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O Apocalipse e o mundo

em Opinião
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Benedicto Ismael Camargo Dutra (*)

No mundo atual está faltando bom senso e espírito de estadistas desprendidos

Os humanos não entendem a vida, não buscam seu significado e ficam se engalfinhando para fortalecer o poder e controle, mesmo que para isso tenham de forjar na Terra um inferno com toda a precariedade imaginável, com medos e ódios. A expansão da escalada militar vai ao encontro de fanatismos que veem no Apocalipse a oportunidade da destruição de tudo e de todos que pensem de forma diferente. O fanatismo sempre foi mau conselheiro.
Quando se trata do Juízo Final, pior ainda, pois o saber real sobre o Julgamento da Humanidade ficou perdido sob um monte de escombros de mentiras. O momento desse julgamento será um acontecimento natural estabelecido pelas Leis da Criação, a Vontade do Criador, a prestação de contas pela utilização da Energia, a colheita boa ou má, a esperança de libertação das trevas dos erros humanos pela Luz da Verdade.
No mundo atual está faltando bom senso e espírito de estadistas desprendidos. Essa falta representa uma ameaça para o futuro do Brasil. Os juros e swaps cambiais estão absorvendo muito dinheiro em países dependentes como o nosso. As contas se embaralham, em primeiro lugar pela forma esculhambada no trato do dinheiro público, como se este não tivesse dono e que os gestores irresponsáveis usam e abusam, pois se omitem da responsabilidade pelos desatinos.
Outro fator que mostra o artificialismo é a instabilidade da taxa de câmbio. Se o governo e o mercado mantêm o dólar barato, o PIB em dólar sobe; no caso de elevação do preço do dólar, o cálculo do PIB cai na mesma proporção. Esses são os grandes causadores das dificuldades para muitos países, que têm mercado interno frágil, população com baixa renda, baixa produção e produtividade.
Como tentativa de fortalecer e proteger a indústria local, o Brasil manteve fortes barreiras aos produtos importados, mas com o avanço da globalização isso se tornou inócuo, o que favoreceu indústrias que se mantiveram atrasadas como a automobilística e a informática, enquanto os produtores e exportadores de commodities pensavam apenas em seus interesses: queriam exportar.
Não houve um planejamento de diversificação das exportações para manter o equilíbrio nas contas e para promover o desenvolvimento e emprego. Assim, o Brasil foi ficando para trás. O que mais proliferou foi o descontrole da finança pública e o acúmulo de dívidas. Além disso, o empresariado se acha enfraquecido; a classe política, desinteressada e a população, despreparada.
Mundialmente, o preparo das novas gerações está direcionado de modo unilateral para o trabalho e o consumo, sufocando as individualidades indispensáveis para a continuada renovação vivificadora. Com a robotização e a padronização da divisão das tarefas, foi gerada uma atmosfera que fatalmente provocará desencanto e estresse nos jovens.
Vivemos na era das colheitas, os efeitos de todas as ações humanas se aceleram. A falta de visão para a necessidade da evolução espiritual tem acarretado a formação de gerações menos aptas e dispostas a buscar o significado da vida. A falta de integração com as leis da natureza está acarretando desequilíbrios acima da capacidade humana de restabelecer a normalidade.
Com a crescente tendência para o superficialismo, os problemas também vão aumentando em todos os setores, criando a ameaça de paralisia geral. Temos de desejar mais do que o materialismo oferece. Ninguém deve ficar parado, o movimento, a ação na busca do que se quer e do que precisa ser feito é essencial para a reconstrução de uma vida sadia e feliz.
Necessitamos de movimento em busca da Verdade e da Luz, da vida pulsante que inspira e fortalece, dando os meios para a solução dos problemas.

(*) – Graduado pela FEA/USP, realiza palestras sobre qualidade de vida. Coordena os sites (www.vidaeaprendizado.com.br) e (www.library.com.br). Autor de: Conversando com o homem sábio; Nola – o manuscrito que abalou o mundo; O segredo de Darwin; 2012…e depois?; Desenvolvimento Humano; e O Homem Sábio e os Jovens ([email protected]).