78 views 11 mins

Tecnologia 04/10/2019

em Tecnologia
quinta-feira, 03 de outubro de 2019
compliance temaproario

Mundo dos games se rende aos smartphones

No Brasil, mais de 83% dos jogadores utilizam o celular para essa tarefa; novas tecnologias, como inteligência artificial, turbinam os jogos

Estudo aponta que a plataforma mobile, que inclui smartphones e tablets, é a mais rentável no mundo dos games, com uma receita estimada de US$ 68,5 bilhões ao ano, nada menos que 45% da receita da indústria de jogos. Foto: IGN Brasil

Samir Vani (*)

Durante muito tempo os gamers mais tradicionais, acostumados a jogar no computador ou mesmo nos consoles, torceram o nariz para os jogos de smartphones, apontando questões como tamanho de tela ou mesmo limitações gráficas ou de processamento. Mas, seja por questões financeiras, pela evolução nos recursos de hardware dos celulares ou pela disponibilidade de versões móveis de títulos de sucesso dos consoles, já é possível dizer que o mundo dos games se rendeu aos dispositivos móveis.

Segundo uma pesquisa feita com 800 pessoas entre 18 e 41 anos, realizada pela consultoria de mercado Mindminers, em parceria com a Samsung, mais de 90% dos entrevistados usam seu smartphone para jogar, enquanto 59,9% jogam em computadores e 46,3% usam o console. Especificamente no Brasil, o cenário não é muito diferente: dados da pesquisa Game Brasil 2019 mostram que 83% dos entrevistados preferem o telefone para jogar.

Essa supremacia se reflete na receita do setor: estudo feito pela consultoria Newzoo aponta que a plataforma mobile, que inclui smartphones e tablets, é a mais rentável no mundo dos games, com uma receita estimada de US$ 68,5 bilhões ao ano, nada menos que 45% da receita da indústria de jogos.

Além da praticidade de estar sempre com o seu smartphone no bolso para jogar a hora que quiser, é importante destacar a evolução do hardware dos celulares como um ponto importante para a atração dos jogadores. Como os jogos são softwares que demandam mais dos telefones que aplicativos tradicionais (como programas de redes sociais, e-mail ou navegadores de web), os fabricantes têm adotado componentes mais potentes e inteligentes em seus dispositivos.

Novos chipsets para smartphones com foco nos games foram lançados nos últimos meses projetados para ser o centro de uma experiência em jogos muito mais imersiva, com a combinação de recursos como Inteligência Artificial, núcleos de CPU e GPU e memória ultrarrápida, entre outros. Isso sem falar na adoção de tecnologias como a HyperEngine, que otimiza o smartphone para a melhor experiência de jogo possível.

Entre os novos recursos que estão sendo incorporados aos celulares inteligentes para promover uma melhor experiência de jogo online, sem interrupções, é possível destacar itens como a previsão inteligente de rede, que otimiza a conexão entre o smartphone e a rede celular (3G, 4G e, no futuro próximo, 5G). Caso seja detectada a degradação do sinal Wi-Fi, ela aciona simultaneamente o Wi-Fi e o LTE, em milissegundos. Estima-se que, mesmo com uma rede sobrecarregada, é possível obter uma resposta 50% mais rápida.

Já com a conexão Wi-Fi dupla, é possível que uma única antena de smartphone seja conectada a duas bandas (2,4 GHz/5 GHz) ou dois roteadores simultaneamente. Assim é possível garantir uma conexão confiável, com menor latência e menor instabilidade no jogo. Com a tecnologia de Call & Data Concurrency, quando o smartphone recebe uma chamada, a conexão de dados não é interrompida. O jogador pode adiar uma chamada sem sair do jogo, sua conexão de dados permanece ativa e a conexão do servidor do game não cai.

