O atual cenário econômico no Brasil, com a pandemia, aumento na taxa Selic etc, tem incentivado pequenas e médias empresas a fugirem de empréstimos bancários e buscarem alternativas para obter capital. Para isso, as PMEs estão promovendo a abertura de capital ou realizando ofertas subsequentes, como oferta pública de ações ou emissão de dívidas. Essas formas alternativas de captar recursos estão se mostrando fundamentais aos negócios, seja para reforço de caixa, manutenção das atividades ou ampliação de projetos.
Conforme identificou o Ibracon – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, as firmas de auditoria independente já identificaram essa tendência e se prepararam para atendê-la. “Quando falamos, por exemplo, em abertura de capital, logo pensamos em grandes empresas, capazes de movimentar a bolsa de valores, por meio de IPOs, e que costumam contar com o apoio das grandes firmas de auditoria”, comenta Adriano Thomé, diretor de Firmas de Pequeno e Médio Portes do Ibracon.
“Mas essa oportunidade também existe para as pequena e médias empresas, que possuem grande potencial de captação financeira, mas que nem sempre consideram essa opção. Só que isso está mudando”, enfatiza. As Firmas de Auditoria de Pequeno e Médio Porte já estão lidando com um aumento na procura de seus serviços por parte das PMEs, por conta desse cenário. “São especializadas em atender esse segmento, que estão se estruturando para atuar no mercado de valores mobiliários.
Essas firmas de auditoria sabem exatamente onde ‘o calo aperta’ e como podem contribuir com as empresas emergentes”, explica Thomé. Elas são submetidas às mesmas normas técnicas e profissionais que as firmas de maior porte, além de também terem o mesmo arcabouço regulatório. Para as pequenas e médias empresas, há várias opções de fortalecimento de caixa, mas, assim como nos processos de IPO, esses movimentos devem ser feitos de maneira organizada e coordenada, focando na transparência e na governança.
“A decisão pela abertura de capital ou emissão de títulos de dívida acarreta enormes desafios, que mudam consideravelmente o dia a dia da empresa, já que em casos de empresas menores ou familiares, por exemplo, um ou poucos donos têm maior autonomia para determinar os rumos empresa”, comenta Thomé. “Esses desafios incluem a grande regulação, fiscalização e a necessidade de dar satisfação para muitos stakeholders sobre os negócios da companhia”, completa.
Os auditores independentes contribuem nesses pontos, incluindo também a revisão de controles internos, a análise das práticas contábeis, para verificar se estão em linha com as normas brasileiras e internacionais de contabilidade, e auditoria das demonstrações financeiras. Fonte e mais informações: (www.ibracon.org.br).