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Tecnologia 04/10/2016

em Tecnologia
segunda-feira, 03 de outubro de 2016
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Quais empresas vão sobreviver a geração Millennials? Como preparar sua empresa?

Aquele futuro que sempre imaginávamos finalmente chegou, não é mais novidade e está estampado em qualquer artigo, revista, fórum de discussão e no dia a dia das empresas. Hoje temos um novo consumidor, com novos hábitos, novas demandas e claro, que estão sempre conectados, são os chamados jovens da geração Millennials, que nasceram entre 1985 e 1999 no Brasil

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Fabio Miranda (*)

Neste novo cenário, no entanto, já existem algumas empresas que nasceram nesta era digital, portanto, possuem o DNA da geração Millennials: seus funcionários são jovens, inovadores e sua cultura empresarial é voltada para dar poder ao usuário e um atendimento mais informal e de qualidade, fazendo com que os clientes se sintam queridos e próximos. Este é o caso por exemplo de empresas como Nubank, Digio, Banco Original, Acesso Digital, entre outras. Porém o que fazer se sua empresa tem o DNA de uma geração anterior e enfrenta o desafio de lidar com esse novo perfil de consumidor?
Não é mais uma opção, as empresas terão que se atualizarem e se adaptarem a uma nova realidade para enfrentar de igual para igual este jogo. A concorrência não espera ninguém se adaptar e pode estar agora fazendo a mesma coisa que sua empresa, com mais agilidade, inovação, qualidade, menor custo e em larga escala. Isto fica mais fácil de entender quando olhamos, por exemplo, para o sistema de serviço de táxis, que antes era um serviço via rádio, com espera de pelo menos 20 minutos, alto custo, nem mesmo aceitava cartão e o usuário era tratado como só mais um passageiro.
Esse sistema teve que se revolucionar e ainda passa por mudanças para sobreviver a um fenômeno chamado Uber, que conseguiu fazer o que a maioria dos prestadores de serviços do setor não conseguiu: dar um serviço de transporte individual conveniente e de qualidade e principalmente, humanizar o passageiro. O Uber veio para ficar, por razões simples, funciona, resolve um problema e os clientes gostam do serviço. Este é um exemplo clássico de como a ineficiência de um canal pode matar um serviço. Esperem até chegar os carros que se conduzem sozinhos, o Google mesmo já tem vários. Nesta altura, estaremos perante uma revolução que mudará ainda mais a atual situação.
E quais empresas vão sobreviver a esta transformação?
De forma breve, as empresas que serão mais poderosas e que vão dominar o mercado em seus segmentos, serão as que:
• Controlarem a Interface do usuário;
• Tiverem a maior base de usuário (empresas de relacionamento);
• Controlarem a fidelidade de seus clientes;
• Clusterizarem seus mercados (focar no público-alvo de forma eficaz).
Ao colocar todos estes fenômenos em uma linha do tempo e analisando a relação entre a empresa mais poderosa do mundo versus o poder de controle da interface do usuário, podemos analisar o que acontece hoje. A IBM, há alguns anos, era a empresa mais poderosa, responsável por colocar os primeiros computadores em nossos lares e por controlar a interface dos seus usuários através de linhas de comando, certo? E isso desencadeou rapidamente uma corrida desenfreada para definir quem poderia tomar este lugar, surge então um empresa que desenvolve um Sistema Operacional chamado Windows, que torna a vida do usuário muito mais simples. E esta empresa então passa a ser a mais poderosa. Então os usuários passam a querer uma tecnologia mais simples para o acesso à Internet, e eis que surge um Browser chamado Internet Explorer e com ele, a Microsoft, agora então a mais poderosa empresa do mundo.
Podíamos seguir esta linha do tempo da por um longo caminho, da oferta das ferramentas da Microsoft, com uma enxurrada de informações, até o surgimento de uma única interface de busca, o Google. E por aí vai. É importante perceber que o avanço de uma empresa para a outra está sempre relacionado ao comportamento de seus clientes. O Google, em pouco tempo, tornou-se a empresa mais poderosa do mundo, por perceber o poder das relações sociais na Internet. Que o usuário gostaria de ir além das buscas por informações. E por fim, para atender os usuários, surge o Facebook. E depois, surgem ainda as inovações incríveis da Apple, que transforma a tecnologia e a coloca na palma das nossas mãos e faz parte de nosso corpo. E assim a Apple passa a ser a mais poderosa do mundo, e sobre hoje? É, esse ranking pode estar mudando enquanto você lê este artigo.
As empresas do futuro vão focar em soluções e não em problemas. Alguns anos atrás o mercado de furadeiras crescia, com o objetivo de proporcionar furos cada vez mais precisos, furadeiras especializadas, sem fio, com bateria de longa duração, brocas para diferentes tipos de parede e cada vez mais resistentes, e então, vem uma empresa e com um único adesivo permite você pendurar qualquer objeto em sua parede sem precisar fazer nenhum furo e economizar um bom dinheiro. Este é um clássico exemplo de uma empresa que procurou a solução para um problema de forma inovadora.
Clusterizar o seu mercado será importante para poder oferecer o melhor produto para o melhor segmento, assim fica mais fácil se tornar um especialista, entender a linguagem do seu consumidor e oferecer a melhor experiência. De nada adianta você investir milhões em uma propaganda na TV, se seu publico é de uma geração Millennials e que será audiência para aquele canal, não fique bravo, apenas aprenda com os “novos” erros e faça diferente de forma veloz.
Com o uso da tecnologia hoje ficou mais fácil entender este comportamento e prestar um serviço ainda mais personalizado para o consumidor, porém a inteligência mal feita da tecnologia pode causar um efeito reverso. Imagine que você torce para o time de futebol do São Paulo e seu pai torce para o Corinthians, então para presenteá-lo em seu aniversário você decide entrar em uma loja virtual e comprar a camisa de seu rival, a partir de agora a inteligência mal realizada desta loja vai te mostrar uma série de outros produtos do Corinthians sempre que você estiver navegando no Facebook, sites de notícias, entre outros e vai causar um efeito contrário ao proposto para este tipo de ação.
No final, é simples, hoje é tempo de se reinventar, conhecer o perfil do seu cliente, o que ele fala e com quem fala na empresa, quais os feedbacks, avaliações, quais canais de atendimento ele busca, proporcionar uma experiência incrível e única para fidelização. E nessa “guerra”, a linha de frente é sua operação/equipe de atendimento/relacionamento/experiência ou como queira chamar, faça-os vestirem a mesma camisa, terem autonomia, se sentirem importantes para resolverem os problemas, a liderança deve estar sempre próxima para permitir que se possível, em uma única interação, o problema se resolva. E se o cliente preferir se autoatender e resolver seu problema de forma eficaz, será ótimo para a empresa e para o consumidor, afinal quase ninguém mais para no pedágio para seguir viagem ou valida seu ticket para entrar ou sair de um estacionamento. Por isso, disponibilize os canais de comunicação necessários para seu público se comunicar com você de forma adequada e com qualidade, afinal é no SAC que está o ouro da sua operação,a parte mais rica, que é a voz de seu cliente.

