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Tecnologia 08 a 10/10/2016

em Tecnologia
sexta-feira, 07 de outubro de 2016
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Primeiros socorros para recuperar seu e-commerce

Os primeiros sinais de que seu e-commerce precisa de cuidados está na identificação da ausência de clientes e consequente queda nas vendas

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João Barcellos (*)

A tentativa de sobrevivência inicia-se com a busca pela origem dessa “obstrução”, mas muitas vezes não se evolui no diagnóstico, e o negócio vai à falência – um medo frequente de todo pequeno e médio empresário. Para uma boa prevenção, segue uma lista que funciona como uma mala de primeiros socorros que não pode faltar na hora de detectar um problema no seu e-commerce:

1 – Cheque sua vitrine virtual
Nem sempre as pessoas entram no site sabendo exatamente o que vão comprar. Muitas vezes o usuário está buscando por categorias específicas e todos os itens daquela categoria devem estar bem separados. Uma loja de roupa, por exemplo, deve deixar bem evidente as seções de calças, blusas, assessórios, sapatos, etc. O importante aqui é não deixar o comprador com dúvidas, porque esse é um dos maiores vilões da conversão.
Também é importante uma boa fotografia do produto que permita o usuário olhar todos os detalhes, assim como uma descrição detalhada com informações relevantes, como tamanho, formato, material. Estes itens garantem a saúde do coração da loja, que é a vitrine.

2 – Mantenha o conceito da sua marca
Muitas vezes vemos lojas virtuais que não seguem as cores, temas e outros elementos presentes na construção da marca. Outras vezes, o espaço virtual destoa completamente do espaço físico. Casos assim podem confundir o usuário e fazer com que não se sinta seguro para comprar naquele ambiente.
Fixar a identidade da marca para o seu consumidor é muito importante. Para isso, é essencial que exista uma relação e uma apresentação consistente da mesma.

3 – Não se esqueça do Mobile
A compra em dispositivos móveis é uma tendência fortíssima, e se adaptar a isso é importante para se manter competitivo. Um levantamento realizado em 2015 mostra que 20% das compras feitas no país pela Internet foram concluídas em smartphones ou tablets.
Sendo assim, a sua empresa pode optar por um design responsivo (que se adapta aos diversos aparelhos e resoluções) ou desenvolver layouts específicos para cada plataforma. O importante aqui é não perder clientes pelo descuido de não estar em todos os lugares possíveis.

5 – Sistema de buscas completo
Nem sempre o usuário está com disposição e tempo para navegar por todas as páginas até encontrar um item específico. Nesse caso, é importante que o site possua uma ferramenta de busca em um lugar visível que ajude esses clientes, assim como um vendedor faria na loja.
O Instant Preview é um recurso legal para agilizar esse processo, garantindo a saúde total do site, já que ele exibe o resultado abaixo da barra de buscas conforme o comprador digita a palavra-chave.

6 – Checkout transparente
O ambiente de checkout é aquele que aparece quando o usuário vai finalizar a compra, isto é, quando os dados do cartão são preenchidos ou sugere a opção para gerar um boleto. Muitos meios de pagamento não disponibilizam um ambiente que se adeque ao visual da empresa e acabam redirecionando o usuário para uma outra página completamente diferente. Em muitos casos, isso acaba amedrontando o consumidor e fazendo com que ele desista da compra.
A utilização de um checkout transparente se adequa ao visual de cada loja e os dados do comprador são solicitados sobre a mesma tela da compra, aumentando a confiança do consumidor e agilizando o processo de conversão.

(*) É sócio diretor da MundiPagg, empresa com soluções de pagamento
online, que possui a ferramenta de Checkout transparente para e-commerces, www.mundipagg.com.br.

ACE completa marca de 100 startups aceleradas com 8a turma de aceleração

A ACE, eleita como Melhor Aceleradora de Startups da América Latina por três anos consecutivos pelo Latam Founders, anuncia as startups da maior turma de aceleração da sua história. As 22 empresas escolhidas trabalharão nos hubs São Paulo, Sul e Goiânia.
Com a maior turma de sua história, a ACE completa a marca de 100 empresas aceleradas em quatro anos de existência, com o recorde brasileiro de 7 exits (vendas de empresas do portfólio) efetuados. As startups escolhidas passaram por um rigoroso processo seletivo, que avaliou mais de mil projetos entre as inscrições e as indicações de mentores e investidores.
As empresas estão divididas entre os programas ACE Start, com quatro meses de duração e focado em validar as premissas e hipóteses fundamentais de uma startup; e ACE Growth, com seis meses de duração e voltado para alavancar o crescimento.
“Estamos trazendo startups de diversos mercados em estágios diferentes. É um grande desafio, mas nos preparamos para isso e estamos certos que nossa expertise e parcerias as ajudarão a crescer e impactar a economia de forma significativa. A nossa metodologia de aceleração continua evoluindo para entregar cada vez mais valor às aceleradas”, conta Pedro Waengertner, CEO e cofundador da ACE.
Além das inscrições, a ACE também conta com um recrutamento ativo de startups para a próxima turma, que começa apenas em 2017. Os empreendedores interessados podem acessar http://info.goace.vc/inscricoes para saberem quando iniciam as inscrições e mais informações sobre os programas.

