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Política 05/05/2017

em Política
quinta-feira, 04 de maio de 2017
Tempo de internação aumenta para prátrica de crime hediondo.

Comissão amplia para oito anos tempo de internação de menor infrator

Tempo de internação aumenta para prátrica de crime hediondo.

Projeto aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado amplia de três para oito anos o tempo de internação do adolescente condenado por conduta descrita na legislação como crime hediondo

O texto, que segue agora para a análise da Câmara, modifica o Estatuto da Criança (ECA), ampliando para pessoas entre 18 e 26 anos as regras do estatuto. Atualmente, o limite é 21 anos de idade.
A medida, aprovada em caráter terminativo, consta do substitutivo apresentado pelo senador José Pimentel (PT-CE), relator do projeto de autoria do senador Aécio Neves (PSBD-MG). Para Pimentel, a atual redação do ECA não impõe punições “proporcionais” as circunstâncias e a gravidade da infração cometida pelo adolescente infrator, nem as circunstâncias e as necessidades do jovem e da sociedade.
Ainda segundo o relator, o estatuto prevê “de forma genérica” a possibilidade de internação nos atos cometidos mediante violência e grave ameaça no cometimento de outras infrações graves, com período máximo de três anos e liberação compulsória aos 21 anos de idade. Além da mudança no tempo de internação, o relator acrescentou ao ECA o regime especial de atendimento socioeducativo, que deverá ser cumprido em estabelecimento específico ou em ala especial, assegurada a separação dos demais internos.
O texto prevê também, entre as atividades no período de internação, a educação, o ensino fundamental, médio e profissionalizante. “O objetivo é fazer com que tenha, no mínimo, um tempo para concluir o ensino fundamental e médio por meio de profissionalização e, com isso, essas crianças e adolescentes não dependerem mais da organização criminosa para a sobrevivência”, argumentou Pimentel (ABr).

Destaques da reforma da Previdência ficam para terça-feira

Deputados no momento em que aprovaram texto-base da Reforma da Previdência Social, por 23 votos a 14.

O presidente da comissão especial que analisa a reforma da Previdência na câmara, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), disse ontem (4) que retomará os trabalhos da comissão na próxima terça-feira (9). Segundo Marun, todos os destaques devem ser votados na própria terça. A comissão ainda precisa avaliar dez dos 13 destaques apresentados pelas bancadas.
Na quarta-feira (3), a comissão aprovou o texto-base da reforma e, em seguida, começou a analisar os destaques da proposta. No entanto, o plenário foi invadido por um grupo de agentes penintenciários e a sessão foi encerrada. Os agentes pleiteiam o direito de acesso ao benefício da aposentadoria com limite de idade reduzido assim como foi feito com os policiais federais e, posteriormente, com policiais legislativos.
Para Marun, a reivindicação é justa, dado o alto grau de risco a que estão submetidos os agentes penitenciários em sua rotina de trabalho. Mas, a forma como foi feito o pedido foi determinante para a exclusão dos agentes da reforma. “Houve um debate que, estava sendo passada à sociedade uma mensagem de que o quebra-quebra promovido no Ministério da Justiça teria sido determinante para a inclusão dos agentes. Então, a mensagem que passamos é: na marra não vai. Não é possível”, afirmou.
Marun disse ainda que acha possível que o pleito seja atendido por emenda no plenário. “Se as coisas se acalmarem, até porque acho o pleito justo, eu vejo caminho para que isso possa, no plenário, ter um resultado favorável. Mas repito: na marra não vai”, ressaltou. Sobre a segurança do Congresso, Marun afirmou que o esquema deve ser avaliado e que os trabalhos da comissão teriam sido concluídos se o esquema tivesse realmente funcionado (ABr).