(*) É especialista em e-commerce e head de vendas da Direct Talk, plataforma especializada em soluções tecnológicas para relacionamento entre empresas e consumidores.

30% das PMEs brasileiras já aderiram à nuvem

A recém divulgada pesquisa “2016 Brazil Small & Medium Business: ICT & Cloud Services Tracker Overview”, encomendada pela Intel Brasil à AMI Partners, revela que 30% das pequenas e médias empresas já começaram o processo de adoção de serviços na nuvem. Para Allan Pires, consultor da Pa Latinoamericana , o dado reforça a percepção de que os empreendedores brasileiros estão cada vez mais propensos a adotar soluções tecnológicas de baixo custo. “A ideia da Computação em Nuvem surge para as PMEs como uma forma de construir o seu crescimento no mercado, sem a necessidade de fazer grandes investimentos em tecnologia. A nuvem, antigamente, era utilizada para armazenamento de arquivos, mas ganhou uma proporção maior de mercado ao fornecer um modelo diferenciado que é capaz de integrar sistemas virtuais e aplicativos muito potentes e que conseguem substituir todos os servidores de uma empresa”, comenta.
Allan ainda frisa que, para pequenos e médios negócios, o ganho é imensurável por conseguir armazenar de forma escalável todos os dados, com o valor que vai de acordo com a utilização do recurso.


Segundo pesquisa, 74% dos internautas brasileiros querem se comunicar com empresas via whatsapp

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Levantamento aponta, ainda, que 70,3% das pessoas querem receber promoções, 67,8% almejam tirar dúvidas ou receber suporte técnico e 66% desejam comprar produtos e serviços usando o app
Os hábitos dos brasileiros relacionados à troca de mensagens e informações usando a rede continua sendo um dos alvos da atenção e tema de pesquisa do Panorama Mobile Time/Opinion Box – Mensageria no Brasil. Em sua terceira edição, o levantamento traz mais dados importantes para empresas e população em geral.
Dessa vez, os dados obtidos com o estudo levam a uma constatação importante: “O WhatsApp tem tudo para se transformar em um dos mais importantes canais de comunicação entre empresas e consumidores no Brasil”, avalia Felipe Schepers, COO do Opinion Box. Os novos termos de serviço do app permitem a troca de mensagens comerciais e o mercado aguarda ansioso a disponibilização de uma API para chatbots. A ideia foi recebida com alta receptividade pelos internautas brasileiros. De acordo com a pesquisa, 74% dos usuários ativos mensais do WhatsApp no Brasil têm interesse em se comunicar com marcas ou empresas pela plataforma de mensagens.
Quando questionados sobre quais seriam os temas das conversas com as empresas utilizando o aplicativo, 70,3% mencionaram o desejo de receber promoções; 67,8% almejam a possibilidade de tirar dúvidas ou receber suporte técnico pela ferramenta; e 66% querem comprar produtos e serviços.
1.884 brasileiros que acessam a Internet e possuem telefone celular foram entrevistados respeitando as proporções de gênero, idade, faixa de renda e distribuição geográfica desse grupo. As entrevistas foram feitas ao longo do mês de julho de 2016.
A margem de erro é de 2.3 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%.