Inovação: já parou para pensar de onde ela vem?

Inspiração. Uma única palavra que representa um esforço homérico para se atingir o que hoje chamamos de criatividade. O combustível para a tão enaltecida inovação, a deusa e o demônio de nossos dias. As palavras inovação ou disruptivo parecem ser o mote do momento. O mundo parece estar o tempo todo correndo, como um cachorro corre atrás do rabo, atrás de inspiração para inovar. Ser criativo virou graduação curricular.
Como profissional da comunicação, estou o tempo todo cortejando as musas em busca de inspiração. Na Grécia Antiga se podia orar para essas entidades, parte deusas, parte titanides, que traziam ao coração toda a criatividade necessária para se atingir um objetivo.
Bom, hoje as musas se tornaram esquecidas, e preces a elas são apenas superstições de religiões pagãs há muito engolidas por novas crenças. Crenças essas que não são mais tão religiosas. Os novos deuses são o dinheiro, a internet, a “maldita inovação”. Todos tão invisíveis e cheios de significado subjetivo tal qual Zeus foi um dia.
Mas como conseguir atingir a inovação? Parece que nosso mundo está afundando em um caminho sem volta, onde quem não inova está fadado ao ostracismo, ou mesmo à extinção. Muitos encontram meios e os ensinam. É possível se instruir. Aprender é uma coisa basicamente sem limites. Seu conhecimento é a única coisa que ninguém pode te tirar, já dizia Alexandre Dumas.
É possível propor brainstorms, trocar ideias e estudar mais um pouco. Ler, prestar atenção aos problemas. A inspiração vem do inesperado. Problemas cotidianos podem esconder o próximo Uber, o próximo iFood, o próximo NuBank.
Desde tempos imemoriáveis, as melhores ideias são sempre as que buscam simplificar algo ordinário. Ninguém começa uma inovação querendo abraçar o mundo. Talvez o Elon Musk. Mas ele é um pouco diferente. Ele mira alto, mas suas ações primárias se focam no mundo próximo. Foi assim que ele fundou a Tesla. E é assim, com ações ligadas ao cotidiano, que ele está resolvendo problemas que irão concretizar o Space X e realmente mandar pessoas para Marte.
Um exemplo simples desse caso é que Musk queria chegar à Marte e, quando terminou de desenvolver seu foguete, descobriu que ele podia ir muito além. Porém, os problemas continuavam em coisas cotidianas, como “como convencer as pessoas a desbravarem o universo, sem a mínima chance de voltarem à Terra?”. Até os gênios tem problemas com as “miudezas” do mundo. Até eles tem que inovar nesse aspecto.
A busca por ideias novas guia todos os mercados, e basicamente todas as ações do mundo. Sua empresa precisa crescer? Combater a crise? Se tornar notória? Não é com grandes campanhas megalomaníacas que se conquista isso. O que os comerciais da Coca Cola mostram? Pequenas atitudes e vivencias felizes das pessoas que “por acaso” estão tomando Coca Cola. O que Apple vende? Não são smartphones. É um estilo de vida, é o “ter um telefone branco com a maçãzinha”.
É por isso que o storytelling é tão popular hoje em dia. O segredo das coisas está nos detalhes. Para mim, é o mesmo. As melhores pautas jornalísticas são aquelas que falam do cotidiano, dos problemas das pessoas comuns. Claro que a explosão de um reator nuclear ou um tsunami também são notícia, mas esses são pontos fora da curva. O cotidiano, as verdadeiras histórias interessantes estão nos detalhes. Foi unindo detalhes que se construíram grandes reportagens, como o livro Rota 66 do jornalista premiado Caco Barcellos.
Bom, mas eu falei tudo isso, sobre inovação, sobre inspiração, sobre detalhes, e aonde eu quero chegar com isso? Simples. Você quer ser um profissional melhor? Um comunicador melhor? Quer inovar? Se foque no pequeno. Resolva problemas simples. Alimente sua mente, se inspire com grandes coisas, mas veja os detalhes dentro delas. São eles que tornam obras grandiosas.
Grandes coisas são construídas de pequenas coisas, e é partindo daí que se se encontra inovação. Se inspire com o simples. Você verá que existem tantos problemas só esperando alguém prestar atenção neles. Ao encontrar a solução, achará tolice o fato de não ter inovado antes, seja qual for a sua área de atuação.

