Um recente estudo da muito conceituada empresa de pesquisa IDC, conclui que a Meta, a empresa mãe do Facebook, se não mudar as estratégias que vem adotando, não terá condições de competir com êxito no mercado de realidade mista, que compreende as realidades virtual e aumentada.
Vivaldo José Breternitz (*)
Segundo a IDC, os enormes investimentos que a empresa vem fazendo no metaverso, especialmente vendendo seus headsets necessários ao acesso a esse ambiente a preços baixos, em detrimento da busca de resultados financeiros, não é sustentável no longo prazo.
Ainda segundo a IDC, a Meta detém 90% do mercado desses headsets; em segundo lugar, com apenas 4,5%, está a ByteDance, com o seu Pico. No primeiro trimestre deste ano, as vendas de headsets registraram um aumento de 241,6% em base anual, embora deva-se considerar que no primeiro trimestre de 2021 problemas ligados às cadeias de suprimentos tenham feito as vendas caírem bastante, fazendo com que os números deste ano pareçam muito elevados.
Todo o mercado tem seus olhos voltados para a Apple, que deve lançar seu headset no ano que vem. Acredita-se que o equipamento da empresa de Cupertino será muito mais caro que os da Meta, devendo atrair, em um primeiro momento, apenas os early adopters e fãs da Apple.
A luta deverá se aquecer em breve com outros players lançando produtos que buscarão ampliar o número de usuários para hardware de realidade mista. Dentre esses, estão gigantes como a Amazon, que anunciou oportunidades de trabalho para profissionais interessados em atuar na criação de produtos avançados nessa área e o Google, que ao que parece, planeja lançar novos dispositivos e um sistema operacional para realidade aumentada.
Como se costuma dizer, é briga de cachorros grandes…
(*) Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.
