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Vaias, protestos contra Dilma e dissidência marcam congresso

em Manchete
terça-feira, 17 de novembro de 2015

José Cruz/ABr

Sarney, Temer, Renan e Cunha, participam
do Congresso do PMDB, em Brasília.

Brasília – Vaias ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, pedidos para que o vice-presidente Michel Temer “vista a faixa já” no lugar da presidente Dilma Rousseff e divergências sobre a continuidade da aliança com o governo petista marcaram o congresso do PMDB, realizado ontem (17), em Brasília.
Cunha chegou ao lado de Temer e, mesmo “blindado”, ao iniciar seu discurso, foi alvo de vaias de um pequeno grupo que estava na plateia. Em sua fala, Cunha repetiu sua defesa ao distanciamento do PMDB do governo e reforçou a necessidade de candidatura própria à Presidência da República, em 2018.
O vice-presidente, que desde sua chegada foi recebido com gritos de “Brasil pra frente, Temer presidente”, chegou a ter o seu discurso interrompido por manifestantes, que exibiam bonecos infláveis com caricatura da presidente Dilma vestida com uma faixa presidencial na qual está inscrita a palavra “impeachment”, e que pediam para que ele assumisse a Presidência
Visivelmente constrangido, após segundos de silêncio, Temer respondeu aos manifestantes: “por enquanto não, obrigado”. “Vamos esperar 2018. Vamos montar um candidato, um grande nome do PMDB. Estou encerrando minha vida pública”, esquivou-se. Temer afirmou que 2018 será avaliado apenas “em 2017”.
No discurso, Temer repetiu a declaração que deu em agosto – de que é preciso encontrar “alguém capaz de reunificar” o País – e que gerou mal-estar no governo, mas aos jornalistas ressaltou que o PMDB “não vai sair” do governo. O presidente do Senado, Renan Calheiros, que também chegou ao lado de Temer e Cunha, evitou falar em saída do PMDB da base aliada do governo (AE).