(Fonte: Welton Ramos é jornalista na InformaMídia Comunicação, e colaborador do Blog da PME).

Tecnologia quântica: o futuro no processamento de dados

Luis Casuscelli (*)

A teoria da relatividade especial, do físico alemão Albert Einstein, afirma que nada que tenha massa pode se mover mais depressa que a luz

Até onde os estudiosos sabem, o Universo segue esta regra. Mas… qual é o cenário diante da inexistência da massa? É aí que entram as tecnologias quânticas, surgindo como uma solução significativa e revolucionária. A Atos, líder internacional em serviços digitais e parceira mundial de TI do Comitê Olímpico Internacional (COI), mostra sua visão no mais recente boletim sobre tecnologia quântica e como ela impacta o setor de serviços financeiros.
A oferta de tecnologias quânticas tem o potencial de revolucionar amplamente um grande número de áreas da Tecnologia da Informação. Junto com os benefícios e oportunidades do imenso poder de processamento, porém, surgem as ameaças e os riscos à cibersegurança. Como preparar o setor financeiro, no qual o quantum terá um papel importante, para minimizar riscos como a quebra da criptografia e aproveitar as oportunidades?
As perspectivas em relação ao volume de dados movimentados impressionam. Em 2020, chegaremos aos 40 zetabytes: 40 mil bilhões de bilhões de dados utilizáveis no mundo. Isso é mais do que o número de grãos de areia na Terra.
Os computadores quânticos prometem um salto à frente em velocidade e em resolução de algoritmos, com potencial para quebrar a maioria dos métodos criptográficos usados atualmente. Esse “criptodesastre” deve se tornar uma real ameaça daqui a 5 ou 10 anos, mas, quando chegar, será tarde demais para reagir com eficácia. Precisamos desenvolver estratégias de intercâmbio de informações que sejam capazes de resistir a ataques quânticos. Se o mundo não se preparar agora para esses riscos, haverá quebras generalizadas de segurança que colocarão em risco todo o sistema bancário – e não só ele.
A Atos oferece ideias baseadas em extensa pesquisa feita no setor financeiro. As implicações potenciais da tecnologia significam que as instituições financeiras devem começar imediatamente a se preparar para ela. Em termos de segurança, isso deve ser feito avaliando o risco do quantum e investimento em criptografia quântica confiável, por exemplo, em algoritmos seguros de criptografia quântica e redes QKD (Quantum Key Distribution – Distribuição Quântica de Chaves, em tradução livre). Já existem entidades prontas para fornecer esses serviços e empresas que estão apertando o passo para fazer o mesmo.

Preparando-se para patentear
A capacidade de produzir e patentear algoritmos quânticos antes da chegada da computação deste tipo às Finanças dará uma grande vantagem às empresas. Nos estágios iniciais de implementação dos computadores quânticos em Finanças, a capacidade real de computação será a do hardware disponível. Neste contexto, a vantagem de uma empresa sobre as rivais virá do desenvolvimento de software. Acreditamos que o período crítico para isso será o dos próximos cinco anos. Depois desse ponto, não se poderá garantir a segurança da transferência de dados criptografados, pois o advento da computação quântica estará iminente.
O progresso de criação e desenvolvimento de computadores quânticos continuará devido à colaboração de pesquisas acadêmicas, como a Quantum Computing Hub (Reino Unido) e a QuTech (Holanda). No entanto, só com envolvimento acadêmico ou pesquisas particulares é que serão produzidos algoritmos quânticos com aplicação direta em Finanças.

Um passo à frente com a Atos
Com 30 petaflops, mais de 30 milhões de bilhões de transações por segundo, o supercomputador Bull Sequana, já em operação na Europa, nos habilitará a fornecer o mais poderoso supercomputador do mundo. E nos permitirá chegar ao exaflop, um bilhão de bilhões de operações por segundo, o que alcançaremos por volta de 2020 — mas este é só o começo. Já estamos trabalhando em um projeto de computador que seus cientistas precisarão ter em 2025. Como as tecnologias atuais chegaram aos limites físicos do material (especialmente em termos de calor) e da velocidade da luz, estamos buscando uma ruptura tecnológica: o computador quântico para o horizonte pós-2030.

(*) É diretor de Big Data e Security da Atos América do Sul. Possui mais de 25 anos atuando na área de integração de produtos e serviços de infraestrutura de TI.

(**) Computadores quânticos, ao contrário dos computadores clássicos, aproveitam um fenômeno mecanoquântico que permite representar os dados como “Qubits”. Isso lhes dá condições para interagir e oferecer computação e resolução de algoritmos em taxas milhares de vezes mais rápidas que a tecnologia convencional.