que colocam o candidato em uma posição de destaque. Portanto, embora o momento seja de apertar o cinto, não economize com formação. Ela é um investimento imprescindível para que a crise possa ser transformada em oportunidade.
Enfim, meu caro amigo, se você almeja ter um futuro brilhante na área que atua, fique atento às opções de qualificação disponíveis. O sucesso profissional é reflexo do seu esforço e dedicação ao longo desta caminhada (Fonte: Rogério Gabriel, fundador e presidente do Grupo Prepara).

O poder do esquecimento e o poder do treinamento

Luiz Alexandre Castanha (*)

Você já ouviu falar sobre a ciência do esquecimento?

Talvez não, mas com certeza já percebeu como algumas informações que recebemos são esquecidas ou, até mesmo, tiradas da nossa mente em um curto período de tempo. Existem explicações científicas que nos ajudam a entender essa dinâmica do processamento de memórias e do esquecimento. Mas fato é que esquecer é algo muito natural para o nosso cérebro.
A verdade é que nós guardamos uma série de lembranças, acumuladas com as experiências da vida que vão desde as mais profundas, como memórias antigas, até as mais triviais, como um endereço que acabaram de nos passar. De acordo com a psicologia cognitiva, existem dois sistemas de memória primária na mente humana: a memória de curto prazo, que guarda informações temporariamente apenas sobre algumas coisas em que estamos pensando no momento, e a memória de longa duração capaz de armazenar grande quantidade de informações sobre experiências adquiridas durante toda a vida.
De acordo com a Ciência do Aprendizado e do Esquecimento, desenvolvida pelo professor de neurociência cognitiva, Art Kohn, 70% de tudo o que aprendemos em um dia de treinamento, por exemplo, é esquecido em 24 horas. Após uma semana, essa porcentagem aumenta ainda mais: 90% é esquecido. Diante dessas informações, entendemos que a maneira como recebemos a informação e, ainda mais importante, o que fazemos com ela depois de receber é o que determina o que será ou não apagado da nossa mente.
O que não podemos deixar de entender é que, de fato, faz parte de uma memória saudável. O esquecimento é um mecanismo de limpeza que ajuda a otimizar o trabalho do cérebro. Se tudo ficasse para sempre na nossa mente, seríamos incapazes de focar em qualquer coisa. O esquecimento é, nada mais nada menos, que um trunfo da evolução do ser humano. Porém, esquecer demais é desagradável e pode se tornar um grande problema. Por isso, exercitar a memória se tornou tão importante, principalmente nos dias de hoje, onde recebemos e convivemos com um volume tão grande de informações.
A teoria da multimemória explica que possuímos diferentes tipos de memória, que são diferentes em termos de duração e capacidade de armazenamento. O primeiro tipo é a memória sensorial, que funciona como uma ponte entre nós e a realidade. Ela é uma pequena região onde nossos sentidos mantêm um grande volume de informações, antes de filtrá-las para a região de nossa atenção consciente. Já a memória de curto prazo está diretamente relacionada com nossa consciência sobre as coisas e com o nosso foco de atenção.
Uma memória saudável exige prática e atenção. Não devemos exercitar apenas o nosso corpo, o cérebro também precisa ser treinado para funcionar bem e existem técnicas que ajudam a não esquecer e a manter vivo o que se aprendeu. Storytelling, jogos, exercícios, SMS, lembretes, leitura, entre outros. Além disso, a tecnologia já apresenta novidades: existem diversos tipos de aplicativos móveis, que você acessa do próprio smartphone e tem acesso a desafios, exercícios, games e tarefas, que ajudam a exercitar a mente e as funções cognitivas.
Não existe mais desculpa para não colocar o cérebro para funcionar. Até porque, diante da teoria do esquecimento, entendemos que é necessário exercitar sempre a memória, para conseguir realmente assimilar as diversas informações que precisamos. O processo de pós-aprendizado se torna ainda mais importante e fundamental para evitar o esquecimento. A pessoa que possui conhecimento e domínio das técnicas e exercícios para estimular a memória, ganha agilidade no desenvolvimento de tarefas, maior absorção das informações do dia a dia e tem um maior desenvolvimento do raciocínio lógico.

(*) É administrador de Empresas com especialização em Gestão de Conhecimento e Storytelling aplicado a Educação, atua em cargos executivos na área de Educação há mais de 10 anos.