A Engine Rapid Response utiliza a aceleração de toque para melhorar a velocidade de ação na exibição no jogo, de modo que o cenário de um jogo seja transmitido e renderizado de maneira rápida e fluida, com uma experiência instantânea de ação para exibição, taxas de quadro mais rápidas e jogabilidade mais suave. E o engine de gerenciamento de recursos direciona de maneira inteligente os recursos do dispositivo, incluindo CPU e GPU, para um desempenho otimizado, com taxas de quadro fluidas, alto desempenho nos jogos e – ponto muito importante quando se fala em uso de smartphone – controle inteligente para o menor consumo de energia, para jogos mais longos. E esses são só alguns exemplos.

Sem dúvida veremos cada vez mais pessoas com os olhos na tela do smartphone – e detonando nos games!

(*) É Country Manager da MediaTek, empresa fabricante global de processadores para equipamentos como smartphones, tablets, TVs digitais, dispositivos wearable e soluções para carros conectados.

Plataforma reduz custo de capital de giro para micro e pequenas empresas

compliance temaproario

Foto: www.grlis.com.br

Os microempreendedores Marilze de Oliveira e Silva e Wladir Aielo, sócios de uma fábrica de papéis no município de Carambeí no Paraná decidiram ampliar seu negócio, mas não estavam numa situação financeira favorável. Até que, certo dia, através de uma ligação, receberam a proposta que foi a solução para seus problemas: uma oferta para obterem capital de giro a juros bem abaixo dos praticados no mercado.
Isso só foi possível graças à antecipação de recebíveis já programados, mas que iriam demorar a entrar no fluxo de caixa da empresa. “Queríamos adquirir mais uma máquina para a produção e mais um veículo para entrega, mas não tínhamos o dinheiro necessário em caixa. Com a antecipação, conseguimos dar este passo importante em nosso negócio”, declara Marilze.
A proposta que Marilze recebeu partiu da Giro.Tech, uma fintech recém criada que lançou uma plataforma digital que conecta agentes financiadores dispostos a fazer a antecipação para essas pequenas empresas. “Quem compra quer esticar o prazo para pagamento, mas quem vende precisa receber. Às vezes, o dinheiro leva até 90 dias para entrar no fluxo de caixa do pequeno empresário. Isso impacta no pagamento de suas contas, dos funcionários e até mesmo da matéria-prima de seu negócio. O capital de giro ajuda a pequena empresa a continuar firme em seu mercado”, explica o sócio da Giro.Tech, Ronaldo Campos de Oliveira.
Até o momento, a nova fintech já realizou mais de R$30 milhões em antecipações com uma taxa de desconto a partir de 1%, ou seja, bem abaixo das comumente utilizadas no mercado, que, para o pequeno empresário, geralmente partem de 3% e podem chegar a 10%. Mas, como a Giro consegue? Segundo Oliveira, isso é possível porque a Giro.Tech integra o sistema da compradora à sua plataforma e conecta as solicitações de antecipação ao sistema do financiador da operação, que pode ser um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), disponibilizando a este os recebíveis e o status de que o serviço ou o produto já foi entregue a ela e que não terá contestações futuras devido a problemas com o produto ou serviço prestado por esse fornecedor. Com isso, a Giro.Tech garante ao FIDC um risco muito menor de calotes ou fraudes, restando a ele apenas o risco de crédito da grande empresa que está comprando. “Com a nossa plataforma integrada ao sistema da compradora o risco de fraude ou conluio é eliminado”, garante Oliveira.
Assim, conectada ao sistema da grande empresa, sempre que surge uma fatura a ser paga para um fornecedor, ela é enviada para a plataforma digital da Giro junto com a garantia de que o fornecedor realmente realizou o serviço ou entregou o produto e que tem direito ao pagamento. “Depois disso, entramos em contato com o fornecedor e oferecemos a antecipação desse pagamento de forma eficiente e sem burocracia”, afirma o CEO.
De acordo com Ronaldo de Oliveira, o recurso também tem se mostrado cada vez mais importante para as grandes empresas, tendência europeia que chega com força no Brasil. “As empresas estão cada vez mais preocupadas com a saúde financeira de seus fornecedores, já que isso melhora a relação entre as duas partes e principalmente a qualidade dos produtos e serviços entregues. Além disso, tomar medidas que ajudam a fortalecer a cadeia de fornecedores é algo que tem sido valorizado e bem-visto no mercado”, conta.