Celulares 4G só estão presentes em 1814 municípios

Apenas 1814 dos mais de 5 mil municípios brasileiros são atendidos pela tecnologia 4G. O alerta foi feito pelo senador Jorge Viana (PT-AC), em reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia. Ainda segundo o parlamentar, 575 cidades sequer são atendidas pelo sistema 3G, o que, a seu ver, deixas essas populações excluídas do mundo digital. A Comissão aprovou, para envio ao Plenário, três requerimentos com pedidos de informações ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
Todos de autoria de Viana, que pretende obter, por exemplo, dados relativos aos indicadores de qualidade dos serviços; as metas e os índices alcançados pelas operadoras nos últimos anos; a velocidade média das conexões; e a situação dos municípios atendidos pela Telebras, além de informações sobre programas do governo, como o Plano Nacional de Banda Larga. “A situação é delicada porque há rapidez nas mudanças de tecnologias, e os esforços para modernizar nossa estrutura de rede não foram bem sucedidos. Esta é uma constatação”, lamentou.
A situação da banda larga no Brasil foi a política publica escolhida pela Comissão para avaliar em 2017. Jorge Viana é o relator do tema e lembrou que audiências públicas já começaram a ser realizadas. Os requerimentos apresentados, acrescentou, estão dentro do plano de atuação definido previamente. “Nesta primeira fase, nossa intenção é buscar informações precisas, por isso precisamos dessas informações. Já iniciamos as audiências e estamos cumprindo nosso plano de trabalho”, justificou (Ag.Senado).

Tribunal dispensa Lula de comparecer aos 87 depoimentos

A decisão foi tomada pelo TRF da 4ª Região, após pedido feito pela defesa do ex-presidente.

O ex-presidente Lula não precisará comparecer às audiências em que 87 testemunhas de defesa serão ouvidas pelo juiz federal Sérgio Moro, na ação penal em que é réu no âmbito da Operação Lava Jato. A decisão foi tomada pelo TRF da 4ª Região, após pedido feito pela defesa do ex-presidente. Há duas semanas, Sérgio Moro havia determinado que Lula estivesse presente durante os depoimentos de todas as 87 pessoas, dentre elas os ex-diretores da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa e Paulo Lacerda, além do ex-ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage.
De acordo com o juiz federal Nivaldo Brunoni, que aceitou o habeas corpus da defesa de Lula em substituição ao desembargador João Pedro Gebran Neto, o acompanhamento pessoal do réu em audiências de testemunhas é “mera faculdade legal” e pode ser feito pela própria defesa, “sobretudo” quando o réu não reside “no local da sede do juízo onde tramita o processo”.
Ao aceitar a solicitação do advogado Cristiano Zanin Martins, Brunoni também lembrou que o juiz poderia recusar a realização de provas que se mostrarem irrelevantes ou protelatórias. “Não haveria óbice à limitação do número de testemunhas pelo magistrado. Não é razoável exigir a presença do réu em todas as audiências de oitiva de testemunhas, podendo o ex-presidente ser representado pelos advogados”, afirmou o juiz, na decisão (ABr).

Câmara repudia ato de agentes penitenciários

O presidente em exercício da Câmara, Fábio Ramalho, criticou a invasão da Casa promovida por agentes penitenciários contrários à exclusão da categoria em dispositivo da reforma da Previdência que trata de aposentadoria especial. “A Câmara repudia com veemência os atos de violência durante a votação do relatório da reforma da Previdência na comissão especial. A Polícia Legislativa vai instaurar inquérito para identificar os invasores e o uso de artefatos explosivos e de outras naturezas, que têm sua entrada proibida nas dependências da Casa”, disse.
Fábio Ramalho, primeiro vice-presidente da Câmara, ocupa interinamente a presidência em razão de viagem oficial do presidente Rodrigo Maia ao Líbano. Após ler nota em que condena a invasão, ele ressaltou que a Polícia Legislativa só atuou de forma a conter os invasores. “A Câmara não vai tolerar o cerceamento de seus trabalhos a partir de métodos violentos e desordeiros”, afirmou.
O relator da proposta, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), havia incluído esses servidores no trecho sobre policiais civis, que se aposentarão aos 55 anos. Depois, voltou atrás, o que causou revolta nos agentes penitenciários. O chefe substituto do Departamento de Polícia Legislativa da Câmara, Suprecílio Barros, afirmou que serão investigados e identificados todos os invasores. Ele disse afirmou que muitos agentes penitenciários estavam armados e portando artefatos explosivos para uso exclusivo em áreas externas.
O presidente do Sindicato Nacional dos Servidores Penitenciários, Fernando Anunciação, defendeu que o governo reconheça o erro de retirar a categoria das regras para aposentadoria especial. Ele reconheceu, contudo, que os agentes também erraram em invadir a comissão da Câmara. “Fazemos mea-culpa, mas o governo também tem que admitir sua culpa, porque não pode brincar com uma categoria como a nossa”, afirmou (Ag.Câmara).