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Oito temas que vão perdurar na nova realidade

em Mercado
segunda-feira, 17 de agosto de 2020

André Coutinho (*)

A covid-19 alterou repentinamente operações empresariais e estratégias de negócios no mundo. Desde então, líderes empresariais precisam superar desafios complexos que exigiram reações imediatas com níveis elevados de riscos. No Brasil, havia uma sensação de retomada da economia, com a implementação de reformas estruturais importantes e avanço nos indicadores.

O cenário é outro e desafia empresas de todos setores, impondo a necessidade de seus líderes de negócios serem resilientes. Essa capacidade de adaptação, ágil e decisiva, aliada à transformação digital, pode criar outra realidade, abrangendo gestão da crise em si, com reavaliação de desafios de caixa, fornecimento, contratos, gestão de pessoas e tecnologia, a correta atuação desses executivos na nova realidade, embora desafiadora, pode identificar oportunidades.

Nesse sentido que a pandemia criou disrupções nos mercados que podem afetar as organizações. Em muitos casos, esse cenário acelerou tendências que já estavam em andamento. Neste contexto, indicamos os oito temas que vão perdurar na “Nova Realidade”.

  1. Maneiras de trabalhar: a persistência provável do trabalho remoto tem implicações nos setores imobiliário, de construção e na cultura de trabalho.
  2. Força de trabalho: os roteiros de transformação digital fornecem o cronograma e impacto da mudança no trabalho.
  3. Comércio digital: rebalanceamento de investimentos e da força de trabalho para apoiar a junção entre o digital e o físico.
  4. Supplay Chain: a localização da cadeia de suprimentos impulsionará a adoção de uma tecnologia de cadeia de suprimento aprimorada.
  5. Continuidade e resiliência: desenvolvimento de novas abordagens para o Plano de Continuidade de Negócios abrangendo eventos maiores e mais frequentes.
  6. Mudanças climáticas: a pressão dos investidores e o público por mudanças climáticas continuará.
  7. Ônus da dívida: circuito negativo emergente entre aumento do desemprego, perda de aluguéis e falências.
  8. (Des)globalização: a globalização sofre uma reversão conforme o comércio e o investimento estrangeiro diminuem.

O foco deve estar em inovação, transformação digital e atração de investimentos, o que deve contribuir para as operações evoluírem para modelos mais ágeis, relevantes e disruptivos, capazes de se beneficiarem de análises preditivas e da personalização de serviços. É um reposicionamento estratégico nessa nova realidade para mitigar riscos, identificar oportunidades e gerar negócios

(*) – É sócio-líder de clientes e mercados da KPMG no Brasil e na América do Sul.