Home office: desafios de uma nova realidade

Karla Guimarães da Rocha Louro (*)

O avanço da tecnologia em todo o mundo levou os trabalhadores tenham à facilidade de realizar suas atividades de forma remota

Milhares de brasileiros estão utilizando sua própria casa como escritório ou uma extensão da empresa. Conhecido como “home office”, ou trabalho à distância, esse tipo de atividade é cada vez mais recorrente no cotidiano das empresas nacionais e estrangeiras no país.
É importante ressaltar que, mesmo trabalhando em casa, o empregado tem garantidos todos os direitos trabalhistas e previdenciários. E essa garantia está destacada no artigo 6.º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que estabelece não haver distinção entre o trabalho desempenhado dentro da empresa ou aquele realizado em seu próprio domicílio, desde que as relações de emprego estejam caracterizadas. Os direitos trabalhistas do empregado que trabalha em casa, dentre outros, são: anotação na carteira de trabalho; salário; férias, acrescida do terço constitucional; recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); e 13.º salário, dentre outros, eventualmente previstos em normas coletivas ou regulamentos internos.
Não há diferenciação para as regras aplicadas ao trabalho presencial àquele prestado no sistema “home office”. A Lei 12.551 de 2011 alterou a redação do artigo 6.º da CLT equiparando o trabalho realizado no estabelecimento do empregador àquele desempenhado no domicílio do empregado, desde que estejam caracterizados os requisitos da relação de emprego. A principal peculiaridade do “home office” é que o empregado realiza suas tarefas em local distinto do seu empregador. A fiscalização, neste caso, será, no mais das vezes, concretizada por mecanismos informatizados, os quais são efetivos no mundo moderno e se equiparam aos meios pessoais e diretos de comando.
No que se refere ao contrato de trabalho, não há exigência legal para que tal condição esteja expressa no documento, notadamente porque prevalecerá como de fato ocorreu a prestação de serviços, ou seja, a maneira pela qual o trabalho foi desenvolvido na prática, se presencialmente, “home office” ou até mesmo nas duas modalidades.
O empregado que presta serviços “home office” também possui os mesmos direitos previdenciários do empregado que está alocado dentro das dependências do empregador, pois, também para este fim, não há distinção do trabalho realizado no estabelecimento do empregador àquele prestado à distância. No que se refere ao acidente sofrido em casa, há discussão na jurisprudência quanto ao reconhecimento de acidente do trabalho. Isto porque o enquadramento como acidente laboral dependerá da comprovação de alguns fatores, como: se ocorreu no horário destinado à jornada de trabalho, o nexo causal do acidente com a atividade e ainda a culpa ou dolo do empregador.
E a fiscalização para evitar problemas na Justiça deve ser efetiva. Atualmente, as empresas que possuem funcionários em “home office” contam com plataformas informatizadas de comando para possibilitar o controle de jornada de trabalho, como por exemplo acesso aos sistemas internos e reuniões online.
O fato do trabalhador prestar serviços em domicílio, por si só, não gera o dever da empresa custear gastos com energia elétrica, internet, telefone e etc., pois tais custos não são considerados de uso exclusivo das atividades comerciais do empregador, sendo inviável distinguir os custos com o serviço prestado e a própria habitação do trabalhador. Entretanto, a jurisprudência admite excepcionalmente o ressarcimento de despesas ao empregado, na medida em que reste demonstrada a existência de determinado custo apenas em razão do trabalho.
Outra questão controversa e cujo esclarecimento é importante diz respeito à jornada de trabalho. Nesse particular, vale ressaltar que a exceção legal quanto aos empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho também se aplica aos empregados em “home office”, logo, caso seja inviável ao empregador o controle da jornada praticada externamente pelo colaborador, ou sela seja livremente organizada por este, não estará ele sujeito ao regime jurídico que gera direito a horas extras e afins.
O home office é prática relativamente recente no âmbito das relações de trabalho, razão pela qual a jurisprudência ainda se divide sobre determinados pontos. Portanto, empresas e trabalhadores devem estar sempre bem aconselhados juridicamente no momento da adoção de políticas e rotinas de trabalho, a fim de evitar futuros passivos e problemas jurídicos com aqueles que trabalham em casa. De toda forma, este é mais um dos aspectos que merece ser abordado pelo Poder Legislativo nas reformas trabalhistas, há tanto tempo aguardadas por toda a sociedade.

(*) É advogada trabalhista do escritório Baraldi Mélega Advogados.